~ LÍVIA ~
Meus dedos tamborilavam nervosamente no banco traseiro do carro enquanto seguíamos o comboio policial pelas ruas escuras. Christian estava no banco do motorista, tenso, focado, os nós de seus dedos brancos de tanta força que fazia no volante. Luca estava ao meu lado, sua mão entrelaçada com a minha, apertando com força.
Nenhum de nós falava. O que havia para dizer? Maitê estava lá fora. Em algum lugar. Com um sequestrador. Com Dominic. E tudo que tínhamos era um ponto piscando num aplicativo de celular.
— Três minutos — Christian disse, quebrando o silêncio. Sua voz estava controlada, mas conseguia ouvir a tensão por baixo. — Estamos a três minutos da localização.
Olhei pela janela, observando as casas passarem. A cidade tinha dado lugar a uma área mais afastada. Ruas mais escuras. Menos movimentadas. O tipo de lugar onde você poderia gritar e ninguém ouviria.
Meu estômago apertou.
— Ela vai estar bem — Luca disse ao meu lado, como se pudesse ler meus pensamentos. — Maitê é forte. Ela vai estar bem. Aurora também.
Quis acreditar nele. Quis acreditar tanto.
Mas Maitê era minha prima. Não. Maitê era minha irmã em tudo menos sangue. Havíamos crescido juntas. Dividido segredos. Dividido sonhos. E agora ela estava lá fora, possivelmente em perigo, e eu estava aqui, impotente, seguindo luzes vermelhas e azuis piscando no escuro.
— Um minuto — Christian anunciou.
O comboio começou a desacelerar. As luzes das viaturas se apagaram. As sirenes silenciaram. Tudo ficou quieto. Perigosamente quieto.
Paramos a cerca de uma quadra do ponto marcado no GPS. Christian desligou o motor e todos nós saímos silenciosamente. A polícia já estava se organizando, movendo-se com eficiência militar, sussurrando ordens, checando armas.
Um comandante se aproximou de Christian. Falaram em voz baixa por alguns segundos. Vi Christian assentir, então o comandante fez um sinal e a equipe começou a se mover.
— Ficamos para trás — Christian disse, olhando para mim e Luca. — Eles vão cercar o perímetro primeiro. Vão verificar se há ameaças. Quando derem o sinal, podemos nos aproximar.
— Mas Maitê... — comecei.
— Vai estar mais segura se deixarmos os profissionais fazerem o trabalho deles — Christian me interrompeu, sua voz firme mas não cruel. — Eu sei que você quer correr lá dentro. Eu também quero. Mas precisamos fazer isso direito.
Mordi o lábio, odiando estar parada ali, mas sabendo que ele estava certo.
Observamos em silêncio enquanto a equipe policial se dispersava, cercando a casa. Era uma construção antiga, no meio de um terreno grande, com muros baixos e jardins descuidados. Luzes acesas nas janelas. Um carro estacionado na frente.
Alguém estava lá dentro. Alguém estava com Maitê.
Os minutos se arrastaram como horas. Cada segundo uma eternidade. Segurei a mão de Luca com tanta força que provavelmente estava machucando, mas ele não reclamou. Apenas segurou de volta, tão forte quanto.
Finalmente, o comandante fez um sinal. Seguro para se aproximar.
Christian começou a andar imediatamente, e nós o seguimos. Nossos passos eram silenciosos no asfalto, apenas o som da nossa respiração pesada quebrando o silêncio da noite.
A porta da frente estava entreaberta. Policiais já haviam entrado, suas lanternas cortando a escuridão do interior. Entramos atrás deles, meus olhos se ajustando à luz fraca.
A casa era simples. Mobília antiga. Cheiro de mofo. Roupas jogadas no meio da sala.
— Reconhece essas roupas? — um dos policiais questionou baixinho.
Reconheci a blusa imediatamente. A calça jeans. Meu coração disparou.
— São de Maitê — sussurrei de volta.
O policial já estava se ajoelhando ao lado delas, pegando a calça, verificando os bolsos. Seus dedos encontraram algo e ele puxou para fora.
O rastreador. Pequeno. Discreto. Inútil agora.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...