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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 513

~ MAITÊ ~

Quando vi Vivianne apontar a arma para a própria cabeça, demorou apenas uma fração de segundo para me dar conta do que ela estava prestes a fazer.

Apenas uma fração de segundo para meu cérebro processar a imagem. O metal frio contra a têmpora. O dedo no gatilho. A resignação em seus olhos.

E então meu corpo reagiu antes da minha mente terminar de processar.

— NÃO! — gritei, lançando-me para frente.

Não pensei. Não calculei. Não pesei as consequências. Apenas me joguei contra ela com toda a força que tinha, minha mão batendo contra o braço dela, desviando a arma no último segundo possível.

O tiro disparou.

O som explodiu no ar, tão alto, tão perto, que meus ouvidos apitaram. Senti o calor do disparo passar perto do meu rosto. Vi o clarão.

Mas a bala não acertou Vivianne.

Foi para o nada. Para o céu. Para lugar nenhum.

Caímos juntas no chão do jardim. Eu por cima dela. Mãos lutando pelo controle da arma. Vivianne tentando virar o cano de volta para si mesma. Eu lutando para mantê-lo apontado para qualquer lugar menos para ela.

— Me solta! — ela gritou, sua voz quebrando. — Me solta, Maitê! Deixa eu fazer isso!

— Não! — gritei de volta, segurando seu pulso com tanta força que meus dedos doíam. — Não vou deixar!

E então ouvi.

Passos. Muitos passos. Correndo. Gritos.

— POLÍCIA! LARGUEM AS ARMAS! MÃOS ONDE POSSAMOS VER!

Virei a cabeça e vi policiais entrando no jardim de todos os lados. Armados. Armas apontadas. Posicionando-se. Tensos. Prontos para atirar.

A cena devia ser completamente bizarra vista de fora.

Um jardim cuidadosamente decorado para um casamento. Luzes de cordão penduradas nas árvores. Cadeiras dispostas em fileiras perfeitas. Flores por todo lugar. Um altar romântico ao fundo.

E o noivo morto. Caído bem no altar. Sangue escorrendo. Olhos abertos e vazios.

E eu. Vestida de noiva. O vestido branco completamente sujo de terra, de sangue, rasgado em alguns lugares. Cabelo desgrenhado. Joelhada no chão sobre outra mulher.

Vivianne embaixo de mim. Dominada. Mas ainda lutando. Ainda tentando virar a arma.

E a arma. A arma apontada para cima, seus dedos longe do gatilho mas a mão firme ao redor do cabo.

E uma bebê.

Uma bebê recém-nascida, quietinha, que mal tinha chorado mesmo com todo aquele barulho, com aquele estrondo do tiro, deitada dentro de uma cestinha em cima de uma das cadeiras do "casamento".

Aurora. Minha Aurora. Tão pequenininha. Tão frágil. Tão assustadoramente calma em meio a todo aquele caos.

— Por quê? — Vivianne sussurrou embaixo de mim, e sua voz estava quebrada, destruída. — Por que não me deixou fazer isso?

Lágrimas escorriam pelo rosto dela, misturando-se com a sujeira e o sangue.

— Você mesma disse — ela continuou, sua voz subindo, ficando histérica. — Você disse que eu preciso pagar por tudo o que fiz. Disse que sou uma desgraçada. Então por que me impediu? Por que não deixou eu pagar do meu jeito?

Levei um momento para responder. Ainda estava ofegante. Coração disparado. Adrenalina correndo pelas minhas veias como fogo.

— Porque você precisa pagar — disse finalmente, minha voz saindo rouca. — Mas do jeito certo.

Segurei seu olhar.

— Você acha que vai ser justo com a sua irmã? — perguntei, sentindo minhas próprias lágrimas começarem a cair. — Acha que vai ser justo que ela viva sabendo que Dominic tirou mais alguém que ela ama da vida dela para sempre?

Vi algo quebrar no rosto de Vivianne. Uma rachadura na raiva, no desespero, revelando a dor crua por baixo.

— Não, Vivianne — continuei. — Se você fez tudo o que fez por ela, precisa pensar nela agora também. Precisa viver. Precisa enfrentar as consequências. Precisa estar lá para ela. Para sua sobrinha. Porque é isso que elas vão precisar. Não mais uma morte. Não mais uma perda.

— LARGUEM A ARMA! — um policial gritou, mais alto agora, mais urgente. — AGORA!

Vivianne me olhou por mais um longo momento. Então, finalmente, seus dedos se abriram. A arma caiu no chão do jardim com um baque surdo.

Imediatamente a empurrei para longe, na direção do policial mais próximo.

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