~ MAITÊ ~
A manhã entrou pela janela do quarto de hospital com aquela luz suave e dourada que fazia tudo parecer mais gentil do que realmente era. Eu estava sentada na cadeira ao lado da cama de Marco há quase uma hora, apenas observando-o dormir.
Aurora estava nos meus braços, também dormindo, aquecida e segura contra meu peito. Ela tinha mamado há cerca de meia hora e agora estava completamente relaxada, seus pequenos lábios fazendo movimentos de sucção mesmo no sono.
Marco tinha sido transferido da sala de recuperação para um quarto particular na noite anterior, mas quando cheguei ele ainda estava bastante sonolento pelos efeitos da anestesia. Conseguimos trocar apenas algumas palavras antes que ele adormecesse novamente, sua mão frouxa na minha, seu rosto pálido contra o travesseiro branco.
Mas agora, vendo a luz da manhã iluminar seus traços, ele parecia melhor. Mais presente. Mais vivo.
Como se pudesse sentir meu olhar, seus olhos se abriram lentamente. Piscaram algumas vezes, focando, ajustando-se à luz. E então encontraram os meus.
E ele sorriu.
Aquele sorriso. Aquele maldito sorriso que tinha me conquistado desde o primeiro momento em que nos vimos. Que me fazia esquecer de respirar. Que me fazia sentir como se tudo fosse possível.
— Oi — ele disse, sua voz rouca de desuso e medicamentos.
— Oi — respondi, sentindo as lágrimas imediatamente subirem. Lágrimas de alívio. De alegria. De amor tão intenso que doía.
Ele tentou se sentar, fazendo uma careta de dor quando o movimento puxou o ombro ferido.
— Calma — disse imediatamente. — Não force. Você acabou de sair de uma cirurgia. — Segurei Aurora com cuidado enquanto me inclinava para ajudá-lo a se acomodar melhor nos travesseiros.
— Estou bem — ele disse, mas sua respiração estava um pouco mais acelerada. — Só... um pouco dolorido.
— Um pouco? — repeti, arqueando uma sobrancelha. — Marco, você levou um tiro.
Ele deu aquele sorriso torto dele.
— Ah, foi só isso? Achei que tinha sido algo sério.
Ri apesar das lágrimas, balançando a cabeça.
— Idiota — murmurei afetuosamente.
Seus olhos caíram então para o embrulho nos meus braços. Para Aurora. E vi algo derreter em sua expressão. Toda a pose, toda a tentativa de parecer forte e bem, desapareceu. Deixando apenas... admiração. Amor. Vulnerabilidade crua.
— Posso... — ele começou, sua voz falhando. — Posso segurar ela?
— Claro — disse, aproximando-me cuidadosamente da cama.
Ajudei-o a posicionar o braço bom, apoiando-o com travesseiros, certificando-me de que o movimento não puxaria o ombro ferido. E então, com todo o cuidado do mundo, coloquei Aurora em seus braços.
Ele a segurou como se ela fosse feita de vidro. Tão delicadamente. Tão reverentemente.
— Oi, pequena — sussurrou, sua voz quebrando. — Oi, Aurora. Papai está aqui.
Sentei-me na beirada da cama, observando-os. Meu marido e minha filha. Minha família. Vivos. Juntos. Seguros.
— Ela é perfeita — Marco disse, seus olhos nunca saindo do rosto de Aurora. — Maitê, ela é absolutamente perfeita.
— Ela é — concordei, limpando as lágrimas que escorriam livremente agora. — E ela tem você. Nós temos você.
Sua mão livre encontrou a minha, entrelaçando nossos dedos, apertando com força.
— Eu achei que tinha perdido você — as palavras saíram antes que pudesse segurá-las. — Quando vi você cair. Quando vi o sangue. Eu... eu achei que você tinha morrido. Que tinha me deixado. Que Aurora ia crescer sem conhecer o pai.
Minha voz quebrou completamente e os soluços vieram.
— Achei que tinha perdido você — repeti, quase um sussurro.
Marco apertou minha mão com mais força, puxando-me para mais perto.
— Ei — ele disse suavemente. — Ei, olha para mim.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...