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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 514

~ MAITÊ ~

A manhã entrou pela janela do quarto de hospital com aquela luz suave e dourada que fazia tudo parecer mais gentil do que realmente era. Eu estava sentada na cadeira ao lado da cama de Marco há quase uma hora, apenas observando-o dormir.

Aurora estava nos meus braços, também dormindo, aquecida e segura contra meu peito. Ela tinha mamado há cerca de meia hora e agora estava completamente relaxada, seus pequenos lábios fazendo movimentos de sucção mesmo no sono.

Marco tinha sido transferido da sala de recuperação para um quarto particular na noite anterior, mas quando cheguei ele ainda estava bastante sonolento pelos efeitos da anestesia. Conseguimos trocar apenas algumas palavras antes que ele adormecesse novamente, sua mão frouxa na minha, seu rosto pálido contra o travesseiro branco.

Mas agora, vendo a luz da manhã iluminar seus traços, ele parecia melhor. Mais presente. Mais vivo.

Como se pudesse sentir meu olhar, seus olhos se abriram lentamente. Piscaram algumas vezes, focando, ajustando-se à luz. E então encontraram os meus.

E ele sorriu.

Aquele sorriso. Aquele maldito sorriso que tinha me conquistado desde o primeiro momento em que nos vimos. Que me fazia esquecer de respirar. Que me fazia sentir como se tudo fosse possível.

— Oi — ele disse, sua voz rouca de desuso e medicamentos.

— Oi — respondi, sentindo as lágrimas imediatamente subirem. Lágrimas de alívio. De alegria. De amor tão intenso que doía.

Ele tentou se sentar, fazendo uma careta de dor quando o movimento puxou o ombro ferido.

— Calma — disse imediatamente. — Não force. Você acabou de sair de uma cirurgia. — Segurei Aurora com cuidado enquanto me inclinava para ajudá-lo a se acomodar melhor nos travesseiros.

— Estou bem — ele disse, mas sua respiração estava um pouco mais acelerada. — Só... um pouco dolorido.

— Um pouco? — repeti, arqueando uma sobrancelha. — Marco, você levou um tiro.

Ele deu aquele sorriso torto dele.

— Ah, foi só isso? Achei que tinha sido algo sério.

Ri apesar das lágrimas, balançando a cabeça.

— Idiota — murmurei afetuosamente.

Seus olhos caíram então para o embrulho nos meus braços. Para Aurora. E vi algo derreter em sua expressão. Toda a pose, toda a tentativa de parecer forte e bem, desapareceu. Deixando apenas... admiração. Amor. Vulnerabilidade crua.

— Posso... — ele começou, sua voz falhando. — Posso segurar ela?

— Claro — disse, aproximando-me cuidadosamente da cama.

Ajudei-o a posicionar o braço bom, apoiando-o com travesseiros, certificando-me de que o movimento não puxaria o ombro ferido. E então, com todo o cuidado do mundo, coloquei Aurora em seus braços.

Ele a segurou como se ela fosse feita de vidro. Tão delicadamente. Tão reverentemente.

— Oi, pequena — sussurrou, sua voz quebrando. — Oi, Aurora. Papai está aqui.

Sentei-me na beirada da cama, observando-os. Meu marido e minha filha. Minha família. Vivos. Juntos. Seguros.

— Ela é perfeita — Marco disse, seus olhos nunca saindo do rosto de Aurora. — Maitê, ela é absolutamente perfeita.

— Ela é — concordei, limpando as lágrimas que escorriam livremente agora. — E ela tem você. Nós temos você.

Sua mão livre encontrou a minha, entrelaçando nossos dedos, apertando com força.

— Eu achei que tinha perdido você — as palavras saíram antes que pudesse segurá-las. — Quando vi você cair. Quando vi o sangue. Eu... eu achei que você tinha morrido. Que tinha me deixado. Que Aurora ia crescer sem conhecer o pai.

Minha voz quebrou completamente e os soluços vieram.

— Achei que tinha perdido você — repeti, quase um sussurro.

Marco apertou minha mão com mais força, puxando-me para mais perto.

— Ei — ele disse suavemente. — Ei, olha para mim.

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