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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 517

~ MAITÊ – SEIS MESES DEPOIS ~

Olhei para o espelho e quase ri. Ali estava eu, de branco novamente. Vestido longo, delicado, simples mas elegante. Cabelo preso em um coque solto com alguns fios escapando estrategicamente. Maquiagem natural. E um sorriso no rosto que eu não conseguia segurar mesmo tentando parecer séria.

— Eu nem consigo mais me lembrar de quantas vezes já me vesti de noiva — disse em voz alta, balançando a cabeça.

A sala explodiu em risos.

Zoey estava jogada no sofá do quarto. Anne estava sentada no chão verificando os sapatos que eu ia usar. Bianca ajustava o véu na minha cabeça com a precisão de uma estilista profissional. Mia estava no celular, provavelmente coordenando algo da cerimônia lá embaixo. E Lívia... Lívia estava parada ao meu lado, me observando pelo espelho com aquele sorriso caloroso dela.

— Mas essa — Lívia disse, sua voz suave mas carregada de emoção — é a vez mais feliz?

Virei-me para olhar diretamente para ela, não através do reflexo, e senti minha garganta apertar um pouco.

— Sem dúvidas — respondi, minha voz saindo mais emocionada do que pretendia. — E se eu tiver que me casar com Marco mil vezes mais, cada vez será a mais feliz. Porque dessa vez... dessa vez é de verdade. Dessa vez é nossa escolha. Nossa família. Nossa vida.

— Ai, para! — Zoey reclamou, limpando os olhos cuidadosamente para não borrar a maquiagem. — Você vai me fazer chorar e estragar tudo!

— Você sempre chora em casamentos — Anne comentou, jogando um dos sapatos nela de brincadeira. — Lembra do meu? Você soluçou tão alto durante os votos que Christian teve que te dar um lenço.

— Mentira! — Zoey protestou, mas estava rindo. — Foi só um choro discreto e emocionado.

— Discreto — Bianca repetiu, finalmente largando o celular e arqueando uma sobrancelha. — Zoey, você chorou mais alto que a noiva.

— Impossível — Anne disse. — Eu chorei MUITO no meu casamento.

— Porque você é dramática — Mia adicionou, dando um passo para trás para avaliar o véu. — Perfeito. Maitê, você está linda.

— Falando em dramático — Zoey disse, e eu já conhecia aquele tom. Era o tom de "vou contar uma história engraçada". — Vocês não vão acreditar no que Matteo fez semana passada.

— O que? — Mia perguntou, curiosa.

— Christian o levou para ver as videiras, explicou todo o processo de fazer vinho, super sério, como se o menino nessa idade fosse entender algo.

Todas riram.

— E? — Anne perguntou.

— E agora Matteo acha que TUDO vira vinho se você esmagar — Zoey disse, revirando os olhos mas sorrindo. — Morango, banana, batata, biscoito... Ontem ele tentou esmagar macarrão cozido com as mãozinhas gritando "vinho, papai, vinho!". Christian achou tão engraçado que se sentou no chão ao lado dele e começou a esmagar junto.

Bianca não conteve uma risada.

— O nonno deve estar tão orgulhoso!

— Sabe o pior? — Zoey continuou — Christian diz que isso é "visionário" e que Matteo está "explorando as possibilidades da fermentação desde cedo". Agora ele quer documentar todas as "experiências" do nosso filho com vinho de batata.

O quarto explodiu em risadas.

— Josh está na fase de imitar tudo que vê — Anne disse, e havia tanto amor em sua voz que meu coração apertou. — Essa semana ele viu o Nate falando ao telefone e agora passa o dia inteiro com o controle remoto grudado na orelha, "falando" em uma língua que só ele, e talvez Ginger, entendem.

Sorri. Anne e Nate tinham finalmente conseguido concluir o processo de adoção. Agora, além de Avery, eles eram pais de um menino lindo de quase dois anos chamado Josh. Ver Anne como mãe de dois era uma das coisas mais lindas que eu já tinha testemunhado.

— Como é? — Mia perguntou de repente, me olhando com curiosidade genuína. — Ser mãe de verdade. Não a teoria. A prática.

Todas olharam para mim.

Respirei fundo, pensando em Aurora. Em seus seis meses de vida. Em cada riso, cada choro, cada noite sem dormir, cada momento de puro terror e puro amor.

— É... avassalador — disse honestamente. — É assustador. Às vezes olho para ela e penso que sou responsável por manter esse ser humano minúsculo vivo e bem e feliz e... é muita pressão. Mas ao mesmo tempo é a coisa mais natural do mundo. Como se meu coração agora vivesse fora do meu corpo. Como se cada sorriso dela fosse capaz de consertar qualquer dia ruim.

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