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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 552

~ MIA ~

— Você só pode estar louco.

Fiz uma pausa, olhando para a tela do computador onde o rosto de Christian me encarava com aquela expressão séria e impassível que ele sempre usava quando queria algo.

— Mas, pensando direito, você nunca bateu muito bem mesmo

Estava sentada na minha mesa de trabalho no apartamento em Florença, ainda de pijama porque era domingo de manhã e eu tinha planos de passar o dia inteiro sem fazer absolutamente nada de produtivo. Esses planos claramente estavam indo pelo ralo.

— Mia, estou falando sério — disse Christian do outro lado da videochamada, sua voz com aquele tom controlado que usava quando estava preocupado mas tentando não demonstrar. — Estou tentando entrar em contato com a Bianca desde ontem à noite.

— E? — perguntei, pegando minha xícara de cappuccino e tomando um gole. — Ela provavelmente está ocupada. Você sabe como ela fica quando está focada em alguma coisa.

— O celular ela não atende — continuou Christian, ignorando minha tentativa de minimizar a situação. — E na pousada onde ela está hospedada... a ligação não completa. Cai direto

— Bem-vindo à Itália rural — disse com um sorriso irônico. — Sinal de telefone aqui é mais sugestão do que realidade.

— Vi na internet que Montepulciano está toda sem luz — disse ele, e agora podia ver a preocupação genuína em seus olhos. — Possivelmente é por isso que não consigo contato.

— É claro que é por isso — respondi, revirando os olhos. — Christian, estamos passando por um dos invernos mais rigorosos que a Itália já viu em décadas. Até em Florença tem nevado, e olha que aqui raramente neva. Imagina em Montepulciano, que fica nas colinas? Provavelmente está tudo coberto de neve. As estradas devem estar impossíveis.

Coloquei a xícara de volta na mesa e me inclinei para mais perto da câmera.

— Não tem a mínima possibilidade de eu sair de casa agora. Acabei de fazer preenchimento labial há três dias. Minha esteticista foi muito clara: nada de frio extremo por pelo menos uma semana. Você tem ideia de quanto custou esse procedimento? E o quanto vai custar se eu estragar tudo indo para o meio de uma nevasca?

Christian não pareceu nem um pouco impressionado com meu argumento.

— Mia, não é só a questão da ligação não completar — disse ele, sua voz ficando mais séria. — Quando consegui ligar para a pousada, antes da linha cair, alguém atendeu. Um homem. Disse que tinha acontecido algo com a Bianca e que estavam tentando contactar alguém da família.

Isso me fez pausar. Minha mão parou no meio do caminho até a xícara de café.

— Algo como o quê?

— A ligação caiu antes que ele pudesse explicar — disse Christian, e podia ver a frustração em seu rosto. — Por isso preciso que você vá até lá. Preciso ter certeza de que ela está bem.

Relaxei de volta na cadeira, processando aquilo por um momento. Então dei de ombros.

— Você conhece a Bianca — disse, pegando meu café novamente. — Provavelmente ela torceu o pé descendo as escadas. E não quis dar nenhum contato familiar porque, bem, você disse para ela não mencionar o nome Bellucci, não é?

Tomei mais um gole antes de continuar:

— Ela não está, tipo, em uma missão secreta para expulsar aquelas pessoas de lá e adquirir as terras para a Bellucci?

— Não é exatamente isso — começou Christian, mas não o deixei terminar. —Sabe que não fazemos aquisições hostis e...

— Claro que é — interrompi, gesticulando com a mão livre. — Eles são peixinhos em um mar de tubarões e você quer aquelas terras. A propriedade deles, a vinícola, tudo. Bianca vai conseguir para você. Quer estragar o disfarce dela me mandando atrás dela?

Christian ficou sério. Muito sério. Aquele tipo de sério que fazia as pessoas em reuniões de negócios ficarem nervosas e começarem a suar

— Mia — disse ele, e sua voz tinha aquela qualidade de aço agora — eu não poderia me importar menos com negócios se existe a possibilidade de algo ter acontecido com a minha irmã. Você vai agora para Montepulciano e vai garantir que está tudo bem com ela. Isso não é uma sugestão.

Suspirei fundo, percebendo que tinha irritado Christian. E ninguém gostava de irritar Christian. Não que ele fosse uma pessoa ruim ou cruel. Pelo contrário, era um bom primo, um bom CEO, tratava a família e os funcionários bem. Mas era extremamente duro quando queria algo. Tinha um jeito de conseguir tudo que desejava, não importava quantos obstáculos aparecessem no caminho.

E se ele queria esse favor de mim, se estava usando aquele tom, então não havia como escapar

Baixei meu tom, tentando ser mais razoável.

Capítulo 552 1

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