Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 122

Resumo de 122 - Alessandro.: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra

Resumo do capítulo 122 - Alessandro. de Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra

Neste capítulo de destaque do romance Romance Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

A porta nem fez barulho de verdade, mas o olhar dela me atravessou como se fosse um estrondo. Ela estava parada ali, entre surpresa e desconforto, como se tivesse escutado algo que não devia. E escutou. Escutou tudo.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, minha mãe se virou na direção dela com aquela voz envenenada de sempre.

— O que você tá fazendo aqui?

Revirei os olhos, irritado.

— Mãe, chega.

Larissa pigarreou, sem jeito, segurando a alça da bolsa com força.

— Eu... fiquei sabendo que você tinha sido internado de novo. Eu só vim ver como você estava. Mas... posso voltar depois.

— Não — falei de imediato, quase desesperado. — Não vai embora.

Ela parou. Ficou ali, estática.

Virei o rosto pra minha mãe e falei baixo, mas firme:

— Você pode ir agora.

Rosa arregalou os olhos como se eu tivesse dado um tapa na cara dela.

— Tá me mandando embora?! Depois de tudo isso?! Depois do que você acabou de falar?! Eu preciso entender o que diabos tá acontecendo!

Fechei os olhos por um segundo, tentando respirar fundo e organizar o turbilhão que era minha cabeça.

— A Chiara não é mais aquela mulher que você conheceu no passado. A essa hora, ela já deve estar bem longe com o dinheiro que roubou. Foi tudo manipulação, mentira. E, mãe... é melhor você ir pra casa e pensar em tudo. Em tudo que fez até hoje e no dinheiro que mandou pra ela.

Rosa ficou me olhando como se eu tivesse tirado o chão debaixo dos pés dela. Tinha dor nos olhos dela. Mas também orgulho ferido. E cansaço.

— Me desculpa — completei, sem conseguir encarar direto. — Tudo isso é culpa minha. Por ter deixado a Chiara voltar pra minha vida. Por ter acreditado. Mas agora... agora eu quero ficar com a Larissa.

Meu olhar se voltou pra ela.

Ela desviou.

Rosa bufou alto, empinando o queixo.

— Ingrato. É isso que você é. Um filho ingrato.

E saiu. Passou por Larissa quase batendo o ombro nela de propósito e nem olhou pra trás.

O silêncio que ficou foi incômodo. Larissa me olhou de canto e disse, com aquela voz calma que ela sempre tentava manter, mesmo quando tava visivelmente contrariada:

— Você não precisava falar com ela daquele jeito.

Suspirei.

— É o único jeito dela entender. Se eu fosse delicado, ela ia continuar achando que tava certa.

Ela se aproximou da cama devagar, com um olhar mais suave agora. Tocou de leve no lençol, perto da minha mão.

— Como você tá?

— Bem. — Menti. — Quer dizer... ainda dói um pouco a região da cirurgia, mas nada demais.

Ela me olhou com reprovação.

— Eu sabia que isso podia acontecer. Você devia ter ficado no hospital, Alessandro.

— Eu precisava te tirar das mãos daquele desgraçado — rebati, sem pensar e olhei nos olhos dela. — Eu não ia descansar até saber que você estava bem.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos. Depois assentiu, devagar.

— Espero que melhore logo.

Só isso.

Mas vindo dela, aquilo já era muito.

E eu... eu esperava que aquele fosse o começo de uma segunda chance. Mesmo que pequeno. Mesmo que com passos tímidos. Porque dessa vez, eu não ia errar.

Ela respirou fundo.

— Eu não queria que as coisas tivessem chegado nesse ponto, Alessandro. Eu vim pro Brasil pra recomeçar... só isso. E tudo virou um pesadelo. Sinceramente, acho que teria sido melhor se eu nunca tivesse vindo.

Aquilo me acertou como uma pancada.

Neguei com a cabeça, me endireitando um pouco na cama, ignorando a dor.

— Não fala isso. Se você não tivesse vindo, eu nunca teria descoberto o Gabriel.

Ela me olhou e dessa vez eu vi tudo com clareza. A mágoa, o ressentimento, a dor de quem foi deixada pra trás. E mesmo sem dizer nada, ela dizia tudo com os olhos.

Engoli seco.

— Eu sei que errei. Sei que te deixei sozinha quando você mais precisava. Mas agora eu tô aqui e eu vou lutar pra me reaproximar de vocês. Pra recuperar cada segundo que perdi com vocês dois.

Ela balançou a cabeça em negação. Deu um passo pra trás, e eu senti a distância e frieza.

— Eu não vou te impedir de se aproximar do Gabriel — disse com firmeza. — Ele é seu filho. E merece ter um pai presente.

Fez uma pausa, respirou fundo e me cravou com o olhar.

— Mas nós dois… a gente não tem mais volta, Alessandro. Eu sei dos papéis do divórcio. Quero que eles sejam assinados o quanto antes.

Aquilo foi como se o mundo parasse por alguns segundos.

Eu não consegui nem respirar.

Aquelas palavras... cortaram fundo. Mais do que qualquer dor física. Mais do que o ciúme, a culpa ou o arrependimento.

Ela queria o fim definitivo. E o pior... foi ver a seriedade no rosto dela. A certeza. Ela não estava dizendo aquilo num impulso.

Ela realmente queria me deixar, me esquecer.

E senti como se tudo dentro de mim começasse a ruir.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra