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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 372

Tom permaneceu absolutamente imóvel.

Não piscou e nem tentou defender.

— Você não vai fazer nada?

Tom, com toda calma do mundo, respondeu:

— Eu não me mexo sem a ordem dele.

Genildo arregalou os olhos.

E finalmente entendeu.

Mas tarde demais.

Me agachei ao lado dele, apoiando o cotovelo no joelho como se estivéssemos apenas conversando num bar.

— Da próxima vez que abrir a boca pra me desafiar… — ergui o queixo dele entre dois dedos — vai precisar de dentes novos pra isso. Ficou claro?

Ele apenas balançou a cabeça, desesperado.

Tom abaixou a cabeça, respeitoso:

— E então, chefe… O que o senhor quer fazer com ele?

Tom se aproximou devagar com a cabeça baixa.

— Meu senhor, — ele disse, sem levantar os olhos.

— Fala. — respondi.

— As armas… — Tom limpou a garganta, nervoso. — O carregamento chegou antes do previsto. Tão esperando sua ordem pra passar pela rodovia.

— Já dei acesso, pode mandar avançar. — respondi, mexendo nos pulsos pra aliviar a tensão acumulada. — A polícia não vai incomodar.

Tom assentiu rápido.

Eu caminhei até Genildo. Ele recuou um pouco, mas não tinha força pra mais nada. A luz do galpão batia na poça de sangue perto de sua perna.

— O seu sobrinho, sei que ele já está ciente que você o está caçando junto a família dele. — falei, me abaixando devagar, apoiando o antebraço no joelho.

Ele travou.

— Aqueles desgraçados me devem dinheiro — murmurou, com a voz falhando.

— Não me importo com o dinheiro, o que eu quero é apagar esse desgraçado do mapa.

Genildo piscou, sem acreditar.

Tom arregalou os olhos.

— Senhor… existe algum motivo específico pra isso?

Virei o rosto pra ele devagar. Até por trás da máscara, Tom entendeu a merda que tinha acabado de perguntar.

Minha voz saiu gelada:

— Eu não preciso de motivos pra fazer o que eu quero, Tom.

Ele engoliu seco.

— Sim, meu senhor… desculpa. Só… Rafael é influente. É um nome grande, isso pode dar ruim se…

— Se o quê? — cortei, dando um passo à frente.

Antes que ele respirasse, minha mão fechou em seu colarinho e meu punho encontrou o seu rosto num estalo forte.

A cabeça dele virou para o lado, e o sangue espirrou da boca. Ele caiu de joelhos, não ousando se defender.

— O Primeiro Selo pode não gostar — ele tentou explicar, com a voz trêmula.

Primeiro Selo.

Abismo.

O líder da ordem.

— Ele não precisa saber de nada. — afirmei, soltando Tom com desdém. — Esse assunto é meu. Só meu.

Genildo observava tudo, aterrorizado.

Eu me virei pra ele novamente.

— Você vai fazer assim: dá um susto na família desse filho da puta. Algo leve. — bati levemente no rosto dele com a ponta dos dedos, como se estivesse limpando sujeira. — Só pra garantir que ele volte pro Brasil rápido. Entendeu?

Genildo assentiu várias vezes.

— S-sim… sim, senhor… eu faço…

— Bom garoto. — murmurei, inclinando mais o corpo pra perto do seu ouvido. — E quando ele pisar aqui… você vai me trazer o Rafael pessoalmente. Quero cuidar dele com minhas próprias mãos.

Genildo soltou um suspiro trêmulo, limpando o sangue que descia pelo rosto.

Tom, ainda no chão, abaixou a cabeça.

O galpão inteiro parecia respirar esperando minha próxima ordem.

E eu adorava quando o mundo prendia o ar por minha causa.

Levantei-me devagar, ajeitando a gola do casaco. Ninguém respirou e nem ousou a se mover.

Caminhei para fora e Raimundo abriu a porta para mim assim que cheguei perto.

Um por um, todos os homens que estavam armados ali, uns dez, espalhados pelas sombras, baixaram a cabeça quando passei.

Com os olhos no chão.

Do jeito que deve ser.

Cruzei o galpão até a rua escura, o vento frio da noite bateu no meu rosto escondido.

Raimundo segurou a porta do carro aberta e entrei.

Assim que a porta fechou, o mundo exterior pareceu silenciado.

Só aí deslizei a máscara para fora do rosto, sentindo o ar gelado tocar minha pele.

Raimundo me olhou pelo retrovisor. O único que tinha permissão pra isso.

— Tom vai obedecer, senhor. — disse ele, ligando o carro. — Ele sabe muito bem quem é o senhor, e tem consciência que deve obedecer, sem perguntas, o terceiro selo.

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