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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 153

Fomos até a pista. Ele colocou as mãos na minha cintura, e eu levei as minhas pro pescoço dele. Começamos a nos mover no ritmo lento da música, nossos corpos colados, os olhos nos olhos.

Era quente, intenso. Os movimentos eram suaves, mas cada toque, cada deslizar da mão dele pelas minhas costas, fazia meu corpo inteiro reagir.

— Você dança bem — murmurei.

— Com você, qualquer coisa fica melhor.

Nossos rostos estavam tão próximos. E o calor entre a gente era quase palpável.

Mas então senti alguém puxar levemente meu braço. Um cara, visivelmente alterado, tentou se aproximar.

— Oi, gata... te conheço de algum lugar? — ele falou, invadindo nosso espaço.

Antes que eu pudesse responder, Alessandro já estava na frente com os olhos cerrados.

— Ela tá comigo — ele disse, firme. — Dá o fora.

— Foi mal, cara… só queria conversar — disse o cara, erguendo as mãos, mas sem muita pressa de sair.

Alessandro deu um passo mais à frente, o maxilar travado.

— Eu falei pra sair.

O cara olhou mais uma vez pra mim, depois pra ele, e se afastou. Quando me virei de volta, Alessandro ainda estava com o corpo tenso, me olhando.

— Alessandro... — comecei.

— Desculpa — ele disse, respirando fundo. — Mas eu não consigo ver outro homem chegando em você. Eu...

— Tá tudo bem — falei, colocando minha mão no peito dele. — Eu sou sua namorada, lembra?

Ele sorriu, aliviado, e me puxou de novo pra perto.

— E eu sou completamente seu.

A batida começou como um sussurro dentro do meu peito.

"Boy, you make me feel things I never felt before..."

(Garoto, você me faz sentir coisas que eu nunca senti antes...)

Alessandro me puxou de volta pra pista. As luzes baixas dançavam ao redor da gente, mas meu mundo era só ele.

Olhei pra Alessandro e vi aquele brilho no olhar dele. Sabia exatamente o que ele estava sentindo, porque era o mesmo que fervia dentro de mim.

Ele deslizou as mãos pela minha cintura de novo, me puxando pra mais perto e dessa vez, não tinha mais nenhum espaço entre nós. O calor do peito dele colado ao meu, a respiração pesada se misturando com a minha. Nossos corpos já estavam no mesmo ritmo.

"Don’t say a word, just shut up and listen..."

(Não diga uma palavra, apenas cale a boca e escute...)

A voz da música sussurrava entre nós dois, como se ela tivesse sido escrita pra esse exato instante. Meus quadris começaram a se mover junto aos dele, lentos, provocantes, como se cada batida da música fosse um toque no meu corpo.

Meus olhos estavam grudados nos seus, escuros, intensos e famintos. Eu levei as mãos até o pescoço dele, meus dedos roçaram a sua nuca e, enquanto eu rebolava devagar contra o corpo dele, senti cada músculo seu se contrair.

— Você quer me deixar louco? — ele murmurou com a boca colada no meu ouvido, a voz rouca e baixa, a respiração quente me fazendo arrepiar inteira.

Sorri contra a pele dele, deslizando os lábios até a orelha.

— Tô tentando.

"The way you look at me, it’s driving me insane..."

(O jeito como você me olha tá me deixando louco...)

Ele soltou um gemido rouco, abafado, que ninguém mais ouviria. Mas eu ouvi e eu senti.

As mãos dele começaram a me explorar, descendo pelas minhas costas, passando pela curva da minha cintura até meu quadril. Ele me apertou ali com uma firmeza deliciosa que me fez prender o ar nos pulmões.

"Shut up and listen... to what your body’s saying."

(Cale a boca e escute... o que seu corpo está dizendo.)

Me virei de costas pra ele, encostando o meu corpo no dele. Senti o seu peito subir e descer com força. Fechei os olhos, sentindo as mãos dele na minha cintura de novo, me puxando com mais intensidade. O quadril dele pressionava o meu e eu podia sentir a sua dureza na minha bunda.

— Você não tem noção do que tá fazendo comigo, Larissa — ele sussurrou no meu ouvido, com a voz carregada de tensão e desejo.

Eu virei o rosto pra ele, os lábios quase tocando os dele, e respondi sem hesitar:

— Tenho sim. É exatamente isso que eu quero fazer com você.

Ele me virou de frente mais uma vez, nossos rostos colados. Nossos lábios mal se tocavam, a respiração era o suficiente pra arrepiar tudo.

"And if you feel it too, don’t make a sound, just shut up and listen..."

(E se você também sente isso, não diga nada, apenas cale a boca e escute...)

Sua mão estava firme na minha cintura, nos guiando naquele vai e vem cheio de provocação e tensão sexual. Era como se estivéssemos nos despindo com os olhos. Com os toques, com cada gesto.

Os olhos dele estavam cravados em mim como se eu fosse a única mulher do planeta.

Ele colou nossos corpos de novo. Suas mãos deslizaram pela minha cintura com lentidão e firmeza. Um arrepio feroz percorreu minha espinha.

O gosto dele, o calor. A firmeza com que ele me guiava naquela dança que já não era só uma dança. Era quase uma promessa.

"Just shut up and listen..."

(Apenas cale a boca e escute...)

E naquele momento, eu soube: a gente podia ter se perdido por um tempo, mas agora... agora éramos um só corpo. Um só ritmo e um só fogo.

E ninguém ali ia apagar.

***

Já era tarde. A rua estava praticamente deserta, silenciosa, e o carro de Alessandro estava parado bem ao lado do meu prédio. O interior do carro estava iluminado só pela luz fraca do painel e pelo brilho da cidade ao fundo.

Eu soltei o cinto e fui pegando minha bolsa devagar, me preparando pra descer, quando ouvi a voz dele, baixa, rouca, tão próxima que senti um arrepio.

— E meu beijo de boa noite? Vai me negar isso?

Virei o rosto e sorri.

— Claro que não.

Me inclinei e encostei os lábios nos dele, só um selinho, só pra cumprir o pedido... mas quando fui me afastar, ele me puxou pela nuca e aprofundou o beijo. Meu corpo reagiu no mesmo segundo, como se já soubesse o caminho.

A mão dele estava na minha cintura, firme, quente, me puxando mais pra perto. O beijo foi ficando intenso, a respiração misturada, o desejo latente.

Quando ele começou a beijar meu pescoço e ombro... eu gemi baixinho, os olhos quase fechando. Era como se meu corpo tivesse vida própria, como se tivesse guardado esse toque por anos.

As mãos dele desceram pela lateral do meu corpo até encontrarem minha coxa. Ele subiu devagar, o vestido subindo junto, e eu tentei pensar em parar. Eu sabia que deveria. Mas minha boca não queria dizer nada. Não naquele momento.

Ele voltou pros meus lábios, e o beijo agora era faminto, sem freios. Ele se inclinou mais, e com um movimento rápido e um estalo suave, ele empurrou o banco pra trás completamente. Antes que eu percebesse, ele me puxou pro colo dele.

— Alessandro… — sussurrei, rindo baixinho enquanto passava as pernas pra cada lado dele, montada.

— Alguém pode ver a gente — falei, olhando de relance pelas janelas do carro.

Ele afastou uma mecha do meu cabelo e começou a beijar meu rosto, meu queixo, a curva do meu pescoço, me deixando em chamas.

— Todo mundo já tá dormindo, amor — sussurrou contra minha pele. — Só a gente tá acordado.

Fechei os olhos e me entreguei ao beijo dele, rebolando devagar sobre ele, sem nem pensar. Sentia um calor subindo pelo corpo, o desejo tomando conta de mim por inteiro. As mãos dele seguraram firme minha cintura, guiando o ritmo, e por alguns segundos eu esqueci de tudo. Esqueci do mundo.

Nos afastamos, ofegantes, e eu encostei minha testa na dele.

— Quer subir? — perguntei, com a voz rouca, quase um sussurro.

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