Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 30

Resumo de Capítulo 30: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo do capítulo Capítulo 30 do livro Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

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O Porsche de Christian parou suavemente em frente à minha casa. O motor desligou, deixando apenas o silêncio entre nós, tão pesado que parecia uma terceira presença no carro. Pela janela, vi minha casa exatamente como a tinha deixado dias atrás – modesta, familiar, um mundo completamente diferente das vinícolas e mansões que havíamos deixado para trás.

A viagem de volta tinha sido quase toda em silêncio. Algumas tentativas de conversa morreram rapidamente, como se ambos soubéssemos que qualquer palavra dita poderia romper a frágil trégua que estabelecemos. Christian tinha sido educado, perguntando se estava confortável, se precisava parar em algum lugar. Eu tinha sido igualmente polida, respondendo com monossílabos. Fingimos que não havia acontecido nada. Que não tínhamos dormido no mesmo quarto, compartilhado histórias pessoais, dançado juntos, nos beijado.

Fingimos que não haveria saudade.

— É isso — Christian disse finalmente, as mãos ainda no volante, embora o carro estivesse parado. — Obrigado por tudo, Zoey Aguilar.

A formalidade com que ele disse meu nome completo doeu mais do que deveria.

— Obrigada você — respondi, minha voz saindo estranhamente controlada. — Por resolver a dívida do meu pai. Por cumprir sua parte.

Christian assentiu, olhando para frente, sem me encarar diretamente.

— Como prometi, tudo está resolvido. Seu pai receberá a documentação amanhã.

Fiz menção de abrir a porta, mas algo me impediu. Um peso invisível, uma hesitação que não conseguia explicar. Minha mão permaneceu no ar, sem completar o movimento.

— Você vai ficar bem? — perguntei, as palavras escapando antes que pudesse contê-las.

Ele olhou para mim, surpreso com a pergunta.

— Sempre fico — respondeu com aquela confiança que parecia tão natural nele. — Vou dar um jeito.

— E seu avô? Ele não vai...

— Vou inventar algo. Uma briga. Um desentendimento irreconciliável. — Ele deu de ombros, mas a tensão em seu maxilar o traía. — Não se preocupe comigo.

— Difícil não me preocupar com alguém que se parece tanto com um cachorro abandonado na chuva agora mesmo.

Um pequeno sorriso surgiu no canto dos lábios dele.

— Isso foi quase um elogio?

— Quase.

O silêncio voltou, mas menos tenso. Alguma coisa havia mudado, uma pequena rachadura no muro que tínhamos construído entre nós durante a viagem.

— Como vai encontrar outra garota para fingir ser sua noiva? — perguntei, tentando parecer leve. — Vai frequentar mais casamentos na esperança de ser confundido com um gigolô?

Christian soltou uma risada curta, o primeiro som genuíno desde que tínhamos deixado a vinícola.

— Acho que você é única nesse aspecto. — Ele me olhou, seus olhos suavizando. — Não acho que exista outra mulher no mundo que confundiria Christian Bellucci com um acompanhante de luxo.

Meu coração acelerou com o olhar dele, com o modo como disse "única". Ridículo, eu sei. Estava procurando significados onde não existiam.

— Bom, você tem que admitir que a situação era peculiar. Uma noiva abandonada, um casamento da ex-melhor amiga, um estranho misterioso com cara de modelo... — dei de ombros. — Qualquer um teria chegado à mesma conclusão.

— Qualquer um? — ele arqueou uma sobrancelha. — Ou só alguém com uma imaginação tão vívida quanto a sua?

— Estou começando a pensar que você gostou da confusão.

— Talvez eu tenha. — Sua voz baixou uma oitava. — Deu um toque de... inesperado à minha vida extremamente planejada.

Novamente aquele silêncio. O tipo de silêncio cheio de coisas não ditas, de possibilidades que nunca exploraríamos. Olhei para minha casa, notando que estava completamente às escuras. Era domingo - meus pais provavelmente tinham ido à feira, Matheus ao futebol, e Anne devia estar acordando agora na casa de alguma amiga depois de uma noite de balada. A casa estaria vazia.

Mas nenhum de nós se moveu. Era como se estivéssemos presos em uma bolha de tempo, o último momento de uma história que acabava ali, abruptamente.

— Tenha uma boa vida, Christian Bellucci. — Tentei sorrir, buscando uma despedida limpa, definitiva.

— Você também, Zoey Aguilar.

Finalmente, com um esforço que parecia sobre-humano, peguei minha bolsa do chão do carro. Era hora de voltar para minha vida real, deixar para trás a fantasia de ser a noiva de um bilionário, de pertencer a um mundo que nunca seria meu.

Minha mão alcançou a maçaneta da porta, mas antes que pudesse abri-la, me virei novamente para Christian. Queria um último olhar, um último momento para guardar na memória.

— Adeus — murmurei, inclinando-me para depositar um beijo em sua bochecha. Um gesto inocente, um ponto final apropriado.

Mas quando meus lábios tocaram sua pele, algo aconteceu. Não sei se foi ele que virou o rosto, ou eu que mudei o ângulo no último segundo. Sei apenas que, de repente, nossos lábios se encontraram.

Foi como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo. Tentei me afastar, realmente tentei. Mas as mãos de Christian estavam no meu rosto, gentis mas firmes, e meu corpo respondia a um desejo mais forte que minha razão.

O beijo começou lento, hesitante, como uma pergunta. Depois se tornou algo mais – urgente, necessitado, quase desesperado. Minhas mãos encontraram o caminho para seus cabelos, puxando-o para mais perto. Senti suas mãos deslizarem pelas minhas costas, puxando-me contra ele tanto quanto o console do carro permitia.

Um gemido baixo escapou da minha garganta quando sua língua encontrou a minha, e senti seu corpo estremecer em resposta. Éramos apenas nós dois, entregues a algo que não conseguíamos mais negar.

Quando finalmente nos separamos, ofegantes, encarando um ao outro com os lábios inchados e olhos dilatados pelo desejo, não havia mais fingimento. Não havia mais contrato ou acordo de negócios.

Meu coração batia tão forte que tinha certeza de que ele podia ouvi-lo. O silêncio entre nós agora carregava uma pergunta diferente, um novo tipo de possibilidade.

Puxei o ar com força, tentando recuperar alguma clareza mental. Era loucura. Mas eu queria muito viver aquela loucura uma última vez.

— Você quer entrar?

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