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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 527

~ NICOLÒ ~

Desci as escadas com passos pesados, mas minha mente estava completamente em outro lugar.

No corpo frágil de Bianca desmaiada em meus braços. No peso surpreendentemente leve quando a carreguei até a caminhonete, como se ela fosse feita de algo delicado demais para este mundo. Naquele par de olhos azuis intensos que me encaravam com uma mistura de confusão e certeza que não fazia o menor sentido. Nas pernas longas que haviam escorregado da maca quando tentei ajudá-la a se acomodar.

E no beijo.

Merda. O beijo.

Não tinha sido aquele tipo de beijo, o tipo que tira o fôlego e faz o mundo parar. Tinha sido quase um selinho, rápido, casto, inocente. Seus lábios haviam tocado os meus por não mais do que dois segundos antes de Bella aparecer na porta.

Se minha filha não tivesse chegado e nos interrompido...

Balancei a cabeça com força, afastando o pensamento. Obviamente eu teria feito a mesma coisa — me afastado, explicado, estabelecido limites. Eu não era o tipo de homem que se aproveitava de uma mulher confusa e vulnerável que acabara de bater a cabeça.

Mas aqueles lábios macios contra os meus não saíam da minha cabeça.

Concentra, Nicolò. Ela é uma hóspede. Uma hóspede temporariamente confusa que vai embora em alguns dias.

Cheguei ao fim da escada e virei à esquerda, seguindo o corredor até a cozinha. O cheiro de pão fresco assado invadiu minhas narinas antes mesmo de eu empurrar a porta — alecrim, azeite, aquela crosta dourada perfeita que só minha mãe conseguia fazer.

A cozinha era o coração da propriedade. Grande e acolhedora, com bancadas de mármore desgastadas pelo tempo, panelas de cobre penduradas nas paredes, e uma enorme lareira de pedra que aquecia o ambiente mesmo nos dias mais frios do inverno. Bella estava sentada no banquinho alto perto da ilha central, balançando as perninhas, com farinha no nariz e um sorriso de orelha a orelha.

E minha mãe — Martina Montesi, sessenta e dois anos de pura energia — estava tirando a última fornada de pães da forma, usando luvas de forno floridas que eu havia dado a ela.

— Então você está noivo da hóspede nova, Nico? — disparou ela sem nem olhar na minha direção, mas eu podia ouvir o riso contido em sua voz.

Ela se virou, os olhos castanhos brilhando de diversão, e soltou uma risada aberta e calorosa que fez Bella rir junto sem nem saber o motivo.

Ri de volta, balançando a cabeça enquanto me aproximava da cesta de pães ainda quentinhos sobre a bancada. Peguei um, queimando levemente as pontas dos dedos, e comecei a parti-lo ao meio, liberando aquele vapor perfumado.

— Não exatamente — respondi, mastigando um pedaço. Perfeito. Como sempre. — A moça bateu com a cabeça e está confusa. O doutor pediu para não a contrariar ou ela pode demorar ainda mais para se recuperar.

Bella parou de balançar as pernas e inclinou a cabeça para o lado, seus cachos bagunçados caindo sobre um ombro.

— A moça é doida? — perguntou com aquela franqueza brutal que só crianças possuem.

Ri novamente, desta vez mais suavemente, e me aproximei dela para passar a mão em sua cabeça com carinho.

— Não, meu amor. Ela só está... dodói. E o papai está cuidando dela.

Bella processou isso por um momento, seus olhinhos me estudando com seriedade.

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