~ BIANCA ~
Nico olhou rapidamente para mim, depois para a moça, e respondeu com uma voz que soava... cansada.
— Já estou indo, Paola.
Fiquei observando a dinâmica entre eles. A forma como ela o chamou, a familiaridade na voz dela, o jeito que ele respondeu sem hesitar. Senti algo desconfortável se retorcer no meu estômago. Ciúmes? Era ciúmes?
Paola assentiu, satisfeita com a resposta, e disse:
— Ótimo. Os turistas já estão esperando para o passeio.
Então ela deu as costas e saiu, caminhando com passos decididos de volta em direção à villa principal. Observei enquanto ela se afastava, notando a confiança em cada movimento, a forma como seu rabo de cavalo balançava, como se ela pertencesse àquele lugar de uma forma que eu claramente não pertencia.
Queria perguntar quem ela era. Queria garantias de que não havia motivos para ter ciúmes, que ela era apenas uma funcionária ou uma amiga ou qualquer coisa que não representasse ameaça. Mas ao mesmo tempo, parecia tão patético não lembrar de tantas coisas básicas sobre minha própria vida.
Talvez fossem irmãos. Talvez ela e eu fôssemos melhores amigas e eu só estava esquecendo. Talvez ela fosse prima dele, ou vizinha, ou ex-namorada que virou amiga, ou funcionária de longa data que tinha liberdade para falar com ele daquele jeito. Eram tantas possibilidades que meu cérebro confuso não conseguia processar.
Então simplesmente ignorei a sensação incômoda e mudei de assunto.
— Passeio? — perguntei, voltando minha atenção para Nico.
Ele se abaixou e pegou a camiseta que havia deixado pendurada em um galho próximo. Começou a vesti-la enquanto explicava, e eu não pude deixar de sentir uma pontada de decepção ao ver aquele torso incrível sendo coberto.
— Ah, sim. Todas as tardes fornecemos um passeio para os hóspedes pela vinícola da propriedade. Uma experiência imersiva, sabe? — Ele puxou a camiseta completamente, ajustando-a sobre o corpo. — Conhecer os vinhedos, o processo de fabricação do nosso vinho artesanal, e terminar com uma degustação, é claro. Como nossa hóspede, seria um prazer que se juntasse ao grupo.
Não consegui deixar de pensar que preferia estar tendo outro tipo de prazer com ele. Um que incluísse nós dois sozinhos em um daqueles quartos, sem roupas, sem interrupções, sem memórias confusas atrapalhando.
Mas acabei concordando.
— Claro. Parece interessante.
Começamos a caminhar lado a lado de volta em direção à propriedade principal. O caminho era levemente íngreme, e a neve compactada tornava cada passo um pouco traiçoeiro. Nico naturalmente ofereceu o braço para me apoiar, e eu aceitei, sentindo o calor dele através da manga da camiseta.
Chegamos a uma área próxima ao estacionamento onde estava estacionado um veículo que eu só conseguia descrever como um caminhão de safári, mas versão vinícola. Tinha laterais abertas com bancos dispostos em fileiras, permitindo que os passageiros tivessem visão completa da paisagem ao redor. Alguns hóspedes já estavam acomodados, conversando animadamente entre si.
Nico me ajudou a subir, segurando minha mão com firmeza enquanto eu me equilibrava no degrau alto. Acomodei-me em um dos bancos do meio, e foi então que percebi: era Paola quem estava no assento do motorista.
Ela ajustou o espelho retrovisor, verificou algo no painel, e então olhou para trás, encontrando meus olhos por uma fração de segundo. Não sorriu. Apenas virou-se de volta para frente.
Ótimo. Definitivamente não éramos amigas, então.
Nico assumiu a posição em pé próximo à frente do veículo, segurando em uma barra de apoio, claramente preparado para o papel de guia turístico. Quando todos os hóspedes estavam acomodados, ele bateu duas vezes no teto da cabine, sinalizando para Paola que podiam partir.
O motor roncou e começamos a nos mover, saindo do pátio principal e seguindo por uma estrada de terra que cortava através da propriedade.
— Boa tarde a todos! — começou Nico, e sua voz tinha mudado completamente. Não era mais o tom desconfortável e confuso que ele usava comigo. Era confiante, caloroso, envolvente. — Bem-vindos à Tenuta Montesi. Meu nome é Nicolò, mas podem me chamar de Nico, e hoje vou guiá-los através da nossa pequena, mas orgulhosa, operação vinícola familiar.


Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...