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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 541

~ NICOLÒ ~

Estava no pátio verificando os níveis de sal nas escadas — a última coisa que precisava era outro acidente — quando ouvi o som de um carro chegando.

Virei-me e reconheci imediatamente o carro preto elegante de Bianca estacionando perto da entrada principal. Bianca estava no volante, e quando a porta do passageiro se abriu, Paola saiu.

As duas tinham vindo juntas.

Paola disse algo que não consegui ouvir, e Bianca respondeu, ambas ainda perto do carro. Então Bianca me viu, e seu rosto se iluminou. Aquele sorriso que eu estava começando a conhecer bem demais — genuíno, caloroso, que alcançava aqueles olhos azuis e os fazia brilhar

Ela caminhou rapidamente na minha direção, subindo os degraus com cuidado — pelo menos isso ela tinha aprendido — e se colocou na ponta dos pés para me dar um beijinho rápido nos lábios.

Meu coração disparou, como sempre disparava quando ela fazia isso. Como se meu corpo não tivesse recebido o memorando de que aquilo tudo era falso.

— Bom dia — disse ela, ainda sorrindo. — Vou aproveitar o café da manhã da pousada. A gente se fala mais tarde?

— Claro — consegui responder, minha voz saindo mais rouca do que pretendia.

Bianca me deu mais um sorriso antes de entrar na villa, deixando um rastro do seu perfume sutil.

Paola ficou parada onde estava, observando Bianca entrar. Seus olhos estreitaram levemente, aquela expressão desconfiada que eu conhecia bem se instalando em seu rosto.

Quando a porta se fechou atrás de Bianca, Paola finalmente se moveu. Caminhou até mim com passos determinados e me puxou pelo braço, me guiando para o lado mais afastado do pátio, longe de ouvidos curiosos.

— Ela estava na cidade — disse Paola sem preâmbulo, sua voz baixa mas urgente. — Usando o computador em um café. Acho que estava trabalhando ou conversando com alguém.

Dei de ombros, tentando parecer despreocupado.

— Se ela conseguiu lembrar de alguém para entrar em contato, isso é ótimo. Significa que a memória está voltando e...

— Olha, Nico — Paola me interrompeu, cruzando os braços. — Não compro, tá? Não compro essa ideia de que ela simplesmente bateu com a cabeça e agora acha que é sua noiva.

Não consegui segurar a risada.

— Claro — disse, minha voz carregada de ironia. — Porque certamente uma pessoa em sã consciência se jogaria de uma escada, bateria propositalmente com a cabeça só pra fingir que perdeu a memória e é minha noiva. Porque... porque mesmo, Paola? Onde isso faz sentido?

Paola revirou os olhos, aquele gesto dramático que ela fazia desde criança quando achava que alguém estava sendo particularmente idiota.

— Porque você é dono de tudo isso aqui — disse ela, gesticulando amplamente para a propriedade ao nosso redor. — Uma pousada, uma vinícola, terras...

Ri novamente, mas desta vez não havia humor real na risada. Era amarga, cansada.

— Uma pousada que quase não atrai hóspedes — corrigi, contando nos dedos. — Uma vinícola artesanal que só vende para os poucos hóspedes que temos e algumas lojas locais. E terras que dão mais gastos do que qualquer outra coisa. Manutenção, impostos, equipamentos que quebram todo mês... — Balancei a cabeça. — Paola, se ela está atrás de dinheiro, escolheu o alvo errado.

Mas Paola não recuou. Seus olhos permaneceram fixos nos meus, determinados.

Capítulo 541 1

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