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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 540

~ BIANCA ~

Acordei cedo, antes mesmo do sol nascer completamente. Não conseguia mais ficar deitada na cama. Precisava fazer alguma coisa. Precisava de respostas.

Peguei as chaves do carro que tinha visto ontem quando estava analisando a mala — um chaveiro discreto de couro com o logo de uma marca que eu não reconheci. Desci as escadas em silêncio e saí para o estacionamento gelado da manhã.

Apertei o botão no chaveiro e luzes de um carro que parecia caro piscaram em resposta. Entrei, ajustei o banco e os espelhos como se tivesse feito aquilo mil vezes antes, e liguei o motor. Ele roncou suavemente, respondendo imediatamente.

Dirigir era fácil. Não era como se eu tivesse esquecido as coisas básicas — pisar na embreagem, trocar de marcha, verificar os espelhos. Meu corpo sabia o que fazer mesmo quando minha mente não conseguia lembrar de aprender.

A estrada para o centro estava coberta com uma fina camada de gelo que requeria atenção extra. Dirigi devagar, cuidadosamente, focando em cada curva, cada descida.

O centrinho de Montepulciano era pequeno mas charmoso, com ruas de pedra estreitas e construções medievais que pareciam ter saído diretamente de um cartão-postal. Mesmo na manhã cedo de sábado, algumas lojas já estavam abrindo, comerciantes varrendo as calçadas e preparando suas vitrines.

Estacionei perto da praça principal e saí, puxando meu casaco mais apertado contra o frio cortante. Caminhei pelas ruas até encontrar o que procurava: uma cafeteria moderna que também funcionava como workspace.

A placa dizia "Caffè & Co-working" em letras elegantes.

Perfeito.

Entrei, e o calor me recebeu junto com o cheiro maravilhoso de café fresco e algo doce assando. O interior era acolhedor — paredes de tijolos expostos, mesas de madeira rústica, sofás confortáveis, e o mais importante: uma área claramente designada para trabalho, com mesas com notebooks disponíveis para os clientes.

Me aproximei do balcão onde uma jovem de cabelos curtos e sorriso simpático me cumprimentou.

— Bom dia! O que vai querer?

Abri a boca para pedir um café normal, mas o que saiu foi:

— Um cappuccino com canela e uma pitada de noz-moscada, por favor. Leite de aveia, se tiver

As palavras saíram tão naturalmente, tão automaticamente, que levou um segundo para eu processar o que havia dito.

A garota anotou sem pestanejar.

— Claro! Mais alguma coisa?

— Não, obrigada.

Paguei e fui me sentar em uma das mesas da área de trabalho enquanto esperava meu pedido. Peguei um dos notebooks disponíveis e o abri, esperando ele inicializar.

Aquele pedido específico... cappuccino com canela e noz-moscada, leite de aveia. Não era algo comum. Não era algo que alguém pediria por acaso.

Talvez fosse meu pedido de sempre.

Percebi um padrão: às vezes, quando agia no automático, quando não pensava muito, as coisas apenas... vinham. Como dirigir. Como aquele pedido de café. Mas isso não funcionava quando eu tentava ativamente buscar informações específicas. Quando tentava me lembrar do nome da minha filha, ou onde morava, ou qualquer detalhe importante, havia apenas vazio.

A garota trouxe meu café — perfeitamente preparado, com desenho de folha na espuma — e eu agradeci antes de virar minha atenção completamente para o notebook.

Abri o navegador e fui direto ao G****e.

Respirei fundo e digitei: Bianca Ricci.

Apertei enter e esperei enquanto os resultados carregavam.

Quase nada.

Havia algumas menções a outras Bianca Riccis — uma professora em Roma, uma artista em Milão, uma dentista em Nápoles. Nenhuma foto que se parecesse comigo. Nenhum artigo. Nenhum perfil em redes sociais. Nada.

A frustração começou a ferver no meu peito. Como alguém simplesmente não existia online hoje em dia? Todo mundo tinha presença digital. Todo mundo.

A menos que...

Bellucci.

O nome surgiu na minha mente como um sussurro. Aquele nome que tinha me deixado com um frio na espinha quando vi nos documentos. Aquele nome que vinha com um instinto automático de esconder, de não deixar ninguém saber.

Mas por quê?

Por que esse nome parecia tão errado? Por que ninguém podia saber?

Mas... bem... eu podia saber, não podia? Era sobre mim. Sobre quem eu realmente era.

Com dedos levemente trêmulos, deletei "Ricci" da barra de busca e digitei: Bianca Bellucci.

Apertei enter.

E desta vez, as informações começaram a preencher a tela.

Vários resultados. Links. Imagens.

Meu coração disparou.

Me apeguei rapidamente a algo sobre um reality show — algo relacionado a relacionamentos e vinho. Havia uma foto pequena na prévia do resultado, mas era difícil ver claramente.

Movi o cursor para clicar no link, para abrir a página, para finalmente descobrir algo, qualquer coisa, sobre quem eu realmente era.

— Bianca?

Capítulo 540 1

Capítulo 540 2

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