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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 546

~ BIANCA ~

Pela primeira vez senti Nico corresponder ao meu beijo de verdade.

Não foi apenas aceitação passiva. Não foi aquela tolerância educada que ele vinha demonstrando toda vez que eu o beijava. Foi real. Genuíno. Urgente.

Suas mãos desceram para minha cintura com uma firmeza que me pegou desprevenida. Seus dedos se fecharam ao redor da curva dos meus quadris e me puxaram contra ele com força, eliminando qualquer espaço que ainda existia entre nossos corpos. Senti cada músculo do corpo dele pressionado contra o meu, sólido e quente através das camadas de roupa. O calor dele me envolveu completamente, fazendo meu estômago dar um nó e meu coração disparar.

Por um momento glorioso, por um segundo perfeito e suspenso no tempo, pensei que finalmente, finalmente, aquela parede irritante de autocontrole que ele mantinha tão cuidadosamente tinha desmoronado.

Mas então, como sempre acontecia, como eu já deveria ter previsto, a fachada voltou.

Nico me afastou. Não foi brusco. Foi delicado, quase gentil, suas mãos ainda na minha cintura mas criando distância deliberada entre nossos corpos. Podia sentir a relutância no toque, a forma como seus dedos demoraram um segundo a mais antes de me soltar completamente.

Sua respiração estava irregular, saindo em pequenas rajadas quentes que eu ainda podia sentir contra minha pele. Seus olhos estavam escuros, as pupilas dilatadas de desejo óbvio.

Não consegui resistir. Precisava saber. Precisava entender.

— Nós... — comecei, procurando pelas palavras certas, tentando formular a pergunta de uma forma que não soasse completamente louca. — Nós não temos nenhum tipo de intimidade?

Nico piscou, sua expressão mudando de desejo contido para confusão.

— O quê?

— É que... tipo... — gesticulei vagamente com as mãos, sentindo minhas próprias bochechas esquentarem agora. — Eu sei que por algum motivo louco a gente fez um combinado de só transar depois do casamento. Tudo bem. Entendo. Respeito isso, mesmo que ache meio... antiquado.

Ele continuou me encarando, imóvel como uma estátua.

Respirei fundo e continuei:

— Mas... nem umas brincadeirinhas? Nem uns amassos? Nem... sei lá, toques mais ousados?

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.

— Quero dizer... — insisti, ganhando coragem conforme as palavras saíam, conforme a frustração que vinha sentindo finalmente encontrava voz. — Você parece tenso mesmo quando eu te beijo. Como se fosse... não sei, proibido? Errado de alguma forma? Como se você estivesse traindo alguém em vez de beijar sua própria noiva.

Vi o exato momento em que o rosto de Nico ficou vermelho.

Era extremamente fofo.

Não pude deixar de sorrir ao ver aquilo. Tinha algo absolutamente adorável na forma como ele ficava sem graça com certos assuntos. Aqui estava um homem adulto, pai, dono de uma propriedade, que provavelmente lidava com situações difíceis e tomava decisões importantes todos os dias, corando como um adolescente virgem só porque eu havia mencionado intimidade física.

Era encantador de uma forma inesperada.

Mas também era confuso. Porque éramos noivos. Supostamente íamos nos casar. Devíamos ter intimidade para essas conversas, certo? Devíamos estar confortáveis discutindo esses assuntos, rindo sobre eles, talvez até planejando nossa noite de núpcias com aquele tipo de antecipação nervosa e empolgada que casais apaixonados têm.

— Porque, sinceramente — insisti, cruzando os braços sobre o peito e o encarando diretamente — eu sinto que a gente tem essa química. Eu sinto toda vez que você me olha, toda vez que estamos perto um do outro. Você sente também, sei que sente.

Capítulo 546 1

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