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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 555

~ BIANCA ~

O silêncio dentro do carro era opressor. Apenas o som do vento uivando lá fora, sacudindo o veículo ocasionalmente com rajadas particularmente violentas.

Vi Nico tentar girar a chave novamente. O motor deu um clique patético mas não pegou. Ele tentou mais uma vez. Mesmo resultado.

— Merda — murmurou ele, socando o volante com frustração.

Então ele se virou e mexeu nos controles do painel, tentando ligar o aquecedor.

Nada aconteceu.

— O aquecedor também não funciona? — perguntei, já sentindo o frio começar a se infiltrar agora que o motor estava morto e não gerava mais calor.

— Sem o motor ligado, não tem como alimentar o sistema de aquecimento — explicou Nico, sua voz tensa. — Tudo depende do motor funcionando.

Puxei meu casaco mais apertado ao redor do corpo, mas já podia sentir o frio penetrando através das camadas de roupa. Meus dedos começavam a ficar dormentes.

— Não estamos muito longe da pousada — disse Nico, olhando pela janela coberta de neve como se pudesse ver algo além da parede branca. — Talvez três, quatro quilômetros no máximo.

— Então vamos caminhar — sugeri, já começando a me mover.

— Não — disse ele firmemente, segurando meu braço. — Vamos morrer congelados se tentarmos caminhar até a pousada em plena madrugada com essa nevasca. A temperatura está abaixo de zero, o vento está cortante, e a visibilidade é zero. Não vamos conseguir nem encontrar o caminho direito, quanto mais sobreviver à exposição.

Olhei para ele, depois para a janela, depois de volta para ele.

— Mas vamos morrer congelados se ficarmos no carro sem o aquecedor também — disse, ouvindo minha própria voz sair mais aguda, beirando o pânico.

Nico ficou quieto por um momento, processando. Então seus olhos se iluminaram levemente.

— Você tem razão. Precisamos procurar um lugar mais quente — disse ele, virando-se completamente para me encarar. — Se bem me lembro, estamos perto de uma cabana. Os fazendeiros locais usam para armazenar equipamentos e às vezes como abrigo durante o trabalho. Se dermos sorte, vai ter uma lareira e madeira cortada.

— E se não dermos sorte? — perguntei.

— Vai estar trancada — disse ele com um meio sorriso. — Mas isso nunca me impediu antes.

Não consegui deixar de sorrir também, apesar do medo e do frio.

— Então vamos.

Nico se virou e pegou algo do banco de trás. Um cobertor colorido, claramente infantil. Provavelmente tinha sido deixado ali por Bella em algum passeio anterior.

— Não é muito — disse ele, segurando o cobertor — mas é melhor que nada.

Saímos do carro e o frio me atingiu como uma parede física. Não era apenas frio. Era um frio que cortava, que penetrava, que fazia meus pulmões doerem a cada respiração. O vento empurrava a neve em rajadas horizontais que picavam meu rosto como pequenas agulhas de gelo.

Nico jogo o cobertor nas minhas costas e pegou minha mão imediatamente, entrelaçando seus dedos com os meus.

— Não me solte — disse ele, sua voz quase perdida no uivo do vento. — Se nos separarmos aqui, não vamos nos encontrar novamente

Assenti, apertando sua mão com força.

Começamos a caminhar. Cada passo era um esforço. A neve estava alta, meus pés já estavam dormentes, meu rosto queimando com o frio.

E então, como uma aparição milagrosa, vi a forma escura de uma construção surgindo através da cortina de neve.

— Ali! — gritei, apontando.

Nico me puxou na direção da cabana. Era pequena, rústica, feita de pedra e madeira antiga. A porta estava fechada mas quando Nico empurrou, ela cedeu facilmente. Não estava trancada.

Entramos tropeçando, e Nico fechou a porta atrás de nós com força, bloqueando o vento.

Capítulo 555 1

Capítulo 555 2

Capítulo 555 3

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