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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 585

~ BIANCA ~

Era sexta-feira de manhã e eu deveria estar na Bellucci em Florença, sentada na minha mesa, lidando com análise de relatórios e reuniões.

Ao invés disso, estava em minha terceira reunião do dia com agências de turismo da região de Montepulciano, oferecendo parcerias que eu tinha passado a semana inteira estruturando nos mínimos detalhes.

— Eu sei que normalmente os turistas já chegam aqui com hospedagem garantida — disse, passando folhetos impressos em papel de qualidade através da mesa para os dois agentes à minha frente. — Mas não é sobre isso. São sobre nossas experiências únicas.

Apontei para as fotos no folheto conforme enumerava.

— Jantares assistindo ao pôr do sol mais incrível da Itália. Workshop de culinária toscana autêntica com uma chef renomada. Workshop de fotografia em locais com vistas de tirar o fôlego. Tour histórico pela torre medieval do século treze que ainda está perfeitamente preservada. E, é claro, experiência de colheita de uvas durante a alta temporada, onde os hóspedes podem participar ativamente do processo de vinificação.

Virei o folheto para a última página.

— Aqui está tudo explicado em detalhes, incluindo preços e disponibilidade. E trabalhamos com comissões bem atrativas se sua indicação fechar conosco. Quinze por cento sobre o valor total da experiência contratada.

Vi os olhos dos agentes se iluminarem com aquele último detalhe. Comissão sempre chamava atenção.

Quarenta minutos depois, saíamos da agência com promessas de que começariam a indicar a Tenuta Montesi para clientes interessados em experiências autênticas e fora do circuito turístico tradicional.

Nico estava olhando para mim com uma mistura de curiosidade e diversão enquanto caminhávamos pela rua de paralelepípedos do centro histórico.

— Não que eu não confie nas suas ideias — começou ele, as mãos nos bolsos da calça jeans — mas de onde exatamente vamos tirar uma chef renomada de culinária local?

Olhei para ele e não consegui segurar a risada.

— Da sua cozinha, é claro — respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Martina!

Foi a vez de Nico rir, o som ecoando pela rua quase vazia.

— Minha mãe vai amar ser chamada de chef renomada — disse ele, balançando a cabeça. — Já vai ficar se achando ainda mais. Vou ter que ouvir sobre isso pelos próximos seis meses no mínimo.

— Ela é uma cozinheira incrível e todo mundo sabe disso — defendi. — Mas o jeito como a gente vende isso, como posicionamos a experiência, é o que faz a estratégia funcionar. "Aula de culinária com dona de pousada" soa comum. "Workshop gastronômico com chef local renomada" soa exclusivo, vale a pena pagar extra.

— Marketing — disse Nico com um sorriso de canto. — Você transforma água em vinho só com palavras bonitas.

— Exatamente — concordei.

Continuamos caminhando, e foi só depois de alguns minutos que percebi que não estávamos indo na direção de onde o carro estava estacionado.

— Nico? — chamei, parando. — Para onde estamos indo? O carro está na outra direção.

— Sua chef renomada não é muito boa com bolos de festa — explicou. — Então encomendei algo para hoje à tarde. Pensei que já que estamos aqui no centro, poderíamos buscar.

Sorri, sentindo algo quente se expandir no peito.

— Bella deve estar super empolgada — comentei enquanto voltávamos a caminhar.

— Empolgada é pouco — disse Nico, e havia tanto amor em sua voz que quase doía ouvir. — Ela não vê a hora de apagar as velinhas e fazer um pedido. Tem falado sobre isso todos os dias desta semana.

— O que ela quer pedir? — perguntei casualmente, mas minha mente já estava trabalhando. Se soubesse o que Bella queria, talvez pudesse dar um jeito de comprar discretamente sem levantar suspeitas sobre minha real situação financeira.

— Não faço ideia — respondeu Nico, enfiando as mãos mais fundo nos bolsos. — Ela tem feito mistério total. Só espero que não seja algo muito caro. Tipo um pônei ou algo igualmente impossível que crianças pedem sem entender o quanto custa.

— Bella é uma garota muito inteligente para a idade dela — disse pensativamente. — Ela entende muito mais do que acontece ao redor do que você provavelmente imagina. Não acho que pediria algo que sabe que você não pode dar.

Nico ficou quieto por um momento, considerando aquilo.

— Isso eu não posso negar — admitiu finalmente. — Ela é assustadoramente perceptiva às vezes. Para a festa, só pediu um bolinho simples para cantar parabéns com os amiguinhos da escola e...

Ele me olhou de lado.

— Que você viesse.

Senti meu coração dar aquele pulo familiar.

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