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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 332

Saímos juntos, deixando pra trás o brilho do salão, as conversas, os flashes. Lá fora, o ar frio da noite sueca bateu no rosto dela e fez alguns fios de cabelo voarem. Eu estendi a mão, quase num reflexo, e ajeitei uma mecha atrás da sua orelha e ela não se afastou.

— Ainda tem o mesmo perfume. — murmurei.

— E você ainda fala demais quando fica nervoso. — respondeu, com um sorrisinho travesso.

Ri baixo.

— Acho que é você quem me deixa assim.

Ela me encarou, e por um segundo, o tempo voltou. Era como se eu ainda fosse o cara de antes, e ela, a garota que eu tentava segurar no meio da confusão.

Pegamos um táxi. O caminho até o hotel foi quase silencioso, mas o ar entre nós era quente, denso. Eu sentia a tensão no jeito que ela mexia o pé impaciente, na forma como olhava de canto pra mim.

Quando a porta do quarto se fechou atrás de nós, o silêncio ganhou outro peso.

Ela me olhou e deu um passo à frente.

— Então é aqui que você tá hospedado?

— Por uns dias, sim. — respondi, tirando o paletó e jogando sobre a poltrona. — Nada luxuoso, mas quebra o galho.

Ela se aproximou, com o olhar preso em mim.

— Continua modesto. Isso nunca mudou.

— E você continua linda demais pra ser real.

— Cuidado, Rafael. — ela sussurrou, erguendo o rosto. — Eu posso acreditar.

— Quem disse que é mentira? — respondi, já com a voz mais baixa.

Ela sorriu, aquele sorriso que eu conhecia bem, antes de apoiar a mão no meu peito.

— Eu senti falta disso.

— Disso o quê? — perguntei, me inclinando mais perto.

— Do jeito que você me olha, como se o resto do mundo não existisse.

Não deu tempo pra resposta. Ela me puxou pela gola da camisa e me beijou. O gosto familiar, o toque urgente e tudo voltou num turbilhão.

As suas mãos subiram pra minha nuca, e as minhas encontraram a curva da sua cintura. Ela suspirou contra minha boca, e o som fez algo dentro de mim estremecer.

— Ainda lembra o caminho, hein? — murmurou, rindo baixo entre um beijo e outro.

— Como poderia esquecer? — falei, com a voz rouca.

O beijo se aprofundou, intenso e quente. Sophia se encaixou em mim como se o tempo não tivesse passado, como se aqueles anos todos não tivessem existido.

Por um instante, tudo era só ela, o perfume, o toque, o corpo colado ao meu. E a sensação de que, de algum jeito, o passado tinha acabado de bater na minha porta.

Ela afastou o rosto um pouco, ofegante, com os olhos castanhos brilhando.

— Parece que o tempo não mudou nada entre nós.

— Mudou sim. — respondi, passando o polegar pela pele macia do seu rosto. — A gente só aprendeu a disfarçar melhor.

Ela sorriu, antes de me puxar de novo, e o beijo voltou, mais lento, mais consciente.

As mãos dela pararam no meu peito, sentindo a batida do coração e por um segundo, eu pensei no quanto era fácil se perder nela.

Fácil demais.

O beijo foi se intensificando, suas mãos desabotoando rapidamente minha camisa enquanto as minhas lutava contra o zíper de seu vestido.

Em segundos, nossas roupas estavam jogadas no chão e a ergui no colo, suas pernas enlaçando minha cintura enquanto a apoiava na parede, aprofundando ainda mais o beijo, deixando marcas e mordidas por seu pescoço, queixo, busto.

Os gemidos baixos e abafados de Sophia ficaram cada vez mais intensificados. Caminhei com ela até a cama e a deitei, observando como ela era linda, mas um frio esquisito passou pelo meu estomago ate meu peito.

O empurrei o mais fundo na minha mente, não era noite para isso. Me inclinei sobre seu corpo, deixando beijos e mordidas, chegando ao seu umbigo lindo e lambendo levemente sentindo sua pele arrepiando. Desci mais, deixando marcas até chegar em seu ponto úmido e suplicante.

Hoje, eu iria esquecer qualquer problema que me atormentava a semana toda.

(Lorena)

17 de Abril, Domingo.

O sol estava começando a se pôr quando sentei no banco debaixo do pé de manga, aquele mesmo de sempre, que o tempo já tinha deixado meio gasto. O cheiro da terra úmida misturado com o das frutas maduras no pé trazia uma sensação boa, de infância. Alana estava um pouco mais à frente, brincando com o Thor, o cachorro que minha mãe insistia que era “o verdadeiro dono da casa”.

Eu peguei o celular, meio distraída, vendo as mensagens que pipocavam no grupo da empresa em que Rafael era o único a não estar nele. Eles falavam coisas de rotina, piadas, comentários bestas… até que uma mensagem específica me chamou atenção.

“Olha aí, gente, parece que o chefinho andou aprontando nessa viagem 😏”

Meu estômago deu um leve frio e sem nem pensar direito, cliquei no link.

A página abriu devagar, ou talvez fosse eu quem não queria ver o que vinha a seguir. As fotos eram bem nítidas de Rafael saindo do baile chique, de terno, e ao lado dele…

Meu coração pulou.

Sophia Levin.

Capítulo 31 - Rafael/Lorena 1

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