Entrei no carro já com o peito apertado. A manhã inteira parecia torta, como se tudo tivesse sido empurrado para eu perder o controle.
Levei Alana até a escola. Ela desceu, me deu um beijinho meio automático e entrou no portão. Fiquei olhando até ela sumir no corredor, tentando respirar fundo e acreditar que tudo ia dar certo.
Mas parecia que o universo estava só esperando eu ligar o carro de novo pra continuar me testando.
Peguei a avenida principal, já imaginando o atraso. Respirava fundo, batendo o dedo no volante, tentando não chorar, tentando não pensar em como Thales era bom em derrubar o meu dia só com um detalhe.
Foi então que aconteceu.
Um carro azul escuro entrou do nada na minha frente quando eu estava passando no verde. Eu juro, ele simplesmente jogou o carro. Pisei no freio, mas bati na lateral dele.
O barulho me fez gelar por dentro.
— Não… não hoje, pelo amor de Deus…
Encostei o carro, tremendo. O motorista já saiu bufando, apontando pra mim como se eu tivesse atropelado ele.
— Minha senhora, você não viu que eu estava entrando?!
— O sinal estava verde pra mim — respondi, tentando ser calma, mas minha voz tremia. — O senhor avançou.
— Verde nada! Você não sabe dirigir!
Um nó subiu na minha garganta. Minhas mãos tremiam tanto que eu tive que apoiar no carro.
As buzinas começaram atrás da gente, era hora de pico. Todo mundo querendo chegar no trabalho e o sujeito simplesmente parou o trânsito.
— Olha — respirei fundo — Não vou prestar queixa. Eu só preciso ir trabalhar, vamos resolver isso depois…
— Você não vai sair daqui! — ele gritou, abrindo os braços. — A senhora tá errada e ainda quer ir embora?!
Eu fechei os olhos. Quis sumir.
E eu nem estava com o meu celular para mandar uma mensagem para Gael ou qualquer pessoa para segurar o cliente pra mim.
A polícia chegou uns dez minutos depois.
Dez minutos de buzina, gente xingando, e o motorista inventando mil versões diferentes do acontecido.
— Senhora, o que aconteceu? — perguntou o policial.
Expliquei e o cara argumentava contra, mas graças a Deus, tinha testemunhas no local que confirmaram a minha versão.
O policial anotou tudo e encarou o homem.
— O senhor estava errado. A senhora tem direito de prestar queixa.
O sujeito ficou vermelho.
— Ela que foi imprudente!
— Eu vou prestar queixa, sim — respondi, cansada demais pra ser gentil.
Ele bufou, chutou o próprio pneu, começou a xingar baixinho e o policial continuou:
— O senhor será responsável pelo conserto do carro dela.
Mais xingamentos.
Troquei contato com ele, com nojo. Só queria sair dali.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Afff piorou, agora não são dois, é nadaaaa!!!...
Vou fazê-lo novamente!!!! Dois capítulos por dia é um desrespeito!!!...
Ué cadê meu comentário?...
Esse é o terceiro livro, os dois primeiros caminharam bem, mas agora só dois capítulos por dia é muito pouco. Lembre-se de seu compromisso com os leitores...
Cadê o capítulo 319???????? Não tem?????...
Tá cada dia pior, os capítulos estão faltando e alguns estão se repetindo....
Gente que absurdo, faltando vários capítulos agora é 319.ainda querem que a gente pague por isso?...
Cadê o capítulo 309?...
Alguém sabe do cap 207?...
Capítulo 293 e de mais tá bloqueado parcialmente sendo que já está entre os gratuitos...