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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 253

Saímos da empresa juntos, e eu só queria tirar Alice daquele clima pesado. Peguei o carro e a levei para um restaurante mais reservado, daqueles que a gente já tinha o costume de ir quando queria um pouco de paz. Sentamos, pedimos a comida, e no intervalo, ela me olhou, apoiando o queixo na mão.

— E aí… como foi com a Lurdes e o Renato? — perguntou, a voz suave, mas curiosa.

Soltei um suspiro pesado, encostando no encosto da cadeira.

— Do jeito que eu já imaginava… — respondi. — Os dois negaram até o fim. Juraram de pé junto que não sabiam de nada, que estavam só “cuidando” do dinheiro do Lucas.

Alice franziu o cenho.

— E você acreditou?

Balancei a cabeça, sentindo a raiva crescer de novo.

— Não. E o que mais me doeu foi ver o luxo em que eles viviam… carros, viagens, roupas caras… tudo bancado com o dinheiro do menino. Enquanto isso, meu filho estava naquele inferno de colégio, largado como se fosse nada.

Ela não falou nada de imediato, só estendeu a mão por cima da mesa e segurou a minha. O toque dela me deu uma calma que eu não encontrava sozinho.

— Eu vou tirar tudo deles, Alice. — continuei, firme. — E os dois filhos deles… vão estudar no meu colégio. Quer dizer… eu preciso dar um novo nome pra aquilo. Não quero que associem o lugar com essa sujeira toda.

Ela apertou minha mão e assentiu.

— A gente pode escolher juntos. — disse com um pequeno sorriso. — Mas eu acho melhor mandar as crianças pra outro lugar por enquanto. Enquanto o colégio passa pela reforma, eles merecem um ambiente novo, limpo, sem essas marcas.

Sorri de lado.

— Isso é uma boa ideia. Confesso que nem pensei direito sobre isso ainda.

Olhei fundo nos olhos dela antes de arriscar a pergunta:

— Você quer ficar à frente das decisões do colégio?

Alice arregalou os olhos, quase rindo de nervoso.

— Tá falando sério?

— Tô. — respondi de imediato. — Você lida muito bem como assistente da Larissa. E claro, você teria um profissional do lado, orientando em cada detalhe. Eu só preciso de alguém em quem eu confie pra tocar isso comigo. Além de que você se dá muito bem com crianças.

Ela mordeu o lábio, pensativa.

— Eu não sei se estou preparada…

Inclinei a cabeça, sorrindo.

— Você tá. E se não tivesse, eu não confiaria em colocar isso nas suas mãos.

Alice deu um risinho tímido, mas logo voltou a falar.

— Mas eu preciso ajudar a Larissa agora. Ela realmente depende de mim.

— Eu entendo. — respondi, sem hesitar. — O que eu vou fazer é marcar um encontro entre o engenheiro e o arquiteto. Eles vão avaliar a obra, mostrar como será a reforma e você só precisa aprovar.

Ela abriu um sorriso animado.

— É uma responsabilidade e tanto.

— Eu sei. — falei, apertando a mão dela de novo. — Mas eu confio no seu julgamento.

Ela pareceu ganhar um brilho diferente nos olhos. Nesse momento, os pratos chegaram e o cheiro da comida se espalhou pela mesa. Alice pegou os talheres e, antes de começar, comentou:

— Eu posso ajudar a Larissa primeiro. Enquanto isso, o colégio fica em reforma. A gente pode mandar as crianças pra algum acampamento temporário.

Assenti.

— Tá certo. Eu vou arrumar uma assistente pra você, alguém só pra resolver essas questões.

Fiquei sério de novo, escolhendo bem as palavras.

— Mas Alice… você pode ser a diretora desse lugar. Só que aí teria que abrir mão de trabalhar com a Larissa. São muitas responsabilidades.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos e respirou fundo.

— Por agora, não dá. A Larissa precisa de mim.

Inclinei a cabeça, compreensivo.

— Eu sei disso. Quando acontecer, vai ser no tempo certo, depois que a Larissa voltar pro trabalho. Nós vamos conversar com ela com calma.

Beijei a mão dela devagar.

— Eu sei que você vai cuidar muito bem das crianças.

Ela sorriu, mas eu ainda sentia o peso da decisão dentro de mim. Suspirei fundo.

— Quer saber? Eu vou fazer melhor.

Alice arqueou a sobrancelha.

— Como assim, melhor?

— Vou construir o colégio aqui, em Belos Campos. — falei, decidido. — A cidade onde ele tá agora não serve. É um lugar quente, isolado, não tem nada. Aqui, a gente consegue criar um ambiente melhor… e ainda fica perto de você.

O sorriso dela cresceu, sincero.

— Você tá inspirado, Diogo.

Dei de ombros, meio rindo.

— Pelo menos surgiu alguma coisa pra eu pensar e me preocupar… que não seja de todo ruim.

Capítulo 091 - Diogo 1

Capítulo 091 - Diogo 2

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