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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 257

Saí da casa com o coração disparado, cada passo parecia me levar para longe da morte, mas então senti um puxão brutal no cabelo. Um choque percorreu meu corpo e, antes que eu pudesse gritar, fui arrastada para dentro de novo.

O chão da madeira velha arranhou meus joelhos enquanto eu tentava me soltar, mas o homem segurava com força desumana.

— Me solta! — gritei com a voz cheia de adrenalina e raiva, apertando a arma com todas as minhas forças.

Ele riu, cruel, e senti meu estômago gelar. Era ele. O mesmo que eu havia baleado momentos antes. Como diabos ele ainda estava de pé? O sangue em seu abdômen não o tinha derrubado? Meu coração disparou ainda mais, e eu sentia a arma tremendo nas minhas mãos.

— Achou que me mataria tão fácil? — ele rosnou, forçando meu corpo contra a parede. — Idiota.

Me debati, chutei com todas as forças que consegui, mas ele parecia rir de cada tentativa. A raiva borbulhou dentro de mim, misturada com o medo gelado que corria pela espinha. Tentei mirar, atirar, mas ele segurava meu pulso, me impedindo de usar a arma direito.

— Você não vai me impedir, vadia! — gritou ele, e o seu sorriso cruel me deu calafrios.

Eu precisava pensar rápido. Respirar fundo, mesmo com o pânico me consumindo. Cada músculo do meu corpo gritava para lutar, fugir, sobreviver. E a arma… ainda estava ali, pesada na minha mão, pronta para ser minha única chance.

Meu olhar se desviou para a porta. Uma oportunidade mínima, um segundo de distração. Se eu quisesse sair viva, eu teria que usar tudo que o Diogo me ensinou e talvez, enfrentar o desgraçado de frente.

— Droga! — murmurei baixinho, mais para mim mesma do que para ele.

A adrenalina queimava minhas veias. Eu precisava agir agora e qualquer erro significaria… não posso pensar nisso. Só agir.

(Diogo)

Eu atirava contra os dois caras à minha frente quando senti uma dor aguda atravessar minha coxa. Um gemido escapou da minha garganta, misturado com raiva. Merda, fui atingido. Olhei para trás e, por um instante, meu coração quase parou. Enrique estava lá, sorrindo como se tivesse ganhado o jogo.

— Você nunca aprende, né? — ele disse, com aquele sorriso sádico.

Respirei fundo, apontando a arma para ele. Cada passo que eu dava era uma mistura de dor e adrenalina. Enrique ergueu algo na mão e vi que era um controle. Meu coração congelou.

— Isso é de uma bomba — ele disse, a voz fria. — Alice está dentro da casa. Se eu apertar, explode tudo. Nada sobra… nem os carros, nem ela.

— Larga isso! — gritei, dando um passo à frente, ignorando a dor latejante na coxa. — Isso é comigo, não com ela!

Ele balançou a cabeça, um sorriso doentio se formando nos lábios ensanguentados.

— Agora eu quero tirar quem você mais ama — disse com a voz trêmula, mas carregada de ódio. — E você vai sofrer antes de perder tudo.

Meu peito queimava de raiva.

— Porque você quer machucar sua própria prima?! — berrei. — Ela é sua família, Enrique!

— Ela escolheu um lado — retrucou, com aquele sorriso de insanidade. — E foi o lado errado.

Meu cérebro girava. A arma na minha mão era minha única chance, mas o controle… ele não estava blefando. Cada segundo era uma eternidade.

De repente, ouvi o estampido de um tiro vindo de algum lugar próximo. Enrique recuou para trás de uma árvore, e meu corpo reagiu sozinho. Atirei de novo, sentindo a adrenalina percorrer minhas veias. Acertei-o no abdome, e ele caiu no chão, respirando com dificuldade e a mão que segurava o controle tremendo e ensanguentada.

— Acabou, Enrique! — gritei, correndo na direção dele. — É o fim!

Mas então eu vi que um sorriso idiota ainda iluminava seu rosto. Ele ergueu o braço com o controle. O tempo pareceu desacelerar.

Corri, mirei na cabeça dele e apertei o gatilho… mas antes que a bala saísse, uma explosão gigantesca sacudiu tudo ao meu redor. A força do impacto me arremessou para longe, me jogando contra uma árvore.

O mundo girou por um momento e o zumbido nos meus ouvidos era ensurdecedor. A dor na coxa era insuportável, o sangue escorrendo quente pelo meu corpo. Lentamente, tentei me levantar, apoiando-me na árvore, respirando fundo.

Olhei em volta vendo o caos total. A casa estava em chamas, pessoas saindo de dentro em pânico cobertas pelo fogo, outras caídas no chão. O calor do fogo queimava a pele exposta, o cheiro de madeira queimando misturado com pólvora e sangue. Voltei para Enrique, o desgraçado agora estava morto, os olhos arregalados com um tiro no meio da testa. A raiva, o ódio por tudo o que ele fez despertou e mesmo sabendo que ele já estava morto, eu queria matá-lo outra vez.

Esse sentimento… nunca tinha tido antes.

E então… meu coração quase parou.

— Alice… — sussurrei, com a voz falhando.

Corri em direção à casa em chamas, cada passo queimando minha coxa machucada, mas eu não podia parar. Não agora, não enquanto Alice estivesse lá dentro.

— Diogo! — Natan apareceu do nada, me segurando pelo braço. — Você é louco! Entrar ali assim? Você vai se matar!

— Solta! — gritei, tentando me soltar, sentindo cada músculo tenso. — Me solta, Natan! Eu tenho que ir atrás dela! Alice… ela não pode ter morrido! Ela vai ter nosso filho! Eu preciso salvá-la, agora!

Ele tentou me segurar, mas eu consegui me soltar, ignorando a dor pulsante na perna. Mancando, corri em direção à casa. As chamas lambiam as paredes de madeira, crepitando, a fumaça subindo e queimando meus pulmões.

De repente, ouvi um grito fino vindo da floresta próxima e meu corpo gelou.

— Alice!

Capítuo 096 - Diogo 1

Capítuo 096 - Diogo 2

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