(Alice)
O carro parou na entrada do hospital, e eu senti meu coração bater descompassado. Abri a porta e saí, ajudando Diogo em seguida. O cheiro de hospital me atingiu, misturado com o medo que ainda pulsava no meu peito.
— Alice, você vai primeiro — disse ele, a voz firme e os olhos cheios de preocupação. — Quero que te atendam agora e que vejam como o bebê está.
— Diogo… — comecei, irritada, segurando a mão dele. — Nós estamos bem. O bebê tá bem, eu sinto… Mas você precisa ver sua perna primeiro! Eu vou esperar por você, e depois nós vamos juntos ver como ele tá, entendeu?
Ele franziu o cenho, prestes a protestar, mas eu falei com uma autoridade que nem eu sabia que tinha:
— Diogo, escuta. Eu decido agora, primeiro a perna, depois o bebê. Ponto final.
Ele olhou para mim por um instante, surpreso, e depois sorriu meio sem jeito, assentindo.
— Tá… tá bem — murmurou. — Você manda.
Uma enfermeira nos guiou até uma sala, e eu me sentei, apoiando a mão no rosto, tentando respirar fundo, acalmar meu corpo e minha mente. Diogo foi levado para dentro e eu fiquei ali fora, preocupada com ele, o bebê… Levantei-me devagar, indo até a recepção.
— Com licença… — disse, tentando manter a voz firme. — Posso ligar para uma pessoa?
A mulher me entregou o telefone rapidamente, sem perguntas. Segurei-o com as duas mãos e disquei o número de Julio. Não demorou para que ele atendesse, e a sua voz veio cheia de preocupação, quase surtando.
— Alô? Quem é?
— Julio, é a Alice…
— Alice! Onde você estava? Eu te esperei, você não apareceu! Liguei pro Diogo e ninguém deu sinal de vida. O que aconteceu?
Respirei fundo, tentando não deixar o nervosismo me dominar.
— Julio… calma. Eu tô no hospital e estou bem, você pode vir pra cá, por favor. Eu te explico tudo, mas agora, preciso do meu melhor amigo.
Ele ficou em silêncio do outro lado, não perguntou mais nada, só confirmou e desligou. Suspirei, voltando para a cadeira, sentando-me com as mãos apoiadas na barriga. Meu bebê… meu Deus, precisava estar bem. E Diogo… ele também precisava ficar bem.
Encostei a cabeça na parede, fechando os olhos por alguns segundos, respirando fundo, tentando organizar os pensamentos e a ansiedade que ainda queimava por dentro.
— Vai ficar tudo bem — murmurei para mim mesma, quase como uma prece. — Vai ficar tudo bem…
Um enfermeiro apareceu do nada, interrompendo meus pensamentos acelerados.
— Senhora, o Diogo Montenegro foi para a cirurgia. Logo ele estará no quarto — disse, com aquele jeito calmo e profissional que só os enfermeiros têm.
Assenti, sentindo meu corpo tremer por dentro, ainda nervosa demais para realmente relaxar. Mal consegui respirar direito quando ouvi passos apressados vindo na minha direção.
— Alice! — A voz de Julio me atravessou o peito.
Ele correu até mim e me abraçou com força, apertando meu rosto entre as mãos. Meus cabelos ainda tinham resquícios de sangue do confronto, e ele arregalou os olhos, assustado.
— O que aconteceu? — perguntou, a voz cheia de pânico.
Respirei fundo, puxando-o para um canto mais reservado, e tentei organizar as palavras entre os soluços que ameaçavam escapar.
— Julio… Enrique me sequestrou, junto com o Yuri. — Ele arregalou os olhos ainda mais, como se a informação tivesse batido nele como um soco. — Eles me levaram para uma casa abandonada, e… Enrique matou o Yuri. O Diogo… ele chegou para me salvar. Foi uma troca de tiros feia, e ele se machucou, mas… ele conseguiu… ele matou Enrique.
Julio ficou alguns segundos em silêncio, olhando para mim com os olhos arregalados, como se estivesse tentando absorver tudo aquilo. Então me abraçou com força, quase me esmagando, murmurando freneticamente…
— Você está bem? Você não se machucou?
Neguei com a cabeça, respirando fundo, tentando me convencer das minhas próprias palavras:
— Não… estamos bem. Eu… eu e o bebê estamos bem.
Julio olhou para minha barriga e arregalou ainda mais os olhos.
— Espera… você está grávida? — Sua voz soou como se tivesse levado um choque.
As lágrimas que eu tentei segurar finalmente caíram, e eu balancei a cabeça, entre soluços contidos.
— Sim… fiquei com tanto medo, Julio. Por isso que eu liguei mais cedo, pra te contar… mas tudo aconteceu antes que eu pudesse.
Ele me abraçou de novo, mais forte ainda.
— Calma, meu amor… vocês estão bem. Você está segura e vai dar tudo certo. E o Diogo?
— Diogo… — murmurei, e ele olhou para mim, preocupado.
— Ele… está indo para a cirurgia agora. — Respirei fundo, tentando manter a calma, segurando o braço dele para sentir que ele estava ali.
Julio assentiu, respirando fundo também.
— Tudo bem… vai dar tudo certo. Ele vai ficar bem. — Ele me deixou relaxar um pouco em seus braços, me sentindo fraca, vulnerável, mas segura.
— Julio… — minha voz saiu quase num sussurro, cheia de fraqueza. — Eu não tomei os remédios…
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...
Gostaria de dizer que plágio é crime. Essa história é minha e não está autorizada a ser respostada aqui. Irei entrar com uma ação, tanto para quem está lançando a história como quem está lendo....
Linda história. Adorando ler...
Muito linda a história Estou gostando muito de ler Só estou esperando desbloquear e liberar os outros que estão faltando pra mim terminar de ler...
Muito boa a história, mas tem alguns capítulos que enrolam o desfecho. Ela já tá ficando repetitiva com o motivo da mágoa...
História maravilhosa. Qual o nome da história do Diogo?...
Não consigo parar de ler, cada capítulo uma emoção....