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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 259

(Alice)

Sentei-me ao lado da cama, observando Diogo dormir. O suspiro dele era leve e cada movimento parecia tão frágil depois de tudo o que passamos. Respirei fundo, encostando a mão na barriga, sentindo uma sensação maravilhosa e um alívio enorme me tomou. Finalmente, estávamos bem. Todo o pesadelo acabou.

Meu celular começou a tocar, e vi o nome de Larissa na tela. Atendi, tentando controlar o nervosismo.

— Alice! — a voz dela saiu acelerada, cheia de preocupação. — Eu… fiquei sabendo agora do que aconteceu. O Alessandro me contou, meu Deus, e o Diogo? Como ele está?

Sorri, mesmo com o coração ainda acelerado.

— Ele está bem, Larissa. Está dormindo agora, mas fora isso… está tudo certo. Não precisa se preocupar.

Houve um suspiro profundo do outro lado da linha.

— Que bom… Menos mal. O Alessandro vai visitá-lo mais tarde, parece que… é para resolver tudo que aconteceu, encobrir da polícia. — A voz dela era tensa, cautelosa.

— Tudo bem — disse, tentando soar calma. — Ele já deve estar acordando.

— E você? Como estão as coisas por aí? E a bebê? — perguntei, tentando mudar o foco.

— Estamos bem. Maria Eduarda acabou de dormir também. Mas você precisa me visitar também, hein? Quero ver como vocês estão.

— Pode deixar. Depois eu apareço aí. — Sorri, sentindo o coração aquecer.

— Então tá. Cuide-se, Alice e cuide do Diogo também. — Ela disse antes de desligar.

Fiquei olhando para o celular por um momento antes de encará-lo. Diogo respirava profundamente, tão vulnerável e ao mesmo tempo tão forte. Meu coração apertou ao lembrar de tudo. Ele está envolvido na morte da minha prima, mas, no fundo, tudo o que ele queria era paz. E Enrique… Enrique quis destruir tudo isso.

Senti meus olhos arderem. Lembrei de Yuri, e a dor foi quase física. Eu tinha que contar aos meus pais, mas a forma como isso seria recebido… meu peito se apertou só de imaginar.

Encostei a mão na barriga de novo, respirando fundo, tentando segurar a tristeza e o medo.

Houve uma leve batida na porta e eu me levantei, um pouco surpresa e nervosa. Ainda não estava acostumada a ver minha sogra tantas vezes, e menos em um momento tão delicado.

— Alice? — a voz suave de Helena entrou, acompanhada de um leve sorriso. Ela desviou os olhos para Diogo dormindo e deu espaço na porta, fazendo um gesto para que outro alguém entrasse.

Caleb veio empurrando a cadeira de rodas, acenando levemente para mim. Meu peito apertou ao ver o rosto abatido dele. Tantos meses de dor, e agora ali, tão presente, mas ainda frágil.

— Olá, Alice — disse Helena, aproximando-se de mim. — Como vocês estão?

— Agora estamos bem… tudo acabou — respondi, sentindo um alívio misturado com cansaço.

Ela respirou fundo, como se aliviasse um peso enorme, e se aproximou da cama, tocando o rosto de Diogo com leveza, para não acordá-lo. Era tão delicada, tão cuidadosa.

Eu me aproximei de Caleb, colocando a mão sobre o braço dele.

— E você, Caleb, está melhor? — perguntei.

— Estou… fiquei preocupado quando soube que o meu irmão tinha sido baleado — disse ele, desviando o olhar por um instante. — Ele escondeu tudo de mim, como sempre.

Suspirei e apertei a mão dele.

— Diogo só queria nos proteger, Caleb. Quando tudo se acalmar, ele vai explicar direitinho o que aconteceu.

Ele assentiu, se aproximando mais da cama. Nesse momento, Diogo se mexeu levemente e abriu os olhos, sorrindo ao ver a família reunida ali.

— Como você está, meu filho?

Helena perguntou, com a voz um pouco embargada pela emoção.

— Estou bem — disse ele, com aquela voz rouca de sono.

Ela se aproximou e o abraçou.

— Eu fiquei tão preocupada, Diogo…

Ele sorriu e olhou para mim, estendendo a mão. Eu me aproximei e fiquei do outro lado da cama, sentindo o calor dele.

— Eu ia contar depois… — começou, com um sorriso meio tímido. — Mas já que vocês estão aqui… — Ele tocou a minha barriga, e meu coração disparou. — Mãe, você vai ser vovó e você, Caleb, tio.

Helena arregalou os olhos, levando as mãos à boca.

— Sério? — perguntou, incrédula.

Eu e Diogo assentimos juntos, sorrindo.

Ela não perdeu tempo, deu a volta na cama e me abraçou com força, sorrindo toda feliz. Caleb também se aproximou, o brilho nos olhos dele completamente diferente.

— Vai ser incrível ter um sobrinho — Ele disse com um sorriso bonito no rosto.

Diogo sorriu, e senti uma ternura enorme.

— Vai ser bom ter um motivo para sair da cama — brincou, e eu pude ver o orgulho no rosto dele Caleb.

Diogo segurou a mão do irmão, apertando com carinho.

— Tudo vai se resolver, Caleb. Eu explico depois direitinho o que aconteceu — disse ele, com firmeza.

— Eu confio em você — respondeu Caleb, assentindo.

Helena começou a falar animadamente, fazendo planos para o neto que ainda nem havia nascido. Eu sorri, sentindo uma mistura de alívio, felicidade e esperança que há muito tempo não sentia. Por alguns segundos, tudo parecia finalmente se encaixar, e eu podia acreditar que, apesar de tudo, a vida ainda tinha muito para nos dar.

De repente, a porta se abriu de novo e o médico entrou no quarto. Ele olhou ao redor, vendo todos reunidos ali, e sorriu.

— Pelo visto você é bem querido, Diogo… todos estão aqui querendo vê-lo — disse, se aproximando da cama.

Diogo fez um gesto com a cabeça, concordando com um leve sorriso cansado.

— Eu tenho sorte — murmurou ele, me olhando de lado.

Helena e Caleb deram um passo para trás, deixando espaço para o médico. Eu também me afastei um pouco. O médico examinou o curativo na perna dele, tocou com cuidado, avaliou os pontos e depois checou alguns sinais.

Capítulo 098 - Alice 1

Capítulo 098 - Alice 2

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