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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 274

Lucas deixou escapar uma risadinha e me olhou com os olhos brilhando.

— Eu vou contar tudo! Vou ler os meus livros favoritos pra ele também!

Olhei para Diogo, que já me encarava com os olhos marejados e um sorriso que dizia tudo. Sorri de volta, sentindo um calor gostoso no peito.

— E eu também ficaria muito feliz de te ter aqui com a gente — continuei, voltando a olhar para Lucas. — Quem sabe você não ajuda a dar ideias para o colégio? Para ele ser o melhor colégio de Belos Campos. Vai ter videogame, tem o Gabriel, um menino lindo e divertido que eu sei que você vai gostar.

Diogo assentiu, completando com a voz cheia de cuidado.

— Eu também quero muito te apresentar pra minha família. Sua avó, meu irmão Caleb, meus amigos… Mas só quando você se sentir pronto. Não precisa ser hoje, nem amanhã ou essa semana.

Lucas baixou os olhos, pensando e eu segurei de leve a mão dele.

— É importante você ficar aqui com a gente, pra ir se acostumando — falei com carinho.

Ele respirou fundo e quando voltou a olhar para Diogo, seus olhos já estavam cheios de lágrimas.

— Tudo bem… — sua voz saiu embargada. — Eu… eu perdoo. E… vou tentar ser amigo de você.

Vi Diogo abrir um sorriso enorme como o rosto inteiro iluminado pela emoção. Seus olhos também estavam cheios de lágrimas.

— Posso te abraçar? — ele perguntou, com a voz quase falhando.

Lucas assentiu devagar e Diogo se levantou, o envolveu num abraço apertado.

— Ei — falei, rindo baixinho enquanto enxugava uma lágrima teimosa — eu também quero um abraço desses.

Lucas soltou Diogo e veio até mim, me abraçando com força. Eu o apertei contra mim, sentindo o coração quase explodir de tanto amor. Diogo se juntou a nós, fechando aquele abraço em um círculo que, de repente, parecia ser exatamente o lugar onde todos nós deveríamos estar.

Quando vi o sorriso ainda tímido de Lucas, percebi o quanto ele estava cansado, não só fisicamente, mas por dentro também.

Respirei fundo e falei, tentando manter a voz leve.

— Você pode ficar no quarto onde tomou banho, tá? Deve estar cansado.

Ele apenas assentiu em silêncio, e eu caminhei com ele pelo corredor.

— Esse quarto vai ser seu agora. Você pode deixar do jeito que quiser, quando se sentir pronto, é só me falar e nós vamos comprar tudo junto. — Diogo disse, parando ao meu lado.

Ele forçou um sorrisinho rápido, e aquilo me apertou o peito.

— Eu quero… eu vou recompensar todo esse tempo. — Diogo continuou.

Lucas então olhou para nós dois, mas parou seu olhar em Diogo, o encarando mais sério.

— Não precisa gastar muito comigo… — hesitou, baixando a cabeça e depois levantando de novo. — Pra compensar… você pode… — ele engoliu em seco, como se estivesse com vergonha de continuar. — me amar. Eu só quero saber que tem alguém esperando eu chegar da escola… feliz em me encontrar…

Aquela frase atravessou direto o meu coração. Eu senti minha garganta arder e olhei para Diogo, que ficou um pouco tenso com as palavras.

— Eu vou te esperar todos os finais de semana, quando você voltar do colégio. Todos os feriados e férias. Sempre vou estar aqui por você. — Ele deu um passo mais perto, tentando que Lucas visse a verdade em seus olhos. — E eu te amo, Lucas. Te amo muito. E sim, quero te dar todo o conforto possível… mas, acima de tudo, muito amor.

Ele sorriu de verdade dessa vez. Pequeno, tímido, mas verdadeiro e eu, observando tudo de longe, soltei um suspiro aliviado.

— Então, vamos te deixar descansar um pouco. Depois eu venho trazer um lanche, combinado? — Disse para Lucas, que desviou o olhar de Diogo e assentiu.

— Tá bom — ele respondeu baixinho, mas assentiu com firmeza.

Fechamos a porta com cuidado, e assim que ficamos no corredor, Diogo me puxou para um abraço apertado. Senti o meu corpo se encaixando ao seu, trazendo um pouco de paz depois de tanta tensão.

— Vai dar tudo certo — sussurrei contra o seu peito. — A gente só precisa ir com calma com ele.

Diogo fechou os olhos, inspirando fundo e assentiu.

— Eu sei… — respondeu, ainda com a voz carregada de emoção.

Afastei só o suficiente para olhar para o rosto dele e, sem pensar duas vezes, encostei meus lábios nos seus, em um beijo suave e cheio de carinho.

(Segunda-feira)

Era segunda e eu estava na empresa, tentando me concentrar nos papéis que tinha na mesa, mas minha cabeça não ajudava muito. Entre Lucas, Diogo e tudo o que tínhamos vivido nos últimos dias, parecia que minha mente estava sempre correndo quilômetros à frente.

De repente meu celular vibrou e olhei para a tela, franzindo o cenho ao ver o número desconhecido. Por um instante, pensei em deixar tocar… mas e se fosse algo importante? Alguma cliente? Alguma ligação de trabalho? Suspirei e deslizei o dedo, atendendo.

— Alô? — minha voz saiu firme, mas por dentro eu estava hesitante.

Do outro lado, houve silêncio por um momento.

— Quem é? — insisti, ajeitando-me na cadeira, sentindo um frio estranho percorrer minha coluna.

Nada. Apenas o som distante de alguém respirando.

— Olha, se ninguém for falar nada eu vou desligar.

Capítulo 0113 - Alice 1

Capítulo 0113 - Alice 2

Capítulo 0113 - Alice 3

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