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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 278

(Diogo)

Chegamos à frente da casa de Larissa e Alessandro. A mansão imponente se erguia iluminada, e eu pude ver os olhos de Lucas brilharem de curiosidade. Ele praticamente grudou o rosto no vidro do carro, absorvendo cada detalhe como se estivesse entrando num castelo.

— Pronto, garoto… chegamos. — falei, sorrindo enquanto estacionava.

Descemos juntos, e logo Larissa e Alessandro apareceram na entrada, nos recebendo com um sorriso caloroso. Lucas, porém, ficou tímido, escondendo-se meio atrás de mim, só deixando os olhos curiosos passearem pelo lugar.

— Boa noite, Diogo! — Larissa disse, me abraçando rapidamente antes de voltar o olhar para Lucas. Eu percebi de imediato que ela não tirava os olhos dele. Parecia estudá-lo com um carinho silencioso, quase maternal.

Ela então se abaixou, ficando na altura dele.

— E você deve ser o Lucas, não é?

Ele hesitou por um instante, olhando para a mão estendida dela. Depois abriu um sorriso tímido e apertou a sua mão com firmeza.

— Você é muito bonita… e chique.

Todos ao redor riram baixo, inclusive eu, e vi Larissa se emocionar com a espontaneidade dele.

— Obrigada, querido. — ela disse, ainda sorrindo. — Você também é muito bonito.

Alessandro então se aproximou, imponente, mas com um sorriso sincero.

— Oi, Lucas. Eu sou Alessandro, o marido da Larissa. É um prazer te conhecer.

Lucas o olhou de cima a baixo, como se estivesse tentando entender quem ele era. Deu um sorrisinho de canto e murmurou.

— Prazer.

Antes que eu pudesse dizer algo, ouvi passos apressados. Gabriel vinha correndo pela sala e, ao me ver, pulou nos meus braços.

— Tio Diogo! — ele gritou, rindo. — Eu tava com tanta saudade!

O segurei firme, abraçando-o com carinho.

— Eu também estava com saudade, campeão.

Gabriel então parou, me olhou sério por um instante, e seus olhos foram direto para Lucas.

— Quem é ele?

Coloquei Gabriel de volta no chão e puxei os dois para perto.

— Gabriel, esse é o Lucas. Ele é… meu filho.

O menino arregalou os olhos, claramente surpreso.

— Filho? Eu não sabia que você tinha um filho, tio.

Sorri meio sem graça, coçando a nuca.

— Tenho sim. Esse é o Lucas, e a partir de hoje ele vai morar comigo. Eu espero muito que você seja amigo dele.

Gabriel se iluminou com um sorriso.

— Claro que sim! — disse, já se aproximando de Lucas. — Ei, você quer ver o robô que meu pai comprou? Ele anda sozinho e até fala!

Lucas olhou para mim e depois para Alice, como se estivesse pedindo permissão com os olhos. Eu apenas assenti, sorrindo. Alice também fez um gesto de “pode ir”.

— Quero sim! — Lucas respondeu, animado.

E antes que eu percebesse, Gabriel praticamente arrastou Lucas pela mão, os dois rindo e correndo pela sala.

Fiquei parado, observando aquela cena com uma emoção diferente. Era como se algo dentro de mim se encaixasse, como se eu estivesse presenciando um começo… o começo de uma nova família que, de alguma forma, eu nunca imaginei que teria.

Respirei fundo, sentindo o peito aquecer.

Senti um toque suave no braço e virei o rosto. Era Larissa, ela se aproximou devagar e me puxou para um abraço apertado, cheio de carinho.

— Diogo… — sussurrou, me olhando com os olhos marejados. — O Lucas é lindo e parece tanto com você.

Sorri, sem nem disfarçar o orgulho que transbordava de mim.

— Ele também é muito inteligente. Você vai ver, Lari.

— Ele é fascinado pelo mar. Conhece tanta coisa, fala com uma paixão… e tem uma memória incrível. Lembra de detalhes que até eu já teria esquecido.

Alice, que estava ao meu lado, completou.

Alessandro, que estava em silêncio até então, deixou escapar um leve sorriso.

— Isso é ótimo. Agora ele vai ter uma boa educação e seus talentos vão ser valorizados de verdade.

Alice virou a cabeça para ele, surpresa, como se tivesse acabado de ver algo impossível.

— Espera… você sorriu.

O sorriso dele murchou quase que de imediato, e ele arqueou uma sobrancelha, sério de novo.

— E qual o problema de eu sorrir?

Não aguentei e comecei a rir. Larissa também, mas a dela foi mais contida, quase cúmplice.

Alice, no entanto, deu de ombros, meio sem graça.

— Problema nenhum. Só que é… esquisito. Normalmente você tem aquela aura sombria de Drácula, todo quieto e falando por monossílabos… chega a dar arrepios.

Larissa caiu na gargalhada de vez. Eu não consegui segurar e ri junto. Até Alessandro pareceu segurar uma careta de riso antes de responder.

— Aura de Drácula, é? Mas eu sou inofensivo.

— Exatamente! — Alice disse, firme. — Olha, inofensivo você não é. Quer dizer… talvez para quem você gosta. Mas para os outros 99,9% da população, você é praticamente uma ameaça ambulante.

— Ei… — protestei, divertido. — Ele só faz cara feia, mas é do bem..

Alice me olhou de lado, séria.

— Do bem para você e a família dele. Para o resto do mundo, não mesmo.

Dessa vez até Alessandro deixou escapar um pequeno sorriso, quase imperceptível.

— Bom saber que você percebeu. Mas fique tranquila, já entendi que você é importante para o Diogo e a Larissa. Então, automaticamente, você também é importante para mim.

Alice arregalou os olhos, mostrando o braço.

— Meu Deus, eu até arrepiei.

Larissa não conseguia parar de rir. Aproximou-se de Alice, segurando sua mão com carinho.

— Você já é família, Alice.

Alice sorriu, ainda meio sem acreditar.

— Então eu vou tentar não olhar para você como se fosse um Drácula.

Todos rimos de novo. Eu não resisti, passei o braço pelos ombros dela e beijei o topo da sua cabeça.

Caminhei com Alice, Larissa e Alessandro até a brinquedoteca, mas antes mesmo de entrar já dava pra ouvir as risadas. O som era leve, puro… como se cada gargalhada apagasse um pedaço do peso que eu carregava dentro de mim.

Quando abrimos a porta, tive que rir. A sala parecia que tinha sido virada de cabeça pra baixo. Gabriel não parava um segundo, puxava brinquedo atrás de brinquedo, mostrando tudo para o Lucas como se fosse o dono de um parque de diversões.

— Olha esse, olha esse! — Gabriel corria até ele com um carrinho na mão, depois largava no chão e já pegava outro.

Lucas olhava cada coisa com os olhos brilhando, encantado. E no meio daquela bagunça, Gabriel parou de repente, respirou fundo e, sem mais nem menos, abraçou o Lucas.

— Eu gostei de você.

Fiquei parado, assistindo, e senti meu peito apertar.

Lucas retribuiu o abraço, sorrindo de um jeito tímido que eu reconhecia tão bem.

— Eu também gostei de você.

— Você vai vir mais vezes? — Gabriel perguntou, cheio de expectativa.

Capítulo 0117 - Diogo 1

Capítulo 0117 - Diogo 2

Capítulo 0117 - Diogo 3

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