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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 281

O vento leve tocava meus ombros e o salto afundava levemente na grama. Cada passo fazia o coração bater um pouco mais rápido, como se meu corpo soubesse de algo que minha mente ainda não tinha entendido.

E então… eu vi.

Bem no início da ponte, de costas pro lago, estava Diogo.

De smoking.

Lindo de um jeito que me fez esquecer de respirar.

Meu corpo inteiro gelou. As pernas ameaçaram fraquejar, e eu só conseguia encará-lo, imóvel, sentindo o peito disparar. Quando ele se virou e sorriu daquele jeito calmo, confiante e completamente dele, tudo ao redor pareceu sumir.

Ele se aproximou devagar com o olhar fixo em mim e quando chegou perto, passou um braço firme ao redor da minha cintura, me puxando suavemente contra o seu corpo.

— Você está linda — murmurou, com a voz baixa e rouca, fazendo um arrepio subir pela minha pele.

Tentei rir, mas saiu um suspiro trêmulo.

— O que você tá fazendo aqui... e vestido assim?

— Surpresa — ele respondeu sorrindo de canto com os olhos brilhando.

— Eu sabia… — balancei a cabeça, rindo nervosa. — É armação de vocês. Não tem ensaio nenhum, né?

Ele negou com a cabeça, ainda sorrindo.

— Nenhum.

Suspirei, tentando controlar a emoção, mas meu coração já estava uma bagunça.

Diogo então entrelaçou os dedos nos meus e me guiou pela ponte de madeira. As luzes refletiam no lago e balançavam com a brisa, e quando chegamos ao quiosque, meus olhos se encheram de lágrimas.

Havia uma mesa decorada com velas, flores e taças brilhando sob a luz suave. Era tudo tão delicado, tão romântico… tão nós.

Ele puxou a cadeira pra mim com aquele jeito todo cavalheiro.

— Senta, vai — disse com um sorriso gentil.

— Você tá impossível hoje — murmurei, me sentando, tentando disfarçar a emoção.

Ele se acomodou à minha frente, pegou minha mão sobre a mesa e a segurou firme.

— Hoje é uma noite especial.

— Especial? — perguntei, arqueando a sobrancelha. — O que você tá aprontando, Montenegro?

Ele riu baixinho, com o olhar brincando comigo.

— Vai descobrir.

Serviu duas taças, o som da champanhe ecoando suave entre nós e me entregou uma.

— Pode beber tranquila — disse. — É zero álcool.

— Ah, ótimo — respondi rindo, levando a taça aos lábios. Tomei um gole e fechei os olhos, saboreando o gosto adocicado e leve. — Nem parece que não tem álcool. É maravilhosa.

Ele me olhava, sorrindo, com aquele ar de quem estava guardando algo importante.

— Sabe, Alice… — começou, com a voz mais baixa — eu pensei muito no que te dizer hoje. E percebi que não tem jeito fácil de explicar o que você fez comigo.

O sorriso escapou dos meus lábios, junto com o calor subindo pelo peito.

— Quando você apareceu na minha vida… foi como um furacão — ele continuou, rindo de leve. — Literalmente. Aquele spray de pimenta foi o começo do caos.

Eu ri, lembrando da cena.

— Você nunca vai superar isso, né?

— Nunca. — Ele balançou a cabeça. — Mas, depois daquele dia, tudo mudou. Você virou o ponto mais leve da minha vida. Trouxe cor, trouxe barulho… e calma também. E eu não sabia que precisava tanto disso até te encontrar.

Fiquei quieta, engolindo o nó na garganta.

— Eu te amo, Alice — ele disse, simples, direto. — Você transformou o meu mundo pra melhor.

Senti os olhos arderem, mas o sorriso veio fácil.

— Diogo…

— Shh — ele fez um gesto suave. — Só queria que você soubesse disso antes de qualquer coisa.

Dois garçons se aproximaram em silêncio, servindo os pratos com uma elegância que combinava com todo o cenário. Depois se afastaram discretamente, deixando a gente sozinho outra vez.

Peguei o garfo, ainda meio sem saber o que dizer.

— Tá tudo lindo aqui, Diogo… — falei, olhando ao redor. — É perfeito.

Ele sorriu, sem tirar os olhos de mim.

— Era pra ser. Você merece isso e muito mais.

O jantar aconteceu e conversamos sobre tantas coisas, era incrível como mesmo morando juntos, ainda temos muitas coisas para contar um para o outro. Quando o jantar terminou, eu mal lembrava do sabor da comida.

Só conseguia pensar em como Diogo estava estranho, calmo demais, como se esperasse o momento certo para algo.

Ele se levantou, com o olhar fixo em mim e estendeu a mão.

— Vem cá.

Olhei pra ele desconfiada, mas coloquei a minha mão na dele.

— O que você tá aprontando agora? — perguntei rindo, tentando disfarçar o frio na barriga.

— Só vem — ele respondeu, com aquele sorriso que me desmontava por dentro.

Assim que me levantei, uma música começou a tocar.

Os primeiros acordes de Can’t Help Falling in Love ecoaram pelo ar, suaves, e eu congelei no mesmo instante.

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