Ele segurou minha mão e eu não consegui evitar o sorriso que escapou.
— Pra onde você tá me levando agora? — perguntei, desconfiada.
Diogo apenas sorriu.
— Surpresa.
Revirei os olhos, rindo.
— Hoje você tá cheio das surpresas, hein? Mas tudo bem... — levantei a mão e mostrei o anel brilhando sob a luz — agora eu tô noiva.
Ele soltou um riso baixo e balançou a cabeça.
— E muito linda, por sinal.
Seguimos até a garagem e entrei no carro ainda meio nas nuvens, olhando pra minha mão. O anel refletia as luzes da rua e a cada olhar que eu dava pra ele, parecia que o meu coração dava um salto.
— É lindo... — murmurei, com a voz embargada. — Parece um sonho.
Olhei pra Diogo e ele desviou o olhar da estrada pra mim por um segundo, com aquele olhar apaixonado que dizia tudo.
Senti o estômago revirar e o peito apertar.
Depois de uns minutos em silêncio, ele sorriu de canto.
— Agora a gente vai comemorar da melhor forma.
— É mesmo? — arqueei uma sobrancelha, curiosa.
Quando vi pra onde ele virava o carro, meu coração falhou. Era um hotel, mas não qualquer… era aquele primeiro onde tudo começou depois daquela loucura no estacionamento do clube.
Sorri, sentindo um calor gostoso percorrer meu corpo.
— Você lembra mesmo de tudo, hein? — falei, baixinho.
— Cada detalhe — ele respondeu, sem disfarçar o sorriso.
Descemos e subimos até o mesmo quarto. Assim que a porta se fechou atrás de nós, senti uma mistura de nostalgia e desejo.
Diogo se virou pra mim e o olhar dele já dizia o que viria a seguir.
Ele me puxou pela cintura, sua voz rouca de desejo.
— Agora é a vez do meu presente.
Fiquei confusa, mas um sorriso brincou nos meus lábios.
— Presente? O que você está aprontando, Montenegro?
Ele se sentou na beira da cama, afrouxou a gravata e me olhou de um jeito que fez meu corpo inteiro responder antes mesmo da cabeça entender.
— Quero que você dance pra mim.
Fiquei parada por um segundo, só olhando pra ele, sentindo o ar ficar pesado entre nós.
Depois, mordi o lábio e fui até a caixa de som. Escolhi uma música lenta, envolvente e quando o som começou a preencher o quarto, algo dentro de mim mudou.
Comecei devagar, girando de costas pra ele, deixando o cabelo cair sobre os ombros.
Mexi o quadril no ritmo da música, sentindo cada batida subir pela pele. O olhar dele queimava em mim e eu podia sentir mesmo sem olhar.
— Você sabe o que tá fazendo comigo, né? — ele murmurou, com aquela voz baixa e grave que arrepiava cada pedaço de mim.
Olhei por cima do ombro e sorri, provocando.
— Só tô cumprindo seu pedido… foi você quem quis que eu dançasse.
Ele recostou-se mais na cama, tirando o paletó.
— E agora eu tô me arrependendo. — O sorriso dele era puro pecado. — Porque tudo que eu quero é acabar com essa distância.
Continuei dançando, mais lenta e próxima, sentindo o calor do olhar dele me tocar antes mesmo das mãos.
Deslizei os dedos pelo pescoço, descendo até o decote do vestido. Ele respirou fundo, com os olhos escurecendo.
Quando parei bem à frente dele, Diogo se levantou num impulso, como se o corpo dele tivesse vontade própria.
Suas mãos me puxaram pela cintura, fortes, firmes, me prendendo contra o seu corpo.
— Sabe o que eu mais amo em você? — sussurrou no meu ouvido com a voz rouca. — Que você não faz ideia do quanto me tira o chão.
Fechei os olhos com o coração batendo rápido demais.
— Acho que eu faço, sim… — respondi rindo baixinho, antes de segurar o rosto dele entre as mãos.
O beijo veio intenso, urgente. Um beijo que misturava amor e desejo, que falava de tudo o que a gente era. Ele me deitou devagar sobre a cama, ainda me beijando e o mundo pareceu sumir.
Só restou o som da respiração dele, da música ao fundo e do meu coração disparado.
Cada toque, olhar e cada segundo ali parecia gritar o que as palavras não davam conta de dizer.
— Eu te amo, Diogo Montenegro, meu noivo.
Ele sorriu, me beijando e olhando dentro dos meus olhos.
— Eu te amo, Alice Mendes, minha futura esposa e mãe dos meus filhos.
***
Acordei sentindo um carinho gostoso no couro cabeludo. Os dedos de Diogo passavam devagar entre meus fios, num ritmo leve e quase hipnótico.
Por um instante, fiquei ali de olhos fechados, respirando fundo o cheiro dele, aquele perfume que já fazia parte de mim, como se meu corpo tivesse decorado cada nota.
Suspirei, sorrindo sozinha e me espreguicei um pouco.
— Bom dia… — ouvi a voz rouca dele bem perto.
Abri os olhos e ele estava de lado na cama, com aquele sorriso preguiçoso que me derretia inteira.
— Bom dia… — respondi, com a voz meio sonolenta, sentando devagar.
A luz suave entrava pelas frestas da cortina e por um momento, tudo parecia tão leve que doeu de tão bom.
Olhei pra ele e não consegui evitar o sorriso bobo.
— Você foi incrível essa noite… — murmurei, corando um pouco.
Diogo riu baixo, segurando meu rosto entre as mãos.
— Todas as noites vão ser assim — disse, num tom firme, confiante.
Ele me beijou devagar, um beijo doce, de quem não tem pressa nenhuma do mundo. Então se afastou, com um sorriso bonito.
— Tá com fome?
Meu estômago respondeu antes de mim e ele soltou uma risadinha.
— Tô com muita fome — admiti, rindo.
— Então deixa comigo — ele piscou e se levantou da cama, já pegando o celular.
Fui até o banheiro e quando voltei, ele estava de pé vestindo a calça social e abotoando a camisa.
— Oi, coisa linda! Que fofura é essa, meu Deus? Você tá cada dia mais gostosa, hein?
Larissa riu, cruzando os braços.
— Já vai se acostumando, viu? Pega o jeito, porque daqui a pouco é você aí com um pacotinho desses no colo.
Eu ri, mas confesso que o comentário fez meu estômago dar um leve friozinho.
— Ai, Lari, nem me fala… confesso que tô nervosa.
Ela balançou a cabeça, com aquele sorriso tranquilo de quem já sabe das coisas.
— Fica calma, amiga. Quando chegar o momento, você vai saber o que fazer. Acredite.
Diogo se aproximou, encostando a mão na minha cintura e olhando para o quintal.
— Desde que horas essas crianças estão assim? Ainda nem são nove.
Larissa deu uma risadinha cansada.
— Você acredita que eles fizeram uma festa do pijama ontem à noite? Assistiram filme, comeram um monte de besteira, brincaram até umas dez horas e só aí foram dormir. Aí hoje, sete da manhã o Gabriel já estava de pé cheio de energia, dizendo que tinha que aproveitar o tempo com o Lucas antes de vocês virem buscá-lo.
— Ele é incansável — Diogo comentou, rindo. — Alessandro deve estar precisando de férias.
— Tá mesmo — ela respondeu, rindo junto. — Mas olha… valeu a pena. Eles se divertiram demais.
De repente, Larissa arregalou os olhos e olhou direto pra minha mão.
— Peraí… — ela segurou minha mão com cuidado, pra não apertar a bebê. — É isso mesmo que eu tô vendo?
Eu não consegui conter o sorriso. Mostrei a aliança, que brilhava sob a luz do sol.
— É sim — falei, com o peito cheio de emoção. — Foi ontem à noite.
— Ai, meu Deus! — ela exclamou, rindo e me puxando pra um abraço desajeitado, já que eu ainda segurava a bebê. — Eu sabia! Eu sabia que isso ia acontecer!
Ela olhou pra Diogo com um sorriso cheio de ternura.
— Você é um homem incrível, Diogo e vai ter uma família maravilhosa. Merece uma mulher como a Alice.
Diogo deu um sorriso meio bobo, coçando a nuca.
— Eu é que ainda não acredito que uma mulher como ela aceitou se casar comigo.
Eu ri e olhei pra ele.
— Para com isso. A gente se completa, Diogo. Fomos feitos um pro outro, você sabe disso.
Ele segurou minha mão com o olhar suave e por um instante o tempo pareceu parar. Mas, claro, o momento romântico durou exatos dois segundos.
— O dinossauro vai fugir! — Gabriel gritou, vindo correndo pelo corredor, ainda com a fantasia balançando.
— Eu vou prender você no zoológico! — Lucas veio logo atrás, segurando o macarrão de piscina e rindo alto.
— Vocês dois! — Larissa gritou, entre risadas. — Cuidado com as minhas rosas!
Eu simplesmente caí na gargalhada, segurando a bebê com cuidado.
— Eu amo isso — falei entre risos. — Essa casa é puro caos, mas é o tipo de caos que dá vontade de viver todo dia.
Diogo me olhou, sorrindo, e respondeu baixo.
— E é exatamente o que eu quero pra gente.
Eu olhei pra ele, sentindo o coração aquecer.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Tá cada dia pior, os capítulos estão faltando e alguns estão se repetindo....
Gente que absurdo, faltando vários capítulos agora é 319.ainda querem que a gente pague por isso?...
Cadê o capítulo 309?...
Alguém sabe do cap 207?...
Capítulo 293 e de mais tá bloqueado parcialmente sendo que já está entre os gratuitos...
Capítulo 293 tá bloqueado sendo que já está entre os gratuitos...
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...