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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 285

Minha mãe estava contando mais uma história de quando eu era pequeno, enquanto Alice ria, tentando esconder o quanto estava se divertindo. Eu já estava prestes a interromper a história pela milésima vez, quando vi o olhar da minha mãe se fixar na mão de Alice.

Ela parou no meio da frase com os olhos se arregalando um pouco, e então um sorriso enorme se abriu em seu rosto.

— Essa aliança é o que eu tô pensando, meu filho? — perguntou, já com a voz embargada.

Alice olhou pra mim, sem jeito e levantou a mão devagar, mostrando o anel.

— É sim, dona Helena… — respondeu sorrindo. — Nós ficamos noivos.

Foi o suficiente pra minha mãe praticamente voar até ela. Helena a abraçou com força, rindo e chorando ao mesmo tempo.

— Ai, meu Deus… Eu não acredito! Além de ganhar dois netos, agora eu ganhei uma filha também!

Alice começou a rir, visivelmente emocionada.

— Eu que tô ganhando uma sogra maravilhosa — disse ela, retribuindo o abraço, apertando minha mãe de volta.

Helena a afastou só um pouquinho pra olhar direito pra ela, ainda segurando suas mãos.

— Você não tem ideia do quanto eu esperei pra ver o Diogo assim, feliz de verdade. Sempre soube que ele ia encontrar alguém especial, mas, Alice… você é muito mais do que eu sonhei pra ele.

Alice ficou com os olhos marejados.

— Eu… nem sei o que dizer — respondeu, rindo baixinho. — Só posso agradecer por me receber assim.

— Não precisa agradecer nada, minha filha — minha mãe respondeu, com aquele tom doce que sempre teve. — Essa casa é sua também, a partir de agora.

Eu fiquei ali, só observando.

— Sabe, mãe… — falei, me aproximando delas. — Eu acho que esse é o momento mais feliz da minha vida.

Helena olhou pra mim com um sorriso calmo.

— E é só o começo, meu filho. Você merece essa felicidade. Todos vocês merecem.

Olhei pra Alice, que ainda segurava a mão da minha mãe, e senti um orgulho imenso.

Lucas voltou pra sala com Caleb, os dois rindo de alguma coisa que eu não cheguei a entender. Minha mãe ainda estava conversando com Alice, mas parou assim que viu os dois entrarem.

— Essa casa é muito bonita, vovó — Lucas disse empolgado, com os olhos brilhando enquanto olhava para todos os lados. — Posso trazer meus irmãos um dia? E a Bia também?

Minha mãe riu, derretida.

— Claro que pode, meu amor. Quero conhecer todo mundo que você gosta.

Eu sorri, mas quando ouvi o nome Bia, senti um arrepio na nuca. E Caleb, perto dele, arqueou uma sobrancelha.

— Bia? — ele repetiu, curioso. — E quem é essa Bia?

Lucas respondeu todo animado, sem nem perceber o peso que o nome carregava pra mim.

— É uma amiga do colégio. Ela é bem divertida, e a irmã dela também! Quando a gente viajou, ela fez a gente rir demais.

O sorriso no rosto de Caleb começou a sumir. Ele franziu o cenho devagar e olhou pra mim antes de voltar pra Lucas.

— A irmã dela? — perguntou, com a voz mais baixa. — Qual o nome da irmã da Bia?

Lucas pensou por um instante, mexendo os dedos e respondeu com toda inocência do mundo:

— Fernanda.

O tempo pareceu parar e Caleb ficou imóvel. Os olhos dele se arregalaram e o rosto endureceu.

Ele virou a cabeça lentamente pra mim.

— Como assim… Fernanda? — sua voz saiu trêmula, carregada de raiva e incredulidade. — O que ela tem a ver com isso, Diogo?

Senti o estômago revirar. Respirei fundo, buscando alguma calma.

— Caleb, eu posso explicar…

— Explicar?! — ele explodiu, sua voz ecoando pela sala. — Como você pode explicar que teve contato com ela esse tempo todo e nunca me contou nada?!

Helena se virou assustada, mas eu fiz um gesto pra ela com a mão, tentando acalmá-la.

— Mãe, pode levar o Lucas pra conhecer meu quarto antigo? Acho que ele vai gostar de ver alguns brinquedos antigos meus.

Ela percebeu na hora o clima tenso, mas manteve o sorriso gentil.

— Claro, meu amor. Vem, Lucas, quero te mostrar uma coisa muito especial.

Lucas olhou pra gente, meio sem entender, mas assentiu e foi com ela, animado.

Assim que a porta se fechou, Caleb me encarou de novo. Os olhos dele estavam marejados, mas a raiva era evidente.

Capítulo 0124 - Diogo 1

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