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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 296

A música foi chegando ao fim e quando o último acorde soou, ela se aproximou mais, encostando os lábios nos meus. Um beijo leve, mas cheio de promessa. O salão explodiu em aplausos, mas eu nem ouvi direito. Só conseguia sentir o sabor dela e o som suave da risada entre o beijo.

Quando nos afastamos, ela encostou a testa na minha e sussurrando.

— Eu te amo, Diogo.

— Eu também te amo, minha mulher.

Ela sorriu com aquele brilho nos olhos e deu um passo pra trás quando os convidados começaram a ocupar a pista. Larissa e Alessandro já estavam dançando, Helena ria com Maria Eduarda nos braços, e Caleb rodopiava Fernanda desajeitadamente no meio da pista.

Alice segurou minha mão e me puxou de volta pro meio da festa.

— A noite tá só começando — disse ela, com aquele sorriso travesso que eu amava.

***

A noite estava perfeita, com o ar fresco, o reflexo das luzes no lago, o som suave das risadas e a música se misturando ao fundo. Eu e Alice trocamos um olhar cúmplice, e eu sabia exatamente o que vinha a seguir.

Ela apertou minha mão e sussurrou, animada:

— Acho que é hora, amor.

Assenti, com o coração acelerado. Quando olhei ao redor, todo mundo estava junto. Larissa e Alessandro abraçados, Helena sorrindo com Caleb e Fernanda ao lado, Bia brincando com Lucas.

— Gente! — Alice chamou, levantando a voz com aquele brilho nos olhos que sempre me desarmava

Na hora, Júlio levantou as mãos, animado.

— Não me diga que é o que eu tô pensando?! É o sexo do bebê?!

Alice sorriu, tentando disfarçar a risada.

— Talvez...

Ele soltou um grito que ecoou pela beira do lago.

— AAAAAH, É HOJE! É HOJE! — fez todo mundo cair na gargalhada.

Larissa ria tanto que se apoiou em Alessandro.

— Meu Deus, Júlio, você parece mais ansioso que o pai!

— Eu tô! — ele respondeu, batendo palmas. — Vai, Alice, conta logo!

Alice olhou pra mim e eu balancei a cabeça, me segurando pra não rir também.

— Calma! — ela disse, levantando as mãos. — Quero que todo mundo conte junto! Vamos lá, na contagem regressiva, tá?

Ela levantou três dedos.

— TRÊS…

E todo mundo começou junto…

— DOIS… UM!

De repente, uma fumaça cor-de-rosa começou a sair de todos os cantos do jardim, das beiradas do deck, e até de umas lanternas que o pessoal da decoração preparou. O reflexo rosa se espalhou no ar, nas luzes, na água... e o grito coletivo veio logo em seguida.

— É MENINA!!! — Júlio berrou tão alto que fez até Lucas tampar os ouvidos e rir.

Alice levou as mãos à boca, emocionada, e eu abracei ela por trás, sentindo o riso e o choro se misturando no peito.

Larissa se aproximou com os olhos brilhando.

— A Duda vai ter uma melhor amiga! — disse, abraçando Alice com cuidado.

Alessandro riu, dando um tapinha no meu ombro.

— Bem-vindo ao clube das princesas, cara. A sua vida acabou de mudar de vez.

— Já mudou faz tempo — respondi, olhando pra Alice.

Ela virou pra mim, com o rosto iluminado pela luz rosada, os olhos marejados e o sorriso mais lindo que eu já vi.

— A nossa menina.

Abracei ela mais forte, sentindo o coração apertar de um jeito bom.

— A nossa menina — repeti, encostando a testa na dela. — E ela vai ser tão linda quanto a mãe.

Ao redor, todos riam, se abraçavam, e a fumaça rosa ainda dançava no ar, iluminando a noite como se o céu tivesse decidido celebrar com a gente.

***

O mês de março finalmente chegou, e o colégio estava pronto. Eu nunca tinha visto Diogo tão empolgado com algo; ele realmente havia colocado o coração em cada detalhe. E naquela noite, havia preparado um baile para os amigos, sócios e todas as pessoas que quiseram se unir a essa causa. O espaço era enorme, elegantemente decorado, com áreas especiais para as crianças brincarem, mesas com comidas finas, luzes delicadas e música suave tocando ao fundo.

Eu estava vestida com um vestido longo rosa claro, justo na cintura, caindo elegante até o chão. Meu cabelo estava solto, levemente ondulado nas pontas, e eu sentia os olhares de todos enquanto entrava ao lado de Diogo, meu braço entrelaçado ao dele.

— Você está deslumbrante — sussurrou Diogo, sorrindo orgulhoso.

— Você também… — respondi, sentindo meu coração bater mais rápido.

Ele me conduziu pelo salão, cumprimentando os amigos, Alessandro e Larissa, que vieram com sorrisos enormes e Rafael, que finalmente chegou de viagem. As crianças corriam por toda parte, encantadas com a área enorme de brinquedos e atividades, algumas sentadas para pintar, outras jogando bola, e algumas ainda simplesmente correndo sem se preocupar com nada além da diversão.

Todos pareciam felizes e animados. O clima estava leve, elegante e ao mesmo tempo cheio de calor humano. Diogo segurou minha mão e juntos chegamos ao centro do salão, onde fomos chamados para o discurso.

Ele pegou o microfone primeiro, olhando para todos com aquele jeito sério, mas gentil.

— Boa noite, a todos! — começou. — Estou muito feliz por ver tantas pessoas reunidas por uma causa tão importante. Este colégio será o formador do futuro, um lugar onde crianças que antes não tinham muitas oportunidades agora receberão a melhor educação. Temos os melhores quartos, alimentação de qualidade e momentos de lazer, porque são crianças! — ele sorriu e todos aplaudiram. — O dinheiro investido aqui será visto quando essas crianças se tornarem adultos, com suas profissões garantidas, e olharemos para trás orgulhosos de cada sorriso que ajudamos a construir.

Ele olhou para mim com aquele sorriso especial e eu senti meu estômago se encher de nervos e alegria ao mesmo tempo.

— Agora, quero apresentar a nova diretora do Colégio Renascer.

A sala explodiu em aplausos e eu respirei fundo, pegando o microfone com as mãos levemente trêmulas.

— Boa noite a todos — comecei, sorrindo nervosa, mas com firmeza. — Quero agradecer por estarem aqui hoje. Essas crianças precisavam de alguém que olhasse por elas, e graças a vocês, elas terão um lugar onde todos os olhares estarão voltados para o que mais importa, o sorriso, o aprendizado e a oportunidade de tornarem seus sonhos realidade.

Respirei fundo, olhando para as crianças correndo e brincando. Elas eram a razão de tudo ali.

— Como diretora, prometo dedicação. Sei que tenho muito a aprender, mas quero garantir que cada criança aqui receba atenção, carinho e a educação que merece. Hoje, graças a vocês e especialmente ao Diogo, que foi o ponto chave de tudo isso aqui, elas terão um futuro mais justo e cheio de possibilidades.

O salão inteiro aplaudiu novamente, e Diogo segurou minha mão, apertando levemente. Senti meu coração transbordar de felicidade.

— Você foi incrível — disse ele baixinho, sorrindo orgulhoso. — Nossa menininha vai crescer sabendo que o mundo tem gente boa, que luta para tornar sonhos realidade.

— Obrigada… — murmurei, ainda emocionada. — Só espero conseguir fazer justiça a esse lugar e a essas crianças.

— Você vai conseguir, meu amor — disse ele, beijando minha testa. — E eu vou estar ao seu lado em cada passo.

***

(Diogo)

O sol da manhã iluminava o enorme portão do colégio, e eu juro que por um instante fiquei parado, só observando. Era difícil acreditar que aquele lugar, que antes era só um terreno abandonado e cheio de mato, agora era um colégio lindo e cheio de vida.

Era o primeiro dia de aula e de um novo começo.

As risadas das crianças já ecoavam lá dentro e o som me deu um nó na garganta. Alice segurava minha mão, com o olhar marejado e um sorriso nervoso.

— Eu tô tão nervosa, Diogo — disse, apertando meus dedos. — É muita responsabilidade...

— Eu quero ir pra casa… — disse, meio envergonhado. — Quero passar mais tempo com os meus pais. E logo a minha irmãzinha vai nascer, né?

Alice sorriu largo, cpm os olhos marejados. Ela se abaixou e puxou ele pra um abraço apertado, daqueles que parecem querer guardar a pessoa dentro do peito.

— Ai, Lucas… você não faz ideia do quanto eu te amo, meu amor.

Ele riu, abraçando ela de volta.

— Eu também amo você, mãe.

— E olha, quando quiser dormir aqui no alojamento com os amigos, tá liberado, viu? Você é de casa.

Ele se animou e me olhou, com os olhos brilhando.

— Sério?

— Sério — confirmei. — Só não vale bagunçar demais.

Nesse momento, os irmãos dele apareceram correndo e empolgados. Um deles segurou a mochila pendurada num ombro e me olhou.

— Ei, Lucas! Você pode dormir no nosso quarto também! Ficamos no mesmo quarto, sabia? Ninguém separou a gente!

Alice colocou a mão no peito, emocionada. Eu me aproximei deles e me abaixei pra ficar na altura dos meninos.

— Nunca que iriamos deixar vocês separados, meninos— falei com firmeza, olhando nos olhos dos dois. — Agora vocês só precisam estudar, brincar e ser crianças. O resto… deixa por nossa conta.

Os dois sorriram, meio sem jeito e antes que eu percebesse, me abraçaram juntos, um de cada lado. Senti aquele aperto sincero, o tipo que desarma qualquer um.

— Tio Diogo… e os nossos pais? — um deles perguntou baixinho.

Dei um leve suspiro e olhei pra Alice, que me encarou com ternura.

— Eles estão bem — respondi. — Trabalhando bastante. Prometo que logo eu trago eles pra visitarem vocês, tá bom?

Os meninos assentiram felizes.

— Obrigado, tio Diogo.

O sinal tocou, ecoando pelos corredores e trazendo uma onda de animação. As crianças começaram a correr para as salas, com as mochilas balançando e risadas por todos os lados. Lucas virou pra gente, acenando com um sorriso enorme.

— Tchau, pai! Tchau, mãe!

Alice levou a mão à boca, segurando o riso e a emoção.

— Tchau, meu amor! — ela respondeu. — Boa aula!

Eu acenei também, sentindo o peito aquecer.

— Vai lá, campeão!

Ele correu pra se juntar aos irmãos, e os três desapareceram no corredor junto com as outras crianças.

Alice ficou olhando até o último segundo e quando finalmente virou pra mim, sorriu. Eu a puxei pra perto, abraçando-a por trás, e beijei o topo de sua cabeça.

— No almoço eu venho ver como foi, tá? — murmurei.

Ela assentiu, se virando pra mim.

— Combinado. E obrigada, amor… por tudo isso.

— Você não precisa me agradecer — respondi, encostando a testa na dela. — Isso aqui é nosso sonho.

Ela me beijou devagar, e por um instante, o mundo lá fora pareceu parar.

Dei um último beijo nela antes de ir em direção ao carro, com o coração leve e o sorriso preso no rosto. Era só o primeiro dia… mas eu sabia que aquele colégio mudaria tudo.

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