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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 297

Eu estava completamente vendada, e mesmo assim não conseguia parar de sorrir. O som do carro diminuindo a velocidade me deixou ainda mais curiosa. Lucas, ao meu lado, também estava com os olhos cobertos e não parava quieto, dava pra sentir a energia dele vibrando no ar.

— Pai… falta muito? — ele perguntou pela terceira vez, apertando minha mão.

— Falta só um pouquinho, campeão — respondeu Diogo, com aquele tom divertido e calmo dele. — Prometo que vocês vão gostar.

— Você tá me matando de curiosidade, Diogo — murmurei, rindo nervosa. — Onde é que você tá me levando assim, hein?

— Confia em mim, amor — ele disse, e eu pude ouvir o sorriso em sua voz.

O carro parou e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Diogo saiu primeiro. Ouvi o som da porta se abrindo do meu lado e a mão dele me ajudar a descer. O chão sob meus pés parecia de pedra lisa, e o ar era diferente, mais puro, com o cheiro de pinheiros e terra molhada. Pássaros cantavam ao longe e tudo estava tão calmo que me deu um arrepio bom na pele.

— Tá tudo bem, pode vir — ele falou, guiando minhas mãos. — Eu tô aqui.

— Tá, mas se eu tropeçar e cair, a culpa é sua — brinquei, e ele soltou uma risadinha.

— Eu jamais deixaria isso acontecer.

Lucas riu também, animado.

— Pai, agora pode tirar?

— Pode — Diogo respondeu, e o senti se aproximar. O toque suave dele puxando a venda fez meu coração acelerar. Quando a luz atingiu meus olhos, precisei de alguns segundos pra me acostumar… e então vi.

Fiquei completamente sem ar.

Diante de mim, havia uma casa moderna, com grandes painéis de vidro refletindo as árvores ao redor. As linhas eram elegantes, o contraste entre madeira, concreto e metal criava um equilíbrio perfeito com a natureza ao redor. O jardim era impecável, com pedras brancas contornando um pequeno lago com uma cascata sutil na frente. Era… indescritível.

— Meu Deus… — sussurrei, levando as mãos à boca. — Diogo…

Ele estava ao meu lado, sorrindo orgulhoso com os olhos brilhando ao me ver reagir.

Lucas olhou pra casa e depois pra gente, confuso.

— Pai… o que a gente tá fazendo aqui? De quem é essa casa?

Diogo olhou pra ele e depois pra mim, e respondeu com a voz firme e cheia de ternura:

— É nossa, filho. Essa é a nova casa da nossa família.

Senti as lágrimas subirem instantaneamente.

— Nossa? — repeti, com a voz falhando.

Ele assentiu, me puxando pela cintura.

— Nossa. Uma casa que vai ser cheia de amor, risadas e bagunça. O lugar onde nossa família vai crescer.

Não aguentei e me joguei nos braços dele, emocionada.

— Diogo… ela é linda. Eu lembro dessa casa… é a do site!

Ele riu, apertando minha cintura.

— É, essa mesmo. Aquela que você olhou e disse que parecia ter alma. A que mais chamou sua atenção no condomínio. E sabe o que é melhor? — Ele sorriu de canto. — A casa da Larissa fica a um quarteirão daqui.

Soltei uma risada misturada com choro e emoção.

— É ainda mais linda pessoalmente…

Lucas já corria pro jardim, olhando tudo de perto.

— Pai! Mãe! Eu posso entrar?!

Diogo olhou pra ele e respondeu com um tom leve e cheio de carinho.

— Claro que pode, vai lá, campeão!

Entramos atrás dele. A sala era enorme, com pé-direito alto e janelas que deixavam o sol entrar por todos os lados. O chão de madeira clara refletia a luz de um jeito acolhedor, e a lareira no centro trazia um toque de aconchego. Tudo era moderno, mas tinha uma sensação de lar, quente e acolhedora.

Eu andava devagar, passando os dedos pelos móveis, pelas paredes, tentando acreditar que tudo aquilo era real.

— Diogo… — falei, com a voz trêmula. — Eu não consigo acreditar… é mesmo nossa casa.

Ele se aproximou por trás, me abraçando pela cintura e encostando o queixo no meu ombro.

— É sim. E tudo isso só está sendo possível por causa de você.

Virei o rosto pra ele, emocionada.

— Não fala isso… você que fez tudo isso acontecer.

— Não — ele respondeu com um sorriso calmo. — Você que me deu motivo pra querer mais, pra construir isso aqui. Você, Lucas… e a nossa menininha que tá vindo aí.

Meu coração derreteu e toquei o rosto dele, antes que eu dissesse qualquer coisa, ele me beijou devagar, mas intenso, com aquele sabor de promessa e gratidão.

Lucas apareceu correndo de novo, com um sorriso largo.

— Pai! Mãe! Tem uma escada gigante aqui e um quarto com vista pras árvores! Eu quero aquele!

Diogo riu, ainda me abraçando.

— Então pronto, já escolheu.

Eu olhei pra casa mais uma vez, sentindo o peito se encher de uma alegria tranquila.

— Bem-vinda à nossa nova casa, amor — ele disse baixinho.

— Obrigada, Diogo… — respondi, encostando a testa na dele. — Eu nunca imaginei que a felicidade pudesse ser assim.

Assim que entramos mais fundo na casa, senti o coração bater mais rápido. Cada cômodo parecia ter sido pensado com tanto carinho que era impossível não se emocionar. O som da voz de Lucas ecoava pelos corredores enquanto ele explorava tudo com a energia de quem estava descobrindo um novo mundo.

Diogo me olhou com aquele sorriso tranquilo, as mãos nos bolsos, observando o menino correr pela sala.

— Ainda tem algumas coisas pra ajustar aqui — disse ele, pensativo. — Principalmente para quando o Caleb vier nos visitar.

Olhei pra ele, curiosa.

Encostei na porta, observando os dois juntos, e senti aquele tipo de paz que não se explica.

Depois, Diogo se levantou e estendeu a mão pra mim.

— Vem, quero te mostrar uma coisa.

Seguimos até o quarto ao lado. Assim que entrei, notei que estava praticamente vazio, só as paredes brancas e uma janela enorme que deixava a luz entrar.

— Aqui — ele disse, olhando em volta com um sorriso suave. — É o quarto da nossa pequena.

Meu coração deu um salto e acariciei minha barriga quase instintivamente.

— O quarto da Ester… — murmurei.

— É — ele confirmou. — Quero que você me ajude a escolher a decoração. Nada aqui vai ser feito sem a sua opinião.

Toquei a parede, imaginando os móveis, as cores, o cheirinho de bebê.

— A gente podia colocar tons de lilás… e talvez umas nuvens no teto. Acho que combinaria com ela.

Ele se aproximou, colocando a mão sobre a minha.

— Ester Mendes Montenegro — disse, com a voz baixa e um brilho orgulhoso no olhar.

Sorri, emocionada.

— Foi o Lucas que escolheu esse nome…

— E foi perfeito — ele respondeu, acariciando minha barriga. — Não vejo a hora de conhecer essa pequena.

— Falta pouco, amor… — murmurei. — Um mês. Daqui a pouco ela tá aqui com a gente.

Diogo se abaixou um pouco, encostando os lábios na minha barriga.

— E vamos estar te esperando, princesa.

Antes que eu conseguisse conter as lágrimas, Lucas apareceu correndo pela porta, com o rosto aceso de alegria.

— Já sei o nome de um peixinho! — gritou.

Diogo se endireitou, rindo.

— Ah é? Qual vai ser?

— O nome dele vai ser Estrelinha, porque brilha igual a Ester!

Não consegui segurar o riso. Ajoelhei e o abracei com força.

— Você é o irmão mais doce que existe, Lucas.

Ele me apertou de volta, rindo também.

— Eu sei.

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