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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 300

Lucas se aproximou devagar, olhando cada detalhe da bebê. O peguei no colo e ele passou a mão no cabelo da pequena, com um sorriso de orelha a orelha.

— Oi, meu amor… — Alice disse, sorrindo para o Lucas, e ele correspondeu com um abraço tímido, mas cheio de carinho. — É a sua irmãzinha.

Minha mãe se aproximou em silêncio, emocionada, os olhos brilhando e um sorriso por trás da máscara. Eu senti meu coração quase explodir de amor ao vê-la.

— Que linda… — ela murmurou, a voz embargada. — Ela tem os olhos da mãe.

— É a nossa pequena… — eu respondi, segurando a mão de Alice. — Minha princesinha. Nem consigo explicar o que estou sentindo agora.

Lucas se inclinou, curioso e tímido.

— Posso segurar ela, pai? — perguntou.

— Calma, campeão — eu disse, sorrindo e acariciando seus cabelos. — Primeiro vamos deixar ela ficar mais maiorzinha, ela ainda é muito bebezinha, mas você vai poder ficar pertinho, a protegendo.

Alice sorriu, acariciando a cabeça do Lucas.

— Um pouquinho de paciência, meu amor… mas já já você vai segurar sua irmã de pertinho.

Minha mãe então se aproximou da Ester e falou baixinho, acariciando a pequena.

— Ela é perfeita… tão pequenininha… Deus… — e passou a mão delicadamente sobre o cabelinho da bebê.

Eu fiquei ali, no meio das três mulheres mais importantes da minha vida, olhando Alice e nossa filha, sentindo uma emoção que não cabia no peito. Lucas olhava com olhos grandes, ainda absorvendo a magia daquele momento, e minha mãe não tirava os olhos de vovó coruja da netinha.

— Eu amo vocês… — eu sussurrei, segurando a mão de Alice e olhando para Ester. — Não sei como fui viver tanto tempo sem isso… nossa família, finalmente toda junta.

A enfermeira veio, deu um remédio para Alice e disse que eu já podia ir registrar Ester ali mesmo, no hospital. Olhei para eles, sorrindo e pedi a minha mãe para esperar um pouco até voltar. Ela assentiu e eu fui registrar minha filha, Ester Mendes Montenegro… Lucas também quis o sobrenome de Alice, então ficou Lucas Mendes Montenegro, eu queria tudo certo para meus filhos e resolvi logo registrar meu filho no cartório, com o meu sobrenome e tirar o daqueles desgraçados.

Quando voltei para o quarto, Lucas ainda estava perto de Ester, que agora, minha mãe segurava. Ele não dizia nada, apenas ficava ali, admirando… Minha mãe colocou a bebê no bercinho e se aproximou de Alice, com seu jeito cuidadoso e protetor que ela sempre teve comigo, se estendendo agora para minha esposa.

— Alice… — minha mãe começou, com a voz baixa e cheia de carinho, passando a mão delicadamente em seu braço. — Como você está se sentindo, querida? Tá doendo ainda? Você tá bem?

Alice respirou fundo, tentando sorrir, mas ainda exausta.

— Tô… tô bem, Helena… só um pouco cansada… mas feliz…

— Ai, meu Deus… você foi tão corajosa — minha mãe disse, ainda segurando o braço dela. — Eu fico preocupada, sabia? Mas você foi incrível… cuidou da pequena e ainda aguentou tudo…

Eu olhei para elas, sentindo meu peito encher de orgulho. Alice estava ali, exausta, suada, mas com os olhos brilhando de amor pela filha e cercada de cuidado e atenção da minha mãe. Eu me senti o homem mais sortudo do mundo.

— Ela foi maravilhosa, mãe — falei, segurando a mão de Alice e olhando para ela. — Eu sou muito orgulhoso de vocês duas… Na nossa família só tem mulheres fortes.

Alice olhou para mim, ainda com os olhos cheios de lágrimas, e sorriu fraquinho.

— Obrigada… amor… — murmurou. — Por estar aqui comigo…

Suspirei, tentando absorver cada segundo.

— Amor… — Diogo disse, aproximando Ester de mim. — Acho que ela está com fome.

Assenti, tentando me preparar. Segui cada instrução que tinham me dado nos cursos e com o auxílio de Helena, que segurava a Ester com cuidado, orientando meus braços e a posição correta.

— Pronta, Alice? — ela perguntou, sorrindo.

— Sim… acho que sim — respondi, um pouco nervosa.

Diogo trouxe a Ester até meu peito, e num instante ela pegou o bico rapidinho. Um pequeno suspiro dela me fez fechar os olhos e sentir lágrimas quentes rolarem. O desconforto ainda estava ali, mas não importava. Era a minha filha, minha pequena, e eu finalmente podia alimentá-la.

— Olha… você tá fazendo perfeito — disse Helena, acariciando meu braço.

— Ai… obrigada, Helena — respondi, emocionada, olhando para Ester. Ela mamava tão direitinho… meu coração parecia quase explodir.

Olhei para Diogo, que sorria pra mim e pra filha com tanto amor nos olhos, e depois para Lucas, que observava tudo com olhos brilhantes. Meu peito se encheu de uma sensação tão completa que eu mal conseguia colocar em palavras.

— Eu amo vocês… — murmurei, acariciando Ester e respirando fundo. — Vocês são minha vida.

Diogo apertou minha mão e sorriu, enquanto Lucas se aproximava, curioso, e Helena olhava para nós duas com ternura. Era a minha família. A minha, de verdade. Daria muito amor a minha família, irei tratá-la com carinho, dizendo tudo o que tinha de orgulho, a ensinando a ser amada e aceitar apenas isso em sua vida… tudo o que não recebi dos meus pais, darei em dobro a ela. A eles, porque Lucas também merecia isso.

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