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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 301

(Diogo)

Assim que entrei na cafeteria, senti aquele cheiro familiar de café fresco misturado com o som suave da máquina de espresso. Era estranho voltar ali depois de tanto tempo. Aquele lugar tinha sido o começo de tudo, de um jeito meio desastroso, mas ainda assim o começo.

Alice caminhava ao meu lado, segurando minha mão e carregava Ester no colo. Nossa pequena já tinha seis meses, e cada risadinha dela fazia tudo parecer certo.

Quando Antônio nos viu, os olhos dele se arregalaram.

— Alice? — disse ele, sorrindo e vindo na nossa direção com os braços abertos. — Eu não acredito! Quanto tempo, menina!

Alice retribuiu o abraço com um riso leve.

— Pois é, faz um tempinho, né?

Antônio se afastou um pouco e olhou pra mim, o sorriso crescendo ainda mais.

— Então... os dois acabaram juntos, hein? — falou, cruzando os braços com um ar satisfeito.

Eu ri baixo.

— Pois é... aquele spray de pimenta foi só o começo — brinquei.

Antonio deu uma gargalhada.

— Ah, é mesmo! Como esquecer daquela cena? — Ele balançou a cabeça, divertido. — Bom, se acomodem aí. Hoje o café é por minha conta.

— Nem pensar, Antonio — Alice respondeu, rindo. — Você sempre diz isso.

— E sempre cumpro — ele piscou. — Agora vão lá, eu já levo algo pra vocês.

Nos sentamos perto da janela, onde a luz do fim da tarde entrava suave. O movimento da cafeteria era tranquilo, e havia algo reconfortante naquele cenário. Olhei ao redor, lembrando de quantas vezes estive ali e de como tudo parecia diferente agora.

Alice ajeitou Ester no colo, mas a pequena logo esticou os bracinhos pra mim. Peguei-a de volta, e ela começou a brincar com minha barba, rindo baixinho.

— Eu costumava vir aqui só pra te ver, sabia? — falei, sem tirar os olhos dela.

Alice levantou as sobrancelhas surpresa.

— O quê? Você nunca me contou isso!

— É... — sorri de canto. — As coisas estavam meio intensas naquela época. Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo... Mas a primeira vez que eu vim foi com a Larissa. Ela ainda estava separada do Alessandro.

Alice franziu o cenho, pensativa.

— Lembro sim. Um homem gostoso e uma mulher linda e elegante. — Sorriu de leve. — Eu juro que achei que vocês eram um casal.

Eu ri, negando com a cabeça.

— Não…. Mas engraçado você dizer isso, porque naquele dia, ela olhou pra você e me disse que você era a mulher perfeita pra mim.

Alice arregalou os olhos, surpresa.

— Sério?

— Sério. — Olhei pra ela, lembrando exatamente daquela conversa. — Eu disse pra ela que não tinha como... que eu não tava com cabeça pra relacionamentos. Tinha a Madila, o Lucas, a empresa, minha mãe e Caleb... parecia que o mundo estava desabando.

Alice manteve o olhar fixo em mim, e um sorriso pequeno, mas cheio de ternura, se formou nos seus lábios.

— E mesmo assim... a gente acabou se encontrando.

— É — falei, sentindo uma pontada boa no peito. — E foi a melhor confusão da minha vida.

Ester gargalhou nesse momento, como se entendesse o que eu disse. Alice riu junto e se inclinou, encostando a cabeça no meu ombro. Eu olhei ao redor, o mesmo lugar, as mesmas paredes, o mesmo cheiro de café, mas tudo parecia novo.

Porque, dessa vez, eu não estava mais procurando por ela.

Eu estava com ela.

— Engraçado pensar que tudo começou com aquele dia maluco… o spray de pimenta. — balancei a cabeça, lembrando da cena. — Eu juro que achei que você era uma completa louca.

Ela arqueou as sobrancelhas, rindo.

— E você não estava errado.

— É, mas… — olhei pra ela de cima a baixo, com um sorriso malicioso. — Uma louca gostosa.

Alice gargalhou, tentando disfarçar o rubor nas bochechas.

— Você não presta, Montenegro. — E então observou ao redor, seu olhar passeando pela cafeteria, como se também estivesse revivendo cada pedacinho daquela lembrança.

Nesse momento, Antonio voltou com os cafés e dois cardápios.

— Aqui está — disse ele, colocando as xícaras na mesa. — O que vão querer hoje?

Alice olhou pra ele com um sorriso nostálgico.

— Quero o mesmo de sempre, o que eu comia quando trabalhava aqui.

Antonio sorriu, parecendo se lembrar bem.

— O sanduíche com queijo e aquele brownie, né?

— Esse mesmo.

— Então já sei o pedido do senhor também — ele olhou pra mim, divertido.

— É, pode colocar o mesmo pra mim — respondi, rindo. — Se ela gostava, não deve ser ruim.

Antonio assentiu e se afastou, e Alice voltou o olhar pra mim, mexendo distraidamente no café.

— Engraçado pensar que depois daquilo tudo… — ela disse, sorrindo. — A gente decidiu aquela loucura de um lance casual.

Soltei uma risada, ajeitando Ester no colo. Ela já estava ficando inquieta, então comecei a brincar com os dedinhos dela.

— Loucura é pouco. Eu fiquei completamente fora de mim por você desde o início. Mas você… — olhei pra Alice com um sorriso provocador. — Nem sinal de querer namorar.

Ela ergueu o queixo, num ar desafiador.

— E eu não queria mesmo. Depois de tudo, levaram o Frederico quando tentei algo sério.

Eu ri.

— Fala, Rafa.

A voz dele veio ofegante, tensa.

— Diogo… vou precisar da sua ajuda. Tua e do Alessandro.

O sangue gelou nas minhas veias.

— O que aconteceu?

Mas ele só respirava do outro lado, com a voz falhando, parecendo furioso..

— Te explico quando nos encontrarmos.

E a ligação caiu.

O som do café ao redor pareceu sumir. Eu olhei pra Alice, que sorria distraída pra Lucas, e o peso familiar do perigo voltou a me envolver como uma sombra antiga.

Algo estava errado. Muito errado. O que Rafael estava aprontando? Algo que me dizia que tinha a ver com aquela ex-secretária dele…

Fim…

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E chegou o momento de dizer aquele “até logo”... 💛

Nem acredito que “No Ritmo do Teu Silêncio”, o livro 2 da saga Entrelaços, chegou ao fim. É um misto de alegria, emoção e saudade. Foram tantos momentos intensos, lágrimas, risadas e reviravoltas com Diogo e Alice… e agora, encerrar essa etapa me deixa com o coração apertado, mas imensamente feliz e grata.

Quero agradecer de todo o coração a cada leitor que acompanhou essa história comigo. Vocês foram incríveis! Cada mensagem, cada comentário, cada palavra de carinho foi o combustível que me manteve firme até o fim. 💕

E, pra completar essa felicidade, ainda tivemos uma notícia maravilhosa que ganhamos o lugar de prata no concurso! 🥈

Tudo isso é graças a vocês, que acreditaram, leram e vibraram junto comigo. Sério, não tenho palavras pra agradecer o quanto isso significa pra mim.

Escrevo cada história com muito amor, com o coração inteiro, e ver esse retorno é algo indescritível. Confesso que não tô nem um pouco preparada pra me despedir do Diogo e da Alice. Eles me ensinaram muito… sobre amor, perdão, recomeços e sobre como a vida pode surpreender mesmo quando a gente acha que já perdeu tudo.

Mas como a vida (e as histórias) não param… vem aí uma nova jornada.

Sim, é hora de conhecer Rafael mais de perto. Um homem dividido entre a razão e o desejo… entre o certo e o irresistivelmente errado.

Ele vai se ver completamente envolvido por um amor proibido, uma secretária tímida, discreta, linda e inteligente.

O problema?

Ela é casada com um policial.

Rafael vai tentar resistir, vai lutar contra o sentimento, mas… quem consegue escapar do amor quando ele já tomou conta do coração e da alma? ❤️‍🔥

Então fiquem de olho, meus amores! Logo começa a história de Rafael, e prometo que vai ser intensa, envolvente e cheia de emoções, do jeitinho que vocês gostam.

Com todo o meu carinho,

— N.A.S.C ✨💋

(Obrigada por fazerem parte desse mundo que a gente construiu juntos.)

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