Assim que atravessamos a entrada, fui recebida por uma explosão de cores e música. O lugar estava decorado com tema tropical
Várias flores, folhas de palmeira, pranchas, e balões coloridos. As mesas estavam cobertas por toalhas brancas, havia um buffet enorme e garçons circulando com bandejas de bebidas.
O clima era animado e leve, o tipo de festa que parecia feita pra esquecer dos problemas.
E foi aí que Milena apareceu, radiante, com um sorriso enorme.
— Lorena! Você veio mesmo! — ela exclamou, me abraçando com força.
Sorri, tentando não parecer tão travada quanto eu estava.
— Eu vim, sim. — Estendi o presente pra ela. — É uma lembrancinha simples, mas espero que goste.
— Ah, para com isso! — Milena disse, pegando o pacote. — Tudo que vem de você é especial. Obrigada mesmo, de coração.
Ela então se abaixou até Alana, que já olhava em volta, encantada com o movimento.
— Oi, mocinha! Já tem um monte de crianças lá no parque aquático, sabia?
Os olhos de Alana brilharam.
— Sério? Posso ir, mãe?
Suspirei, mas sorri.
— Pode sim, mas calma aí que eu vou com você.
Milena riu.
— Os adultos também podem entrar, viu? Tá liberado se refrescar um pouco.
Balancei a cabeça, rindo.
— Hoje não. Acho que vou só ficar observando mesmo.
— Tudo bem, mas se quiser, é só vir. — Ela piscou e logo se afastou para cumprimentar outras pessoas que estavam chegando.
Alana puxou minha mão, ansiosa.
— Vamos, mãe! Anda!
— Tá bom, tá bom — falei, tentando acompanhar o ritmo dela.
Chegamos perto da área das piscinas, e o som das risadas e da água batendo era contagiante. Ajudando Alana, tirei o vestidinho leve que ela usava por cima do maiô e guardei na bolsa. Depois, passei o protetor solar nos ombros dela, enquanto ela se mexia impaciente.
— Fica quietinha, Alana, senão eu vou errar.
— Mas mãe, tá demorando!
— Pronto, pronto — falei, rindo.
Assim que terminei, ela saiu correndo em direção à piscina, já rindo com outras crianças que estavam ali. Fiquei observando de longe, com um sorriso leve. Ela parecia tão feliz…
Me sentei numa das cadeiras próximas, ajeitei os óculos de sol e respirei fundo. O cheiro de protetor, o barulho da água, o som distante de música… tudo aquilo me fez relaxar um pouco.
***
O sol batia forte, refletindo na água da piscina e fazendo tudo parecer mais vivo. Eu ria de Alana, que insistia em me molhar com aquele baldinho pequeno.
Mas então senti um olhar. Aquele tipo de olhar que a gente percebe antes mesmo de se virar. Quando olhei, ele estava lá Rafael, parado a alguns metros, com um drinque na mão e um meio sorriso no rosto.
Por dentro, um friozinho subiu. Eu respirei fundo e fingi estar concentrada em ajeitar a canga na cadeira, mas ele começou a caminhar na minha direção todo tranquilo.
— Ela parece estar se divertindo muito — ele disse, olhando pra Alana, que gargalhava dentro d’água.
— É… ela gosta de água — respondi, tentando soar casual, mas minha voz saiu mais baixa do que eu queria.
Ele ficou a observando mais um pouco.
— Você fica diferente quando tá com a sua filha. Dá pra ver o quanto ela confia em você.
Por um segundo, o barulho todo da festa pareceu sumir.
Senti o rosto esquentar e abaixei o olhar, mexendo nas pulseiras só pra disfarçar.
— Ela é tudo pra mim — respondi, com um sorriso curto.
— Dá pra ver — ele disse, simples, mas com uma sinceridade que me deixou ainda mais sem jeito.
Ficamos em silêncio por um momento.
Alana chamou meu nome lá da piscina e eu agradeci mentalmente por isso. Me levantei rápido,
— Deixa eu ver o que ela quer.
Caminhei até a beira da piscina e enquanto ajudava Alana a subir.
Alana apenas me olhou com um sorrisão e correu para a filha do tobogã. Rafael permaneceu próximo, olhando para as crianças escorregando e rindo. Olhei na mesma direção que ele, vendo que era a vez de Alana subir e estava prestes a ir pegar meu celular para filmá-la, quando um menino passou correndo e esbarrou em mim. Não deu tempo de reagir quando senti meus pés escorregando e meu corpo indo em direção a piscina.
— Ai! — soltei, tentando me equilibrar.
Antes que eu pudesse me preparar pra queda, uma mão firme segurou meu pulso, e de repente eu senti o corpo dele colado ao meu.
Rafael me puxou rápido, passando a mão na minha cintura para me manter mais firme, e por reflexo, eu acabei encostando o peito no dele. O seu braço permaneceu ali,como se me protegesse, e por um instante… o tempo parou.
O cheiro do seu perfume, o toque quente da pele, o olhar. Tão perto.
Perto demais.
Olhei de novo na direção dela. Ela riu de algo que a filha fez e eu senti um nó no peito.
Porque aquele sorriso, simples e verdadeiro, tinha o poder de bagunçar tudo o que eu tentava manter no lugar.
14/04 - Quinta-feira
Quando a reunião acabou, eu não consegui pensar em mais nada o resto da manhã.
Fiquei na sala por alguns minutos, encarando o monitor sem ver de fato o que estava ali.
Lorena estava diferente e aquilo me incomodava de um jeito que eu não conseguia explicar.
Esperei um pouco antes de ir atrás dela. Sabia que ela sempre passava na copa depois das reuniões pra pegar um café, então fui até lá.
E lá estava ela, sozinha, mexendo na xícara, com o vapor subindo devagar enquanto ela olhava pro nada.
A gola alta da blusa escondia o pescoço inteiro.
Respirei fundo e chamei, tentando não parecer invasivo:
— Lorena…
Ela se virou, meio surpresa.
— Oi, Rafael. Aconteceu alguma coisa?
De perto, dava pra ver que ela tinha as olheiras marcadas, e o sorriso, aquele sorriso calmo de sempre, estava forçado. Engoli em seco e passei a mão na nuca.
— Eu… — comecei, e já senti que aquilo ia ser difícil — não sei nem como chegar nesse assunto com você, mas…
Ela franziu o cenho, confusa.
— Que assunto?
Olhei pra roupa dela, depois pro chão, tentando achar as palavras certas.
— Tá fazendo um calor de quase quarenta graus lá fora e você tá aí, toda coberta. — Soltei o ar devagar. — E, coincidentemente, você voltou a se vestir assim depois que seu marido voltou.
O olhar dela mudou na hora. Ficou tenso, assustado e então tentou disfarçar, endireitando a postura.
— Rafael, por favor… — disse baixinho, dando um passo pro lado, tentando sair.
Instintivamente, estiquei o braço e apoiei a mão na bancada, bloqueando a passagem, não pra impedir, mas pra fazê-la ouvir.
Ela parou, olhando pra mim com os olhos marejados.
— Eu posso te ajudar… — falei, sentindo a voz pesar — se o seu marido não estiver te tratando bem, se ele…

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Afff piorou, agora não são dois, é nadaaaa!!!...
Vou fazê-lo novamente!!!! Dois capítulos por dia é um desrespeito!!!...
Ué cadê meu comentário?...
Esse é o terceiro livro, os dois primeiros caminharam bem, mas agora só dois capítulos por dia é muito pouco. Lembre-se de seu compromisso com os leitores...
Cadê o capítulo 319???????? Não tem?????...
Tá cada dia pior, os capítulos estão faltando e alguns estão se repetindo....
Gente que absurdo, faltando vários capítulos agora é 319.ainda querem que a gente pague por isso?...
Cadê o capítulo 309?...
Alguém sabe do cap 207?...
Capítulo 293 e de mais tá bloqueado parcialmente sendo que já está entre os gratuitos...