Entrar Via

Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 354

(visão de Lorena)

Meu coração batia tão forte que eu juro que podia ouvir o som dentro da cabeça. Rafael me olhava daquele jeito intenso, e por um instante, o ar pareceu sumir da sala. Sentia meu rosto quente, as mãos trêmulas e uma vontade absurda de desviar o olhar, mas não conseguia e ele também não.

Foi só quando a voz de Alana ecoou do corredor que eu consegui respirar de novo.

— Mãe! O Wesley quer mostrar o desenho novo dele... — ela apareceu na porta, mas parou de falar quando viu Rafael. — Ué...

Wesley também parou, segurando o papel na mão e olhando pra gente curiosa.

Alana sorriu, meio surpresa, meio animada.

Eu limpei a garganta, tentando disfarçar o nervosismo.

— Alana, filha, vem cumprimentar o Rafael.

Ela se aproximou, toda sorridente e estendeu a mão como uma mini adulta.

— Oi, Rafael. Como o senhor tá?

Rafael sorriu, e não consegui ignorar como esse sorriso mexeu comigo.

— Estou bem, Alana. E você, tudo bem?

— Tô sim. — Ela respondeu empolgada. — O senhor veio ver minha mãe ou veio buscar ela pro trabalho?

Ele riu, balançando a cabeça.

— Vim ver como ela tá. Sua mãe faz muita falta lá na empresa.

Alana abriu um sorriso orgulhoso, daqueles que me desmontam.

— Eu sei! Minha mãe é muito boa no que faz. O senhor tem que valorizar ela, viu?

— Alana! — falei, num tom de leve repreensão, morrendo de vergonha.

Mas Rafael deu uma risada baixa.

— Tá tudo bem, Lorena. Ela só falou a verdade.

Olhei pra ele, e de novo, aquele olhar me prendeu. Por um momento, parecia que o resto do mundo tinha sumido. Meu peito apertou, o estômago revirou, e as borboletas começaram a dançar de novo.

Foi quando a voz da minha mãe cortou o ar:

— Lorena? Filha, você têm visita?

Virei na mesma hora, e lá estavam ela e meu pai, parados na porta, me olhando com uma expressão que misturava surpresa e curiosidade.

— Mãe, pai… esse é o Rafael. — engoli seco, tentando manter o tom leve. — Meu chefe.

Eles se aproximaram sorrindo educadamente.

— Ah, o famoso Rafael. — disse minha mãe, estendendo a mão. — Prazer.

— O prazer é meu. — ele respondeu com aquele tom educado e simpático.

Meu pai também cumprimentou, e logo minha mãe perguntou:

— E você já serviu um café pra ele, filha?

— Já sim. — respondi, tentando soar natural. Alana já estava sentada com Wesley comendo bolo.

— O bolo tá uma delícia, mãe! — Ela gritou com a boca cheia.

Rafael riu e se virou pros meus pais.

— Foi o Rafael quem trouxe.

Minha mãe sorriu.

— A gente agradece. Lorena sempre fala muito bem da empresa. Diz que lá é um ótimo lugar pra trabalhar.

Ele olhou direto pra mim quando respondeu.

— Eu é que tenho que agradecer. Ela entrou numa hora que eu estava quase enlouquecendo sem uma assistente. As outras candidatas eram… bem, digamos que meio malucas. — Ele sorriu de canto. — Lorena foi uma luz na minha vida.

Senti o rosto queimar e meu coração, de novo, parecia querer pular pra fora.

Engoli em seco, completamente sem reação, e antes que alguém dissesse qualquer coisa, comecei a me afastar.

— Eu… vou buscar café para vocês.

Fui pra cozinha praticamente fugindo. Assim que entrei, apoiei as mãos no balcão e respirei fundo.

O que eu estava fazendo?

Peguei as xícaras, mas minhas mãos tremiam. Toquei os lábios sem nem perceber. A lembrança veio forte… o beijo. Tão rápido, tão errado… mas tão bom.

Fechei os olhos. Ainda conseguia sentir o gosto, o calor, a confusão que me virou pelo avesso.

Ainda não tinha me separado do Thales. Tudo ainda era recente, um caos. E mesmo assim… eu tinha gostado. Muito.

E a culpa veio como um soco.

O que eu tinha feito?

Voltei pra sala com a bandeja nas mãos, tentando parecer o mais normal possível. O coração ainda descompassado, os pensamentos uma bagunça. Coloquei as xícaras na mesinha e forcei um sorriso.

— Aqui está o café. — Falei, e depois olhei pra Rafael. — Você aceita também?

Ele balançou a cabeça, ainda com aquele olhar calmo que me desmontava.

— Não, obrigado. Na verdade, eu já vou indo. Vim só pra ver como você estava.

— Que pena… — disse minha mãe, se levantando junto com meu pai. — Da próxima vez, então, eu faço uma galinha caipira e o senhor vem almoçar com a gente.

Rafael deu aquele sorriso educado que fazia qualquer um simpatizar com ele.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra