Meu corpo inteiro estava tremendo, mas eu mantive as mãos abaixadas, fechadas, tentando controlar.
Estava a um passo disso tudo, só um passo, e eu sabia… que nada seria igual depois.
Respirei fundo, tendo que encontrar um jeito de fazer a ligação para Joyce. Porque mesmo eu não querendo me expor assim, mesmo sentindo vergonha, ainda tinha medo dele tentar algo e saber que com um grito eu poderia pedir ajuda, já dava um certo alívio, ainda que durasse pouco.
— Espera só um segundo, preciso colocar o bolo no forno.
Ele apenas fez um gesto impaciente com a mão, como quem diz anda logo, e se sentou no sofá.
Fui para a cozinha rápido, com o coração socando minha costela como se quisesse fugir de mim. Puxei o celular do bolso e fiz a chamada para a Joyce, como combinamos. Coloquei o celular virado pra baixo, encostado na fruteira, para que ele não perceba. Meu corpo tremia, mas minhas mãos se moviam quase sozinhas.
Coloquei o bolo no forno, fechei com cuidado e me virei… meu coração deu um salto quando dei de cara com Thales, ali parado, escorado no balcão com os braços cruzados e os olhos fixos para mim… Aquele olhar, ele sabia que tinha alguma coisa séria a ser conversada agora e pelo o que eu conhecia dele, não estava satisfeito com isso a um fio de perder essa calma toda.
Desviei o olhar para o celular, tão perto dele e respirei fundo tentando manter a calma, não tinha como ele saber e nem motivo para pegar o aparelho.
— O que você quer? — perguntou, com uma voz seca e sem rodeios.
Engoli em seco e respirei. Não adiantava enrolar, tinha que ser direta.
— Quero o divórcio — falei de uma vez, antes que minha coragem evaporasse.
O cenho dele franziu na mesma hora, como se eu tivesse dito alguma piada absurda.
— Por que isso agora? — ele questionou.
Eu ri. Ri amargo, ri cansada, ri como quem não tinha mais nada a perder.
— “Agora”? — repeti. — Simplesmente porque você me agrediu e ainda me traiu, como se só a agressão não fosse humilhação suficiente.
Ele bufou irritado, como se eu tivesse o ofendido com alguma injustiça.
— Eu não te traí — rosnou, dando um passo na minha direção. — E não tenho ninguém.
— Então quem era a mulher que te mandou mensagem? — perguntei.
— Uma colega do trabalho — respondeu rápido demais.
Soltei outro riso, seco e doído.
— Claro. Só uma colega e que te chama de amor agora.
Passei a mão no rosto, tentando respirar apesar do nó na garganta.
— Não é só isso, Thales. — Minha voz falhou, mas continuei. — Eu não sou feliz nesse casamento faz tempo. Vivo com medo, acordo com medo e durmo com medo. Não quero isso pra mim, nem pra Alana.
Sua expressão mudou um pouco e algo escuro passou nos seus dele.
— Você não precisa ter medo de mim — disse, calmo demais, um tipo de calma que me deixou ainda mais nervosa.
— É impossível — respondi. — Basta você se mover rápido que eu já fico tensa. Eu não quero isso. Não dá mais.
Ele se aproximou, levantando a mão para tocar meu rosto, e eu recuei instintivamente, indo parar perto da pia.
A sua irritação veio como uma sombra.
— É o seu chefinho, né? — ele cuspiu as palavras. — Desde que você começou a trabalhar naquele lugar, você mudou.
— Não tem nada a ver com ele — respondi. — Eu só… cansei de viver esse inferno.
Suspirei, firmei os pés no chão.
— Eu não quero brigar. Só quero o divórcio. Você segue a sua vida, e eu sigo a minha em paz.
Ele balançou a cabeça imediatamente.
— Não… Eu te amo, a gente não vai se separar.
Meu peito apertou, mas minha voz saiu mais firme do que eu esperava.
— Você não me ama, Thales. Você só acha que tem posse sobre mim, mas não tem mais. Não mais, pelo menos.
— Lorena…
— Junta as suas coisas e vai embora — eu cortei.
Ele ficou imóvel, encarando-me como se eu tivesse acabado de cuspir fogo.
— Eu não vou a lugar nenhum — disse, a voz mais baixa.
— Tudo bem — respondi. — Então eu vou. Pego a Alana e vamos nós duas embora.
Tentei passar, mas ele agarrou meu braço com força, me puxando contra si. A dor foi imediata com o seu aperto.
— Você não vai sair dessa casa — ele disse entre os dentes.
Olhei diretamente nos seus olhos, mesmo com a sua mão machucando meu braço.
— Vai me bater? — perguntei. — Como você fez das outras vezes?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Tá cada dia pior, os capítulos estão faltando e alguns estão se repetindo....
Gente que absurdo, faltando vários capítulos agora é 319.ainda querem que a gente pague por isso?...
Cadê o capítulo 309?...
Alguém sabe do cap 207?...
Capítulo 293 e de mais tá bloqueado parcialmente sendo que já está entre os gratuitos...
Capítulo 293 tá bloqueado sendo que já está entre os gratuitos...
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...