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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 369

— Estranho — respondi, com minha voz presa na garganta. — Estranho e… calmo demais.

Ela franziu a testa, preocupada.

— Você pediu o divórcio?

Assenti.

Joyce imediatamente ficou mais tensa.

— Isso não parece com ele… esse comportamento. Ele nunca ficou calmo assim.

— Eu sei — murmurei. — É isso que tá me deixando inquieta… parece que alguma coisa tá errada.

Joyce segurou minha mão com cuidado, como se eu fosse quebrar.

— Quer que eu durma aqui com vocês hoje?

Balancei a cabeça.

— Não precisa… mas obrigada.

Ela respirou fundo, apertando meus dedos.

— Você fez a coisa certa, Lore. Precisa se proteger e proteger a Alana.

Eu forcei um sorriso, mas a verdade é que meu corpo ainda estava tenso, como se em qualquer minuto alguma coisa ruim fosse acontecer. Como se a calma dele fosse só um prelúdio.

— Eu sei… — murmurei, mais pra mim do que pra ela. — Eu só… ainda tô tentando respirar.

(Visão de Thales)

Desci do carro com a cabeça fervendo.

A mala no porta-malas parecia mais pesada do que realmente era, mas eu sabia que o peso não era dela. Toquei a campainha da casa da minha mãe e esperei, respirando fundo.

Poucos segundos depois, ela abriu a porta.

— Thales? — ela arregalou os olhos, olhando pra mim, depois pra mala. — Que que aconteceu, menino?

Passei por ela sem muita cerimônia.

— Briguei com a Lorena — respondi, seco.

Era tudo o que eu queria dizer. Eu não estava com paciência pra conversa comprida.

Ouvi o xingamento vindo ali, na lata:

— Aquela vagabunda… eu sabia! Desde o começo, eu te falei que ela não prestava—

Virei na hora, com o sangue subindo.

— Não fala da minha esposa assim. — Minha voz saiu gelada.

Ela cruzou os braços, mas não recuou.

— Vagabunda, sim! Agora tá com essa história de divórcio… pensa que é quem?

Larguei a mala no meio da sala e me sentei no sofá. Passei a mão no rosto, cansado.

— Eu não sei o que ela pensa — falei. — Só sei que vou dar um tempo. Ela vai perceber que me ama. Que eu sou o homem da vida dela e aí eu volto.

Minha mãe bufou, se aproximando mais.

— Você é um fraco, Thales. Saiu de casa? Você devia era ensinar a ela como que uma esposa deve se comportar.

Senti a irritação subir de novo, dessa vez mais forte.

— Eu não quero brigar por causa da Alana — rebati. — E também preciso resolver umas coisas. É até bom. Assim ela não fica no meu pé querendo saber onde eu tô.

Ela franziu o cenho, desconfiada.

— Que coisa é essa que você tem pra resolver?

Olhei pra ela, impaciente.

— Não é da sua conta.

Minha mãe ficou me encarando, mas eu já tinha encerrado o assunto.

Levantei, peguei a mala de novo e subi as escadas, indo pro quarto que era meu na infância. O quarto estava igual em muita coisa, mas nada em mim era igual.

Joguei a mala no chão, sentei na cama e fiquei olhando pro nada.

Lorena achava que ia viver sem mim.

Ela só estava confundida e ia perceber que não tinha vida sem eu ali. E se achasse que existisse essa vida, mostrei a ela que não, seja de forma suave ou dolorosa.

Joguei a mala num canto do quarto, sem me importar onde ela caísse. O barulho seco ecoou, mas nem liguei. Peguei o celular no bolso e disquei o número do Raimundo, ele atendeu no segundo toque, como sempre fazia comigo.

— Senhor — sua voz saiu firme, quase tensa. — À disposição.

Caminhei pelo quarto devagar, olhando pela janela como se esperasse ver alguma coisa lá fora.

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