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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 386

Eu estava saindo pra almoçar com a equipe quando a porta do elevador abriu e quem estava lá dentro?

Lorena, sozinha, segurando uma pasta contra o peito.

Eu prendi o ar, mas entrei.

Péssima decisão.

O elevador fechou e ficou só o som da nossa respiração.

Fiz força pra olhar pro número dos andares, não pra boca dela.

— Você vai sair? — ela perguntou.

— Uhum.

— Com a equipe?

— É.

Silêncio outra vez.

— Rafael… — ela falou baixinho — …você tá me evitando?

Eu engoli seco.

A resposta certa seria: “Sim. Porque se eu não evitar, eu vou te beijar até perder o fôlego.”

Mas eu não disse isso.

— Não tô evitando. Só tô… na correria.

Ela assentiu, mas não acreditou.

Quando chegamos no térreo, a porta abriu, mas eu fiquei parado por um segundo e ouvi ela segurar a respiração.

Se eu olhasse pra ela naquele instante, eu perderia o controle.

Então eu saí primeiro, rápido demais, sem olhar pra trás.

E odiando cada passo que me afastou dela.

***

A música baixa, o ambiente escuro, o cheiro característico de couro, perfume e whisky forte…

O clube Fénix já me trouxe alívio, mas hoje não estava adiantando.

Estava no bar, com um copo de bourbon na mão, encarando o gelo derreter devagar. As luzes vermelhas piscavam, as pessoas passavam rindo, conversando, algumas se provocando, outras já desaparecendo nos corredores privados.

Deveria estar ali por hábito. Mas parecia que eu estava sentado no lugar errado… na vida errada.

Uma mulher se aproximou, ela deveria ser nova aqui. Era alta, loira, com um olhar predatório. Ela sorriu daquela forma típica e que sempre funcionou antes.

— Oi, lindo — falou, encostando o corpo no balcão ao meu lado. — É novo por aqui?.

Respirei fundo, tentando reconectar com aquela energia, com o “eu” antigo.

— Tô… ocupado — respondi, levando o copo aos lábios.

Ela passou o dedo pelo meu braço, devagar, provocante.

— Ocupado… ou com alguém?

“Eu queria”, pensei na hora.

Mas não falei nada.

Eu fechei os olhos por um segundo e aquilo me destruiu.

— Lindo… — a loira chamou, mais baixa, mais íntima. — Se quiser, posso te ajudar a relaxar hoje.

Olhei pra ela.

Era bonita, segura, experiente e exatamente o tipo de mulher que, meses atrás, eu levaria para uma sala privada sem pensar duas vezes.

Mas tudo o que eu sentia era um vazio enorme, como um eco dentro do peito.

— Não hoje — eu disse.

Ela arqueou a sobrancelha, surpresa.

— Tem certeza?

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