Ele me levou até o sofá com os braços firmes ao redor da minha cintura. Era tudo muito rápido, e ao mesmo tempo, lento. Como se o mundo lá fora tivesse silenciado só pra gente existir ali, naquela bolha de desejo, calor e urgência.
Diogo me deitou com cuidado, mas com aquela fome contida nos olhos. Seus lábios ainda estavam nos meus quando ele se posicionou entre as minhas pernas, o corpo pressionando o meu com precisão. Eu já não sabia onde começava e onde ele terminava.
As mãos dele passeavam pelas minhas coxas, subindo por debaixo do meu vestido, até encontrarem minha pele nua. Meu corpo reagia a cada toque, como se já soubesse o caminho de cor e sentisse falta dele.
E eu sentia, por mais que quisesse manter distância, algo em mim se acalmava quando ele estava por perto… e, ao mesmo tempo, queimava.
— Você tá linda — ele murmurou entre beijos no meu pescoço. — Esse perfume delicioso me matou a noite toda.
Arqueei o quadril contra ele, sentindo a resposta imediata do corpo dele.
— Eu nem fiz por mal… — sussurrei, provocando, passando as unhas levemente pelos braços dele. — Mas se soubesse que te deixava assim…
Ele mordeu de leve o lóbulo da minha orelha e sussurrou:
— Você sabe muito bem o que faz.
Minhas mãos desceram pelas costas dele, puxando sua camisa para cima. Diogo tirou a peça rapidamente, revelando aquele corpo forte e quente que parecia ter sido desenhado por Deus
. Meus dedos exploraram cada linha, cada curva dos músculos, enquanto sua boca voltava para a minha, faminta.
Diogo me virou com um movimento ágil, me deixando por cima. Eu sorri entre os beijos, sentindo o controle escorrer para minhas mãos por um breve instante.
— Gosta de brincar assim? — perguntei, o rosto colado ao dele.
Ele me encarou com aquele olhar escuro, profundo, como se enxergasse dentro de mim.
— Com você? Gosto de tudo.
Minha respiração falhou. A sinceridade dele, crua daquele jeito, mexia comigo mais do que eu queria admitir. Eu deveria manter isso leve, sem sentimentos e profundidade. Só corpo e desejo. Mas com Diogo, tudo era mais intenso, mais real.
— Não diz essas coisas — murmurei, passando a mão no rosto dele, os olhos colados aos seus. — Você complica as coisas quando fala assim.
Ele segurou meu queixo com delicadeza, a voz grave e baixa.
— Talvez seja porque eu não quero que fique simples, Alice.
Meu coração deu um solavanco no peito e antes que eu pudesse responder, ele me puxou de volta, unindo nossos corpos outra vez. Os toques ficaram mais desesperados, mais quentes. Ele me tirava do eixo, do controle, da lógica.
***
Vesti a camisa dele, ainda com os cabelos um pouco bagunçados e o corpo aquecido. A camisa era grande, cheirosa, macia e quase como se me abraçasse. Quando voltei pra sala, Diogo estava sentado no sofá, me observando com um olhar... meu Deus. Aquele olhar.
Um canto da boca dele se curvou num sorriso lento e perigoso. Como se estivesse prestes a me puxar de volta.
— Para de me olhar assim — falei, tentando parecer séria, mas nem eu me aguentei e acabei sorrindo.
— Assim como? — ele ergueu a sobrancelha com os olhos fixos nas minhas pernas nuas sob a camisa.
Antes que eu respondesse, meu estômago roncou alto. Como se quisesse anunciar pro universo inteiro que eu estava morrendo de fome. Corei na hora.
— Tá... eu não jantei — confessei, fazendo uma careta envergonhada.
Ele soltou uma risadinha curta e me puxou pro colo dele.
— E por que não me falou, mulher? — perguntou, ajeitando meus cabelos com os dedos.
— Sei lá… tudo aconteceu meio rápido, intenso. Eu nem pensei nisso.
— Hum… rápido não foi, não — ele provocou, com aquele sorriso safado. — Mas intenso, isso foi.
Revirei os olhos, mesmo rindo e ele me deu um beijo leve antes de pegar o celular.
— Vou pedir alguma coisa, me diz o que você gosta.
Travei por meio segundo. Respirei fundo, tentando parecer o mais casual possível.
— Ah… pode ser um sanduíche de frango grelhado com salada. Sem batata e sem refri, por favor.
— Saudável, hein? — ele comentou, já procurando no app de delivery.
— É… mania antiga — forcei um sorriso. — Coisa minha.
Ele assentiu, sem desconfiar de nada, e fez o pedido. Em seguida, largou o celular na mesinha e voltou a me olhar daquele jeito que fazia meu estômago, o emocional agora, se revirar mais que a fome.
— Gostou daqui? — ele perguntou com a voz baixa e os dedos passeando pela minha coxa.
Olhei ao redor. O apartamento era moderno, acolhedor e tinha o cheiro dele. Só isso já bastava pra eu gostar.
— É bonito — respondi, sincera. — E… tem a tua cara.
Ele sorriu e esticou o braço até a carteira, que estava jogada no aparador. Quando voltou, tirou de dentro um cartão pequeno e brilhante. Franzi o cenho imediatamente.
— O que é isso?
Tentei me levantar, desconfiada, mas ele me segurou firme no colo.
— Calma, onça. — Ele deu risada. — Relaxa.
— Diogo… — comecei a dizer, desconfiada.
— É só um cartão-chave. Abre a porta do apartamento — ele explicou, entregando pra mim.
Eu olhei o cartão, depois olhei pra ele, totalmente sem entender.
— Desse apartamento?
— Uhum. Quero que você tenha uma cópia. Às vezes eu não vou conseguir ir te buscar e… — ele deu de ombros. — Quero poder chegar e te encontrar aqui, me esperando.
— Diogo, eu não posso aceitar isso.
— Pode sim e vai. — Ele empurrou o cartão na minha mão. — Não é nada demais. É só pra você não precisar ficar na rua, esperando, caso eu me atrase.
Fiquei encarando o cartão por alguns segundos. Era só um pedaço de plástico, mas pesava como uma tonelada nas minhas mãos. Aquilo significava… mais do que eu queria admitir.
Suspirei.
— Tá bom… — murmurei, vencida. — Mas só por isso.
Ele sorriu satisfeito, e me puxou pra mais perto.
— Pode me ligar a qualquer hora — sussurrou. — Dizendo que tá aqui, nua, me esperando. Mesmo que eu esteja em reunião, eu largo tudo e venho.
Soltei uma risada, empurrando de leve o seu peito.
— Você é muito exagerado.
Ele começou a beijar meu pescoço, me arrepiando inteira.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Gostaria de dizer que plágio é crime. Essa história é minha e não está autorizada a ser respostada aqui. Irei entrar com uma ação, tanto para quem está lançando a história como quem está lendo....
Linda história. Adorando ler...
Muito linda a história Estou gostando muito de ler Só estou esperando desbloquear e liberar os outros que estão faltando pra mim terminar de ler...
Muito boa a história, mas tem alguns capítulos que enrolam o desfecho. Ela já tá ficando repetitiva com o motivo da mágoa...
História maravilhosa. Qual o nome da história do Diogo?...
Não consigo parar de ler, cada capítulo uma emoção....
Esse tbm. Será que nunca vou ler grátis...