Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 196

O pátio da ONG estava maravilhoso. Luzes penduradas entre as árvores, arranjos de flores simples, mas lindos e um palco montado no fundo. A festa de 20 anos da ONG estava parecendo festa de casamento.

— Nossa… — murmurei, observando as pessoas sorrindo, abraçando, brindando. — Eles capricharam.

— Tem muita gente bonita aqui, hein. — Júlio comentou do meu lado, com aquele ar de quem já tava selecionando a próxima vítima do flerte.

— Tem. Alguns benfeitores também vieram. — comentei, reconhecendo alguns rostos conhecidos entre os convidados.

— E o seu benfeitor vem também?

Revirei os olhos e fiz uma careta pra ele.

— Não chama o Diogo assim, que parece até que ele é meu sugar daddy.

— Mas é quase isso. — ele deu uma piscadinha.

— Júlio. — falei num tom mais firme. — Sim, ele disse que viria.

— Hummm… — ele murmurou, fingindo que não tava provocando. — Então tá.

Decidi ignorar e puxei ele pelo braço.

— Vem, vamos socializar antes que você arrume confusão com a boca.

— Prometo me comportar. Mais ou menos.

Sorri e respirei fundo. A noite estava só começando… e meu coração já batia num ritmo esquisito só por saber que ele, Diogo, estaria ali.

E eu, com esse vestido e esse colar no pescoço, ia precisar fingir muito bem que não estava apegada coisa nenhuma.

***

Caminhei devagar pelo pátio da ONG, ainda me acostumando com o salto e tentando manter a pose, mesmo com o coração batendo mais forte do que o normal. Até que reconheci uma figura conhecida vindo na minha direção.

— Alice! — Vera, a diretora da ONG, me abraçou com aquele carinho que só ela sabia dar. — Olha só você! Que linda!

— Ah, obrigada, Vera. — sorri, meio sem graça. — A festa tá maravilhosa. Vocês capricharam demais.

— Fizemos com muito amor. — ela disse, segurando minha mão. — E eu quero te apresentar a uma pessoa, na verdade, a algumas. Um grupo de benfeitores que veio nos prestigiar. Tenho certeza que você vai gostar.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ela já tava me puxando com delicadeza. Me deixei levar, caminhando ao lado dela enquanto meu estômago dava voltas sem motivo nenhum ou talvez com nome e sobrenome.

Quando a gente parou, eles estavam em um círculo informal, rindo de alguma coisa. Três homens, todos bem-vestidos, todos com cara de quem sabia o valor de cada centavo que ganhava. Mas um deles… um deles eu conhecia muito bem. E não era só de vista.

Alto, corpo largo sob o terno caro, cabelo bagunçadinho do jeito que ele passava a mão quando estava impaciente. Eu conhecia aquele corpo sem o tecido, sabia a força dos braços, o calor da pele, o gosto da boca.

Diogo.

Vera se aproximou com um sorriso educado e todos viraram em nossa direção. Mas foi o olhar dele que me travou.

Ele me olhou de cima a baixo e não disfarçou. Os olhos dele pousaram nos meus ombros, no decote discreto, nas curvas do vestido, e por fim nos meus olhos. E eu vi o desejo escancarado. Disfarçado por um segundo depois, mas ainda ali, latente.

— Senhores, essa é Alice Mendes. — Vera disse, cheia de orgulho. — Uma jovem que já participou da ONG por muitos anos e que, apesar de algumas pausas, segue firme na luta pelos próprios sonhos.

— É um prazer. — eu disse, mantendo o sorriso treinado.

Diogo foi o primeiro a falar, com a voz mais grave e controlada do que eu esperava.

— Alice. Muito prazer. — ele estendeu a mão e eu a apertei por pura obrigação.

— O prazer é meu. — respondi, como se não conhecesse cada detalhe do corpo dele sob aquele terno.

— A Alice começou a cursar Direito. — Vera continuou, animada. — Teve que dar uma pausa, por questões pessoais, mas vai retomar em breve, não é?

Virei o rosto em direção a ela, ainda sentindo o calor do olhar de Diogo em mim, e forcei um sorriso.

— Sim… sim, vou voltar, sim.

— Determinada, essa menina. — ela disse, orgulhosa.

— Isso é admirável. — comentou um dos outros homens, loiro, bonito, talvez uns trinta e poucos anos, sotaque carregado. Ele se aproximou, pegando minha mão com delicadeza. — Francesco Benedetti. Um prazer enorme, Alice.

— Igualmente. — respondi, ainda sorrindo.

— Você é linda. — ele disse, sem a menor vergonha. Os olhos dele percorreram meu rosto com um encantamento espontâneo.

— Obrigada. — sorri, lisonjeada, mas ainda assim consciente demais do calor do olhar de Diogo… que, agora, estava fixo na nossa mão, a minha ainda na de Francesco.

Senti um arrepio subir pela espinha. Tinha alguma coisa naquele olhar dele, alguma tensão, um incômodo.

Sorri de leve e retirei minha mão com gentileza.

— Bom… vou ali cumprimentar o restante dos convidados. — falei, voltando o olhar uma última vez para Diogo.

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