Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 213

Eu realmente não conseguia tirar as mãos dele. Passava os dedos pelo abdômen, pelo peito, rindo cada vez que ele fazia aquela cara de “eu vou te pegar já já”. Ele largava a colher, se virava pra mim e me roubava um beijo rápido… que sempre virava um beijo demorado.

— Você vai queimar a comida… — falei contra a boca dele, sorrindo.

— Com você aqui, a última coisa que eu vou pensar é na comida. — Ele me olhou de cima a baixo, aquele olhar quente que me fazia esquecer até meu próprio nome.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se curvou, passou um braço pela minha cintura e me ergueu no colo como se eu não pesasse nada. Soltei uma risada surpresa, me segurando no pescoço dele.

— Diogo! A comida…

— Fica no fogo. A gente volta antes que ela queime… ou não. — O sorriso dele era pura malícia.

Me levou direto pro banheiro, me colocando no chão com cuidado. Eu fiquei encostada na porta enquanto ele se aproximava, lento, como quem saboreia cada passo. Seus dedos puxaram a alça da minha blusa pelo ombro, e eu senti um arrepio subir pela espinha.

Então se inclinou, beijando meu ombro, depois descendo para a curva do meu pescoço, cada toque dele me deixando mais sem ar.

— Você é linda, Alice… — murmurou, como se fosse um segredo só nosso.

Eu segurei o seu rosto e retribuí o beijo, sentindo a respiração dele acelerar contra a minha boca. Nossas mãos se ajudaram a tirar a roupa um do outro, até ele abrir o chuveiro e a água morna começar a cair sobre nós.

Diogo me puxou pra perto, o beijo ficando mais urgente, suas mãos percorrendo minhas costas.

— Você me deixa maluco… — confessou entre um beijo e outro.

Eu sorri, encostando a testa na dele. — Então é recíproco.

Antes que eu percebesse, ele me ergueu de novo e eu me agarrei a ele, rindo e o beijando, enquanto a água escorria, lavando tudo, menos a intensidade que queimava entre nós.

Saímos do banho ainda grudados, a água escorrendo devagar pelo nosso corpo. Diogo me envolveu numa toalha e saímos do banheiro. Vesti uma camisa dele e ele uma bermuda e então puxou minha mão, nos levando de volta para a cozinha onde o cheiro da comida começava a ficar mais forte.

— Acho que a gente quase queimou o jantar — ele brincou, abrindo a panela com cuidado.

— Quase nada — respondi, sorrindo e me encostando no balcão. — Você que estava mais preocupado em me fazer gozar do que na receita.

Ele riu, e eu senti aquela vontade gostosa de ficar perto dele o tempo todo.

— Verdade. Mas agora que tá pronto, acho que vale a pena.

Comemos ali mesmo, no balcão, devagar, trocando olhares e sorrisos. A conversa era fácil, cheia de piadas bobas e planos improvisados.

— Sabe — eu falei, passando a mão no braço dele — tô gostando desse nosso jeito meio atrapalhado de ser.

Ele segurou minha mão e apertou leve.

— Eu também. Parece que a gente tá começando algo de verdade.

Sorri e me encostei no peito dele, sentindo o coração bater mais forte, mas de um jeito bom, sabe?

A noite era nossa, e eu já sabia que não queria mais deixar ele ir embora tão cedo.

***

Eu estava sentada no sofá, perdida nos meus pensamentos, quando soltei um suspiro meio involuntário. Diogo me olhou de canto, franzindo a testa.

— O que foi? Tá tudo bem? — ele perguntou com a voz cheia de preocupação.

Eu hesitei, tentando organizar as ideias. — Acho que tô ficando doida… ou então, alguém tá me seguindo.

Ele ficou tenso na hora, o corpo se enrijecendo um pouco.

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