(Diogo)
Alice ficou olhando pela janela durante boa parte do trajeto, provavelmente ainda pensando no que tinha me contado sobre o homem estranho. Eu não queria pressionar, mas minha cabeça já estava trabalhando a mil. Quando paramos em frente ao trabalho dela, ela virou pra mim com aquele sorriso que sempre me desmonta.
— Até mais — disse, inclinando-se para me dar um beijo rápido.
Eu ia responder, mas, do nada, uma voz surgiu do lado da minha janela.
— Bom dia, casal do ano!
Olhei e vi Larissa, encostada ali com aquele jeito dela de quem chega e já toma conta do ambiente. Alice riu, abriu a porta e saiu, comigo seguindo o seu exemplo.
— Larissa! — a cumprimentei com um abraço apertado. — Como está a Maria Eduarda?
Ela passou a mão na própria barriga e sorriu.
— Tá aqui, mexendo a todo minuto. E o Alessandro já tá quase arrancando os cabelos.
Soltei uma risada. — Ah, disso eu não duvido. Ele não aguentaria a gestação do Gabriel, com certeza.
Alice franziu a testa, curiosa. — Você conhece o filho dela?
— Conheço — confirmei, olhando pra ela. — Acompanhei a gestação do Gabriel também, quando ela estava grávida.
Larissa me encarou com aquele olhar cheio de gratidão que eu já conheço. — Ele que me salvou, Alice. Me ajudou a recomeçar. O que eu sou hoje, devo muito a ele.
— O que você tem hoje é mérito seu, Larissa — corrigi, balançando a cabeça.
Ela deu um meio sorriso e tocou o braço de Alice. — Cuida bem desse homem, viu? Ele é incrível.
Depois se virou pra mim, com aquele tom brincalhão que sempre usava pra disfarçar o quanto se importava.
— E você, se cuida também. Porque pelo jeito, se fizer alguma com a Alice, ela arranca as suas bolas.
Alice caiu na risada. — A chefinha já me conhece direitinho. É isso mesmo que eu falo.
Eu também ri, mas o nervosismo escapou na minha voz. — Fica tranquila. Não vou fazer nada pra estragar. Só tudo pra fazer ela feliz.
— Assim que tem que ser — ela assentiu. — Posso falar contigo um minutinho?
— Claro.
Alice olhou pra mim e depois pra ela. — Então eu vou subir, tá?
Assenti. — Vai lá, nos vemos depois.
Ela me deu um último sorriso antes de seguir pro prédio.
Larissa me chamou pra atravessar a rua e ir até a cafeteria em frente e eu já sabia que vinha alguma conversa mais séria. Entramos e nos sentamos numa mesa perto da janela. Ela pediu um suco de uva e eu fiquei com um café.
— Então… o que aconteceu? — perguntei, sem enrolar.
Larissa me olhou como quem já sabia mais do que devia. — Eu sei que tem alguma coisa acontecendo, Diogo.
Franzi o cenho. — Do que você tá falando?
Ela suspirou, apoiando os braços na mesa.
— A Alice veio falar comigo… disse que achava que tinha alguém seguindo ela. E, sinceramente, não parecia estar blefando.
Meu corpo ficou tenso na hora.
— E por que você acha que isso tem a ver comigo?
— Porque… — ela hesitou por um segundo, mas foi até o fim — …eu ouvi quando você pediu o número do Cauã pro Alessandro.
Arqueei a sobrancelha, surpreso. — Como é que você sabe do Cauã?
— Porque eu tenho ouvido bom, Diogo — ela respondeu, cruzando os braços. — Agora, quer me explicar?
Respirei fundo. Parte de mim queria abrir tudo, queria ter alguém com quem dividir esse peso, mas… Larissa estava grávida. Eu não podia jogá-la no meio dessa bagunça.
— Tem uma pessoa me ameaçando — falei, encarando os olhos dela. — É por causa de negócios antigos… Eles me ameaçaram, e eu acho que o acidente do Caleb está envolvido nisso.
Ela arregalou os olhos e levou a mão à boca.
— Meu Deus… você já chamou a polícia? O Alessandro sabe?
Balancei a cabeça. — Ainda não. Mas eu vou falar com ele hoje. Tô indo na empresa dele agora.
— É bom mesmo — ela disse, séria. — Quem sabe ele não pode te ajudar.
— Vou providenciar isso agora. — fez uma pausa. — E você, precisa de ajuda?
— O Valter já tá à frente disso.
Ele assentiu, mas ainda estava visivelmente incomodado. — Qualquer coisa, me chama.
Levantei-me, ajeitando o paletó. — Pode deixar. Agora preciso ir pra minha empresa.
Ele me acompanhou com o olhar até a porta, e antes de sair, ainda senti aquela tensão no ar. Era o jeito do Alessandro, protetor até o último fio de cabelo, mas também impulsivo quando algo mexia com quem ele se importava. E eu sentia que ele simplesmente não ficaria esperando eu resolver as coisas.
Cheguei na empresa já com a cabeça a mil. Nem sentei direito na cadeira, só joguei a pasta em cima da mesa e peguei o celular.
Valter atendeu na primeira chamada.
— Fala, chefe.
— Eu quero que você dobre o número de seguranças para a Alice e todos os outros. — falei direto, sem rodeio.
Ele fez um som de confusão. — Dobrar? O que aconteceu?
— Como assim o que aconteceu? — minha voz já subiu um tom. — Me explica como é que os seguranças que estão com a Alice não falaram nada sobre um homem seguindo ela?
— Olha… eu não sei. Eles não comentaram nada comigo. — ele respondeu, meio hesitante.
A raiva subiu no mesmo instante.
— Então troca esses caras. Agora. Se eles não perceberam um sujeito rondando ela, não servem pra proteger ninguém.
— Tá… entendido. Eu vou colocar outros no lugar.
— E eu quero o dobro de homens de olho nela. — completei, já passando a mão no rosto pra tentar segurar o impulso de socar a mesa.
— Certo. Eu resolvo isso ainda hoje.
Desliguei sem dizer mais nada e joguei o celular com força em cima da mesa. Respirei fundo, tentando conter aquela mistura de raiva e preocupação que já estava me consumindo.
Ninguém podia encostar nela. Ninguém podia sequer pensar em fazer mal pra Alice. A partir de hoje, não importava o que fosse, eu mesmo ia levá-la e buscá-la na empresa.
Não ia dar espaço pra mais erro.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Tá cada dia pior, os capítulos estão faltando e alguns estão se repetindo....
Gente que absurdo, faltando vários capítulos agora é 319.ainda querem que a gente pague por isso?...
Cadê o capítulo 309?...
Alguém sabe do cap 207?...
Capítulo 293 e de mais tá bloqueado parcialmente sendo que já está entre os gratuitos...
Capítulo 293 tá bloqueado sendo que já está entre os gratuitos...
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...