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Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 227

Quando chegamos à festa, eu suspirei só de ver os carros de luxo estacionados na frente do espaço de eventos. Meu peito se apertou um pouco com um misto de admiração e nervosismo.

Diogo desceu do carro e, com aquele jeito elegante que só ele tinha, rodeou o veículo e abriu a porta para mim. Ele estendeu a mão, e eu aceitei, saindo cuidadosamente.

Olhei ao redor e percebi algumas pessoas chegando, e respirei mais aliviada ao notar que não era um evento com trajes formais. Nada de vestidos exagerados ou ternos engomados e isso me deixou um pouco mais confortável.

— Vamos lá — ele disse, passando o braço passando pela minha cintura.

— Tá bom — assenti, sentindo meu corpo se encostar no dele enquanto caminhávamos para a entrada.

Ele se aproximou do segurança, deu seu nome e nossa entrada foi liberada. Assim que atravessamos o portão, a música chegou aos meus ouvidos. O espaço estava lindo, com luzes suaves, decoração impecável, e muitas pessoas circulando.

Diogo me puxou um pouco mais para perto, sussurrando no meu ouvido.

— Relaxa, amor… tá tudo bem.

Forcei um sorriso, mas meu coração continuava acelerado. Respirei fundo, tentando me convencer: “Por que estou tão nervosa? São pessoas como eu… humanos. Não importa o dinheiro deles.”

Enquanto isso, percebi alguns olhares direcionados a nós, principalmente das mulheres, que começaram a cochichar entre si. Senti o aperto da mão de Diogo na minha cintura, um gesto silencioso de proteção, e isso me deu um pouco mais de confiança.

Um homem bonito começou a caminhar na nossa direção e cumprimentou Diogo com um breve abraço.

— Parabéns, Joaquim! — Diogo disse, com um sorriso. — Essa aqui é a minha namorada, Alice.

Ele disse, olhando para mim com orgulho.

Joaquim virou-se para mim, assobiou baixinho.

— Dessa vez você acertou, Diogo, que gata!

Ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha.

— Fica à vontade, viu?

— Obrigada! — respondi, sorrindo. — E parabéns a você também!

— E os outros? Onde estão? - Diogo perguntou olhando ao redor.

Joaquim apontou para perto da piscina.

— Estão todos perto da piscina.

— Certo, vamos conversar com eles — disse Diogo, e começamos a caminhar na direção deles.

Chegamos até o grupo, e eu já senti o peso de alguns olhares. Duas mulheres nos encaravam, avaliando cada movimento nosso, como se eu fosse uma intrusa naquele ambiente. Mantive a cabeça erguida e devolvi o olhar com firmeza e para minha satisfação, elas desviaram o olhar rapidamente. Bom, eu que não ia abaixar a cabeça para esse povo.

Alguns dos homens também me olharam, obviamente avaliando meu corpo, mas assim que se aproximaram o suficiente para sentir a presença de Diogo, rapidamente desviaram. Um sutil aviso de que ele estava ali e ninguém passaria dos limites.

— Olá, meninos, como estão? — Diogo começou, cumprimentando os cinco ali com um sorriso confiante. — Quero que conheçam a Alice, minha namorada.

Acenei para eles com um sorriso educado, e eles me retribuíram, alguns discretamente, outros com olhares curiosos. Mas uma mulher, de cabelo loiro e expressão avaliativa, abriu a boca pra falar merda.

— Não te conheço… de que família você é?

Diogo respondeu prontamente:

— Mendes. Mas por que quer saber?

— Nunca a vi nos eventos — a mulher disse, cruzando os braços, como se me colocasse na prova.

Sorri levemente, mantendo o tom calmo:

— Talvez seja porque eu nunca estive em nenhum desses eventos.

A outra mulher não deixou por menos.

— E com o que você trabalha?

— Sou assistente pessoal de uma empresária — respondi, firme, sentindo o olhar de julgamento dela.

Diogo interveio com um sorriso.

— Ela é assistente da Larissa.

Um dos homens pareceu reconhecer.

— Ah, você deu sorte, Larissa é incrível!

Assenti, sorrindo:

— Sim, ela é mesmo.

A mulher loira então virou-se para Diogo, com aquele ar de curiosidade disfarçada de crítica.

— E como vocês se conheceram? Parece que não são do mesmo mundo.

Respirei fundo, sentindo a raiva subir, mas mantive a postura.

— Nos conhecemos quando eu atendia em uma cafeteria… e acabei jogando spray de pimenta nos olhos dele.

Os outros homens caíram na risada, curiosos.

— Como foi isso? — perguntaram, divertidos.

Diogo riu junto, olhando para mim com aquele brilho divertido.

— Foi um momento muito louco. Um homem estava mexendo com a Alice, e eu fui ajudá-la… mas ela já estava pronta para usar o spray de pimenta nesse sujeito, e acabou me acertando.

Olhei para ele enquanto ele contava, e não pude evitar sorrir com o jeito que ele lembrava da situação, tão intenso, tão vivo. Um dos amigos dele comentou sorrindo.

— Então foi amor à primeira vista!

Diogo olhou para mim e sorriu.

— Com certeza.

As duas mulheres, agora sem saber o que dizer, me encararam por alguns segundos e então se afastaram, deixando-me respirar aliviada.

Senti-me mais à vontade e comecei a me envolver na conversa com os outros homens e Diogo, rindo e participando, sabendo que estava ao lado dele e ninguém podia diminuir quem eu era.

Do nada Renato parou o que estava falando e assobiou, olhando por cima do meu ombro.

— Olha quem chegou! — ele disse, erguendo o olhar.

— É sério! — insisti, sorrindo. — E você tem uma presença única… é elegante, mas parece tão natural, sabe?

Ela me olhou, sorrindo de forma carismática.

— Obrigada, Alice. Fico feliz que você percebe isso. Não é fácil manter a naturalidade com tantas câmeras e olhares…

— Deve ser exaustivo — falei, curiosa. — Mas você consegue com tanta leveza que parece até fácil.

Thais deu uma risadinha e balançou a cabeça.

— Às vezes é cansativo, mas comentários assim fazem tudo valer a pena.

Senti que ela era genuinamente simpática e que não havia maldade naquilo. A conversa fluiu naturalmente, e aos poucos eu fui me sentindo mais à vontade, rindo e contando pequenos detalhes da minha admiração por ela. Era fácil se encantar com a energia positiva que ela transmitia.

— Como é a vida de modelo, deve ser difícil.

— Realmente é — ela começou, olhando para mim com aquele sorriso gentil — tem que ter muita disciplina… você não imagina o quanto. Temos que seguir regras rígidas, e o mais difícil é com a alimentação. Tem dias que não podemos nem provar algumas coisas, porque cada detalhe conta na passarela.

Sorri, balançando a cabeça.

— Nossa… além de altura pra isso, faltaria controle pra mim também. Eu ia acabar comendo tudo que aparecesse na minha frente.

Thais riu e me olhou.

— Bom, o corpo de vocês é diferente, mas pelo que tô vendo… você está ótima. Sério, você é perfeita assim.

Eu corri levemente os dedos pelo cabelo, sorrindo sem jeito.

— Ah, obrigada… você é incrível também.

Mas antes que pudesse responder mais alguma coisa, senti um puxão violento no meu cabelo. Um choque me atravessou, e eu tropecei para trás, quase caindo. Antes que pudesse reagir, um líquido gelado foi jogado no meu rosto.

Gritei e me virei, e o que vi me congelou. Uma mulher alta, cabelos ruivos como fogo, estava me encarando com ódio puro. Ela avançou, gritando.

— Desgraçada! O Diogo é meu!

Meu instinto tomou conta. Segurei firme sua mão, impedindo que ela continuasse, e não hesitei: acertei um soco em seu estômago. A mulher se curvou, ofegante, mas não por muito tempo. Ela se recuperou rapidamente e veio em minha direção com ainda mais fúria.

— Você não vai levar ele! — ela gritou.

Tentei me esquivar, mas ela me empurrou, e acabei caindo no chão com ela por cima de mim. Senti alguns t***s em meu rosto, meu cabelo sendo puxado e o choque me deixou momentaneamente zonza. Mas tentei me concentrar e tomar o controle da situação, afundando a minha unha em seu olho. Ela gritou, afrouxando a mão no meu cabelo e com força, virei meu corpo, ficando por cima para dominá-la.

A louca começou a se debater, e com a raiva que fervia dentro de mim, acertei o primeiro tapa em seu rosto. Ela segurou meu cabelo, que mesmo doendo, tentei não ligar e acertei mais t***s e socos em seu rosto, queixo, o lugar onde conseguia acertar.

Enganchei meu braço forçando o dela para o lado e um grito escapou dos seus lábios.

— Chega! Para com isso! — gritei, minha voz carregada de raiva e determinação.

Ela se debatia, tentando se soltar, mas eu me mantive firme.

— Eu não vou deixar você machucar ninguém!

O chão estava duro, o cheiro do líquido ainda queimando meu nariz, mas meu corpo reagia rápido.

Então a desgraçada cuspiu no meu rosto e puta merda, não havia coisa que eu tinha mais nojo do que saliva alheia, claro, que não fosse do homem que eu estava beijando por vontade própria. O ódio tomou conta e eu agarrei seu cabelo, deixando o seu rosto à mostra e acertei um soco em seu rosto, vendo o sangue escorrer pelo seu nariz. Soltei seu cabelo, com minhas duas mãos agora segurando seu pescoço. Essa desgraçada iria pagar caro por ter cuspido na minha cara.

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