(Alice)
Estávamos sentados em uma mesa de canto do restaurante com a comida já servida diante de nós. Diogo tinha insistido em me buscar para almoçarmos juntos e mesmo sabendo que minha tarde seria cheia na empresa, eu gostava de passar um tempo bom com ele.
Enquanto eu cortava um pedaço do frango grelhado, ele largou os talheres e me encarou com aquele ar sério, mas ao mesmo tempo divertido.
— Alice… — ele começou, mexendo no copo de suco — no sábado vai ter um baile e eu quero que você vá comigo.
Levantei os olhos na hora, surpresa. Esse povo rico são cheios dos eventos para irem, em…
— Um baile? — perguntei, quase rindo de nervoso. — Diogo, eu nem tenho roupa pra isso.
Ele arqueou a sobrancelha, como se aquilo fosse detalhe mínimo.
— Eu compro pra você. — disse firme, como se a decisão já estivesse tomada. — Quero você belíssima ao meu lado.
Respirei fundo, mordendo o lábio. Ele dizia aquilo como se fosse simples, mas meu coração já batia acelerado só de imaginar. Ainda assim, não consegui negar.
— Tá bem… — murmurei, tentando não corar. — Se é tão importante pra você, eu vou.
O sorriso dele iluminou o rosto, e antes que eu pudesse voltar a comer, se inclinou e me beijou rápido, mas intenso.
— Ótimo. Amanhã, no horário do almoço, eu te pego e vamos escolher seu vestido.
Assenti, ainda meio sem jeito, mas com um frio bom no estômago. Terminamos a refeição conversando sobre assuntos leves, e depois ele me deixou na empresa.
***
A tarde começou agitada. Eu e Bruna tínhamos uma reunião com a equipe, e como assistente pessoal da Larissa, era minha responsabilidade organizar os pontos principais. Entrei na sala de reuniões com minha pasta em mãos, sentando-me ao lado de Bruna, que parecia mais nervosa que eu.
— Respira, vai dar tudo certo. — cochichei antes da reunião começar.
E não é que deu mesmo?
Quando começaram as apresentações, Bruna, mesmo sendo apenas estagiária da contabilidade, se destacou como se já fosse parte fixa da equipe há anos. Explicou números, gráficos e projeções com clareza, impressionando até os mais experientes.
— Excelente colocação, Bruna. — elogiou um dos coordenadores. — Vejo futuro em você aqui dentro.
Ela ficou vermelha de felicidade, e eu sorri orgulhosa.
Já eu, por estar mais por dentro dos projetos e acompanhar de perto a rotina de Larissa, consegui responder perguntas rápidas e organizar os próximos passos sem dificuldade. A cada palavra, eu me sentia mais segura no meu papel. Era como se, finalmente, depois de tanta luta, eu tivesse encontrado meu espaço.
No final da reunião, Bruna me cutucou discretamente.
— A gente arrasou, né?
Sorri de volta, sentindo uma satisfação genuína.
— Arrasamos sim.
Saímos da sala juntas, prontas para encarar o resto do dia com aquela energia boa que só vem quando a gente percebe que está no caminho certo. Passei na minha mesa, pegando uns papéis e segui para a sala de Larissa, começando a deixar ela a par de tudo o que aconteceu na reunião e outros assuntos.
Sentei de frente a sua mesa, com a pasta aberta, repassando os pontos da manhã.
— Então, falei com a assistente do senhor Fonseca e deixamos o almoço para a próxima quarta-feira, às doze e meia. Ela pediu para confirmar se pode ser no mesmo restaurante da última vez. — expliquei, anotando no meu bloco.
Larissa fez uma careta, aquelas que ela não conseguia disfarçar.
— Está tudo bem? — perguntei, meio apreensiva, fechando a pasta.
Ela respirou fundo, recostando-se na cadeira.
— A Duda tá querendo vir logo.
Arregalei os olhos.
— Como assim? Você já tá em trabalho de parto?
Larissa balançou a cabeça.
— Acho que não… ainda. Mas não vai demorar. Ela anda muito agitada, chutando sem parar. Ontem mesmo o Alessandro praticamente me obrigou a ir ver nossa médica.
— E aí? — perguntei, curiosa e ao mesmo tempo preocupada.
Um sorrisinho cansado surgiu nos lábios dela.
— Fiz o ultrassom, ouvi o coraçãozinho dela, mas não dilatei nada ainda. Então é esperar.
Eu respirei fundo junto com ela, tentando imaginar a mistura de ansiedade e nervosismo que devia estar sentindo.
— Nossa, deve ser uma loucura… Mas vai dar tudo certo, Larissa. Você está sendo acompanhada direitinho, e o Alessandro não desgruda de você.
Ela riu de leve, acariciando a barriga.
— Ele tá mais nervoso que eu, pra falar a verdade.
Sorri também, balançando a cabeça.
— Consigo imaginar. Mas olha, quando a Duda resolver chegar, vocês vão ver que toda essa espera valeu a pena.
Larissa apertou a minha mão com carinho e concordou.
— É, agora é só esperar a hora dela.
***
No dia seguinte, Diogo passou para me buscar. Assim que entrei no carro, ele segurou minha mão com firmeza, como se quisesse me passar segurança.
— Pronta? — ele perguntou, com aquele sorrisinho de canto.
— Não sei se tô pronta pra gastar um dia inteiro provando roupa, mas vamos lá. — brinquei, fazendo-o rir.
Chegamos ao shopping, e eu juro, não deu dois minutos que a gente estava andando lado a lado, de mãos dadas, quando um homem com uma câmera enorme surgiu do nada.
— Senhor Montenegro, confirma que está namorando mesmo? Quem é a moça? — ele disparou, sem nem respirar.
Meu coração disparou, e eu fiquei completamente sem reação.
Diogo suspirou, passando a mão pelo cabelo, mas respondeu com firmeza.
— Sim, estou. E tudo o que você precisa saber é que ela é uma mulher incrível.
O homem assentiu, satisfeito, enquanto disparava flashes em cima da gente. Eu pisquei várias vezes, incomodada.
— Ignora. — Diogo murmurou no meu ouvido, apertando de leve a minha mão. — Me desculpa por isso.
Assenti devagar, tentando me recompor.
— Tudo bem… eu meio que já esperava, né? Faz parte da vida com você.
Ele me olhou com um ar de culpa, mas acabou puxando assunto logo em seguida, me guiando direto até uma loja de grife que me fez arregalar os olhos só pela vitrine.
— Diogo… — comecei, mas ele me cortou antes.
— Nada de “Diogo isso, Diogo aquilo”. Eu te convidei para um evento chique, então a culpa é minha de você precisar de uma roupa adequada, e nada mais justo do que eu custear.
Cruzei os braços, fingindo resistência.
— Hm… argumentou bem.
Ele arqueou a sobrancelha, satisfeito.
— Então?
Sorri de canto.
— Ganhou.
Entramos na loja, e imediatamente fomos envolvidos por um cheiro sofisticado, daqueles que já entregam que o lugar respira luxo e riqueza. Os manequins estavam impecáveis, vestidos de gala que pareciam sair de revista.
Uma atendente, toda arrumada e com um sorriso profissional, se aproximou.
— Boa tarde, senhor, senhora. Sejam bem-vindos. O que desejam hoje?
Diogo respondeu antes de mim, com aquela segurança que só ele tinha:
— Vestidos elegantes para ela experimentar. Quero opções que fiquem à altura do evento.
A mulher assentiu, sorridente.
— Claro, já volto com algumas peças que acredito que vão agradar.
Ela se afastou com leveza, deixando a gente sozinho. Eu fiquei olhando ao redor, sentindo aquele ambiente quase intimidador.
— Esse lugar tem cheiro de dinheiro. — murmurei, meio impressionada.
Diogo riu, aproximando-se e encostando a mão na minha cintura.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra
Quantos capítulos são?...
Não consigo parar de ler é surpreendente, estou virando a noite lendo. É tão gostoso ler durante a madrugada no silêncio enquanto todos dormem. Diego e Alice são perfeitos juntos, assim como Alessandro e Larissa...
Maravilhoso,sem palavras recomendo vale muito apena ler👏🏼👏🏼...
Quem tem a história Completa do Diogo?...
Gostaria de dizer que plágio é crime. Essa história é minha e não está autorizada a ser respostada aqui. Irei entrar com uma ação, tanto para quem está lançando a história como quem está lendo....
Linda história. Adorando ler...
Muito linda a história Estou gostando muito de ler Só estou esperando desbloquear e liberar os outros que estão faltando pra mim terminar de ler...
Muito boa a história, mas tem alguns capítulos que enrolam o desfecho. Ela já tá ficando repetitiva com o motivo da mágoa...
História maravilhosa. Qual o nome da história do Diogo?...
Não consigo parar de ler, cada capítulo uma emoção....