Aliança Provisória - Casei com um Homem apaixonado por Outra romance Capítulo 241

(Diogo)

Estava indo para o hospital encontrar o Valter quando o celular vibrou no console do carro. Meu coração disparou no mesmo instante e meu primeiro pensamento foi Enrique. Respirei fundo, peguei o aparelho e atendi.

— Alô? — minha voz saiu firme, mas tensa.

— Diogo! — a voz de Alessandro soou do outro lado, apressada, mas cheia de algo que não era ameaça. — Cara, a Duda nasceu! Estamos no hospital agora!

Fiquei em silêncio por um segundo, tentando processar o que ele tinha acabado de dizer. Um sorriso escapou antes mesmo que eu pudesse controlar.

— A Duda… nasceu? — repeti, sentindo uma onda de alívio e felicidade me invadir. — Meu Deus… que notícia boa! Como é que estão a Larissa e a bebê?

— Estão bem, graças a Deus. — Alessandro respondeu, ainda ofegante. — Mas você não vai acreditar… o parto foi no carro.

— No carro?! — arregalei os olhos, quase freando sem perceber. — Você tá falando sério?

— E eu tenho cara de quem brinca com algo assim?. — ele soltou uma risada nervosa. — Foi uma loucura, Diogo. A Larissa começou a sentir as contrações e quando a gente viu… já estava acontecendo.

Passei a mão pelos cabelos, tentando imaginar a cena.

— Mas… quem ajudou? Vocês estavam sozinhos?

— Não, na verdade…. — Alessandro respirou fundo do outro lado da linha. — Foi a sua namorada quem ajudou.

Por um instante, fiquei em silêncio. O nome surgiu na minha mente, quase como um sussurro.

— A Alice?

— Ela mesma. — ele confirmou. — A Alice fez o parto e eu ainda estou tentando acreditar no que aconteceu.

Me ajeitei no banco, rindo de nervoso e surpreso ao mesmo tempo.

— Você está me dizendo que a Alice ajudou a Larissa a trazer a Duda ao mundo?

— Estou. — ele disse firme, como quem também não acreditava. — Se não fosse ela, eu não sei o que teria feito.

Soltei um suspiro longo, balançando a cabeça, ainda com um sorriso preso no rosto. — Essa mulher não existe mesmo…

— É…. — Alessandro riu do outro lado, e pude sentir a emoção na voz dele. — Depois eu te conto os detalhes, mas vem logo.

— Eu vou sim. — garanti. — Só preciso resolver uma coisa rapidinho e já tô indo pro hospital de qualquer forma, quero ver o Valter.

— Beleza. — ele disse, já mais calmo. — Te espero aqui.

A ligação caiu, e fiquei segurando o celular por alguns segundos.

Assim que estacionei o carro, senti meu coração bater mais forte. Estava indo ver Valter, mas Alessandro mudou tudo com aquela ligação. Agora eu estava aqui, no hospital, pensando na pequena Duda e na coragem absurda de Alice em ter ajudado Larissa.

Entrei pelas portas de vidro e dei alguns passos, mas parei quando a vi. Alice estava de pé, encostada em um canto com os braços cruzados e o olhar fixo na porta à frente. Parecia tensa, mas ao mesmo tempo, forte. Só de vê-la ali, um arrepio percorreu minha espinha. Respirei fundo, juntei a pouca coragem que me restava e fui até ela.

— Você está esperando notícias da Larissa e da Duda? — minha voz saiu baixa, mas firme.

Ela ergueu os olhos devagar e assentiu.

— Estou. — respondeu simples.

Um sorriso involuntário escapou de mim.

— O Alessandro me contou que você ajudou no parto. Eu… — dei um passo mais perto — eu queria te agradecer por isso.

Alice desviou o olhar, quase como se minhas palavras pesassem nela. — Não precisa me agradecer, Diogo. Eu faria isso de qualquer jeito.

Suspirei, tentando não deixar o nó na garganta transparecer. — Como você está?

Foi aí que ela finalmente me encarou. Os olhos dela, mesmo cansados e cheios de sombras, me atravessaram.

— Ainda magoada e com raiva porque você mentiu e fez o que fez.

Eu engoli seco. O que doía não era a raiva dela, mas o jeito que ela falava, como se tivesse um muro entre nós. Percebi que ela não queria falar em voz alta sobre a morte da Mádila, não ali, onde qualquer um podia ouvir.

— Eu não menti, Alice. — falei, me aproximando um pouco mais. — Não sabia que vocês eram primas.

Ela arqueou a sobrancelha, a dor nos olhos mais forte que qualquer acusação. — Então por que você nunca contou? Que tinha feito tudo isso?

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