~ NICOLÒ ~
Bella finalmente tinha adormecido depois de três histórias, dois copos de água e incontáveis perguntas sobre quando a tia Bia voltaria.
Desci as escadas devagar, sentindo o peso do dia inteiro nos meus ombros. A pousada estava silenciosa, os hóspedes já recolhidos em seus quartos. Apenas algumas luzes fracas ainda acesas no corredor e na recepção.
Fui direto para a cozinha, precisando de algo quente para afastar o frio que parecia ter se instalado nos meus ossos e que não tinha nada a ver com a temperatura lá fora.
Paola estava lá, sentada à mesa da cozinha com uma xícara de chá entre as mãos. Levantou os olhos quando entrei, me estudando com aquela forma que só alguém que te conhece a vida inteira consegue.
— Não consegue dormir também? — perguntou.
— Bella estava agitada — respondi, indo até o fogão onde a chaleira ainda tinha água quente. Peguei uma xícara, coloquei um sachê de camomila e despejei a água fumegante. — Ficou perguntando sobre a Bianca a noite toda.
— E você? — Paola perguntou quando me sentei à mesa de frente para ela. — Também está pensando na Bianca?
Não respondi. Apenas tomei um gole do chá que estava quente demais e queimou minha língua.
Paola suspirou.
— Você parece preocupado. E não é só pela Bella ou pela Bianca, é?
Girei a xícara entre as mãos, observando o vapor subir em espirais preguiçosas.
— Um credor esteve aqui — admiti finalmente. — Do banco. Credito Toscano.
Vi Paola se endurecer na cadeira.
— E?
— Quarenta e dois mil euros — disse, e as palavras saíram pesadas como pedras. — Estamos atrasados em três pagamentos. Eles deram sessenta dias para regularizar ou apresentar um plano de pagamento viável. Se não conseguirmos...
Não precisei terminar. Paola sabia exatamente o que aconteceria.
— Merda — ela sussurrou.
— É — concordei. — Mas não comenta nada com minha mãe, ok? Não quero preocupá-la ainda. Não até eu ter pelo menos tentado resolver.
Paola concordou com a cabeça, seus dedos apertando a xícara com mais força.
— O que você vai fazer?
Balancei a cabeça negativamente, como se o movimento pudesse sacudir alguma solução mágica para fora do meu cérebro.
— O de sempre — respondi com um suspiro cansado. — Vender o que puder ser vendido. Talvez fazer uma promoção agressiva dos vinhos, tentar nos livrarmos dos estoques todos de uma vez. Se conseguir vender tudo, talvez chegue em vinte mil. Talvez.
— Nico — disse Paola, sua voz gentil mas firme — vender algumas coisas só funcionaria se fosse a própria propriedade.
— Isso não está nem em cogitação — interrompi, minha voz saindo mais dura do que pretendia. — Não vou vender.
Silêncio se instalou entre nós por um longo momento. Apenas o som do vento lá fora e o tique-taque do relógio na parede.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...
Oq esta acontecendo com os capitulos 566 e 567? Liberei as moedas mas nenhum dos dois foi liberado. E ontem tbem nao houve liberacao de capitulos novos ......
Mdss estou impactada com o plost twist mds mds, história de Maitê é a mais louca e surreal, considero a melhor....
Capitulo 518. Votos de Marcos e Maitê, que lindo... Até eu fiquei emocionada 😍...
Capítulo 539 está dando erro...
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...